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Paraíba

PMs terão que fazer curso para minimizar racismo estrutural e LGBTfobia durante atuação na Paraíba

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O Ministério Público da Paraíba realizou, nesta quinta-feira (23/11), uma audiência para tratar da realização de curso de gênero, letramento racial, diversidade e direitos humanos para policiais militares. Ao final, ficou acordada a realização do curso, com início previsto para março de 2024, a ser ministrado pela Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana (SEMDH), com a inclusão de representações da sociedade civil que tentam interface com a pauta. O Comando da PM e a secretaria deverão encaminhar, no prazo de 30 dias, o calendário do curso ao MPPB.

A audiência foi conduzida pela 46ª promotora de Justiça de João Pessoa, Fabiana Lobo, e contou com a participação do procurador da República, José Godoy; da secretária da Mulher e Diversidade Humana (SEMDH), Lídia Moura; do representante do Fórum da Negritude, Pablo Honorato; subcomandante da PMPB, coronel José Ronildo Souza da Silva;  vice-presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PB, Ewerton Castro.

A promotora Fabiana Lobo falou que é importante que as forças policiais e o Sistema de Justiça se aproximem da sociedade em toda a sua pluralidade. “Daí a importância de uma formação continuada em temas como LGBTfobia, igualdade racial e gênero, que são pautas presentes na nossa sociedade e que precisam ser entendidas e melhor tratadas pelo serviço público e pelo poder público em geral”, afirmou a promotora.

O procurador da República, José Godoy, ressaltou a necessidade de formação continuada sobre a pauta e de análise de dados, registrando o alto índice de pessoas negras mortas por forças policiais.

Durante a audiência, a secretária Lídia Moura falou sobre o Projeto Entrelace, que ministra curso de letramento racial, de gênero, de LGBTfobia e de Direitos Humanos, podendo ser realizado durante um dia inteiro ou meio período. Além disso, também é promovido um curso de 80 horas, mediante contratação, visto que é ministrado, também, por palestrantes convidados. Ela informou que os cursos da secretaria já foram ministrados para a Defensoria Pública, Polícia Civil, para a Guarda Municipal de João Pessoa e para serviços públicos de outros municípios.

Ainda foi destacado pelo secretária que a PMPB vem trabalhando o tema de direitos humanos e cidadania em parceria com a SEMDH, destacando o Programa da Patrulha Maria da Penha, e que os batalhões estão sendo treinados em questão de gênero, com a transversalidade da igualdade racial e da LGBTfobia.

O representante do Fórum da Negritude, Pablo Honorato, ressaltou a necessidade de discussão da temática racial, haja vista o racismo estrutural existente na sociedade brasileira e na segurança pública. Ele registrou que o índice de letalidade da população negra é alto e que as formas de inclusão passam pela educação.

O vice-presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PB, Ewerton Castro, ressaltou a importância do letramento racial dentro da polícia e informou que a OAB-PB está disponível para colaborar nessa pauta.

O subcomandante da PMPB, coronel José Ronildo Souza da Silva, informou que os conteúdos de igualdade racial, LGBTfobia e de gênero são tratados nos cursos de formação da polícia militar. No entanto, salientou que a corporação está aberta para mais conhecimentos, em educação continuada.

Representantes da PM sugeriram ainda que, nos cursos de formação de oficiais, houvesse a participação dos movimentos como forma de estreitamento de vínculos, bem como a criação de protocolos de atuação nessas temáticas e de formação continuada com calendário permanente, com participação dos movimentos.

Ao final da audiência, além da realização do curso, ficou acordado que o Comando da PMPB analisará a possibilidade de implantação de formação continuada em calendário permanente, com a participação das comunidades, e de implantação de protocolos de atuação na pauta da igualdade racial, de gênero e de LGBTfobia.

 

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Paraíba

R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Paraíba

Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Paraíba

Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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Redação do Portal da Capital

O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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