A Paraíba está na lista dos Estados brasileiros cujo porcentual de municípios dependentes da administração pública superou o patamar dos 90%. Amazonas, Roraima e Amapá estão no mesmo ranking.
Ainda em relação ao território paraibano, o IBGE confirma que a Capital do Estado, João Pessoa, com 28,7%, está dentre as 14 (quatorze) Capitais brasileiras que representam menos de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Além de João Pessoa também estão na mesma lista as seguintes localidades: Belém (PA), com
12,7%; Palmas (TO), 20,0%; São Luís (MA), 29,2%; Recife (PE), 24,9%; Salvador (BA), 17,9%; Belo Horizonte (MG), 12,3%; Vitória (ES), 16,9%; Curitiba (PR), 17,8%; Florianópolis (SC), 5,5%; Porto Alegre (RS), 14,0%; Campo Grande (MS), 24,4%; Cuiabá (MT), 12,7%; e Goiânia (GO), 22,2%.
Nas demais Unidades da Federação, apenas os seguintes Municípios das Capitais detinham mais de 50% do PIB: Rio Branco (AC), com 51,3%; Manaus (AM), 78,5%; Boa Vista (RR), 74,1%; Macapá (AP), 64,4%; e Brasília (DF), 100%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que, entre 2020 e 2021, os cinco municípios com os maiores ganhos de participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foram Maricá (RJ), com crescimento de 0,5 ponto percentual; Saquarema (RJ), +0,3 ponto percentual; Niterói (RJ), com +0,2 ponto percentual; São Sebastião (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ), ambos com +0,1 ponto percentual. Na lista dos 25 municípios com maior participação no PIB, as novidades foram as entradas de Maricá (RJ) e Itajaí (SC), e as saídas de Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG).
O PIB per capita brasileiro foi de R$ 42.247,52 em 2021, mesmo ano em que o município de Catas Altas, no Estado de Minas Gerais, registrou o maior PIB per capita do País: R$ 920.833,97, puxado pela extração de minério de ferro.
Já as cinco quedas de participação mais intensas foram de São Paulo (SP), com perda de participação de 0,6 ponto percentual; Rio de Janeiro (RJ), -0,4 ponto percentual; Brasília (DF), -0,3 ponto percentual; Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), ambos com -0,1 ponto percentual.
“Os resultados expressam uma recuperação econômica das capitais e outras agregações com maior participação no PIB brasileiro que, por terem como atividade principal os serviços presenciais, foram fortemente afetadas pela pandemia de COVID-19. No entanto, apesar do aumento nominal desse grupo de municípios em 2021, a participação deles no PIB ainda está aquém do patamar de 2019”, explica Luiz Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE.
“O bom desempenho de Maricá (RJ) se deve à extração de petróleo e gás. Já os cinco municípios que diminuíram sua participação foram influenciados pelos Serviços, sobretudo as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados em São Paulo e Porto Alegre, Administração pública em Brasília e Belo Horizonte, e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços relacionados no Rio de Janeiro”, destaca Luiz Antonio.
Em 2021, 11 municípios responderam por quase 25% do PIB nacional e 16,6% da população brasileira, enquanto as 87 cidades com os maiores PIBs representavam, aproximadamente, 50% do PIB total e 36,7% da população do país. Em 2002, apenas quatro municípios somados representavam cerca de ¼ da economia nacional.
Os municípios que responderam por cerca de ¼ do PIB em 2021 foram: São Paulo (SP), com 9,2%; Rio de Janeiro (RJ), 4,0%; Brasília (DF), 3,2%; Belo Horizonte (MG), 1,2%; Manaus (AM), 1,1%; Curitiba (PR), 1,1%; Osasco (SP), 1,0%; Maricá (RJ), 1,0%; Porto Alegre (RS), 0,9%; Guarulhos (SP), 0,9% e Fortaleza (CE), 0,8%.
Entre 2002 e 2021, Manaus (AM) subiu da sétima posição para a quinta; Curitiba (PR), passou da quinta para a sexta; Osasco (SP), da 16ª para a sétima; Maricá (RJ), da 354ª para a oitava; enquanto Porto Alegre (RS) passou da sexta para a nona; Guarulhos (SP), da 14ª para a décima e Fortaleza (CE), da 12ª para a 11ª.