O candidato à Presidência da OAB na Paraíba, Paulo Maia, está sendo apontado como suposto responsável por ter “rifado” sua chapa para escritórios bilionários de fora do Estado. O caso tem gerado revolta entre os advogados, pois o loteamento de cargos envergonha a classe ao ceder espaço para escritórios estrangeiros, sem identidade alguma com o Estado, representarem a advocacia paraibana em Brasília.
Na chapa de Paulo Maia, como conselheiro federal, consta Ângelo Ribeiro, representante do escritório Nelson Wilians, o maior da América Latina. O CEO desse escritório possui um patrimônio líquido estimado em US$ 3,6 bilhões (R$ 20,48 bilhões). Em 2024, ele estreou na lista da Forbes 400 dos americanos mais ricos, ocupando a 374ª posição.
A chapa também inclui Wilson Belchior, que representa o escritório RMS Advogados – Rocha, Marinho e Sales, do Ceará, fundado pelo ex-ministro e ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), César Asfor Rocha.
Na história das eleições da OAB já houve exemplo de chapas fizeram o mesmo que Paulo Maia: lotearam cargos para grandes escritórios de fora da Paraíba. O resultado foi desastroso nas urnas, pois a advocacia paraibana não aceitou a ocupação de espaços por escritórios de outros Estados.