A Delegacia de Polícia do Município de Alhandra registrou que uma granja pertencente ao padre Egídio Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, unidade hospitalar filantrópica, teria sido invadida por bandidos que procuravam objetos e valor como dinheiro e joias.
De acordo com as informações, a granja teria sido invadida por um trio composto por dois homens e uma mulher que teriam rendido os caseiros, ameaçado a todos e os trancado num dos quartos da casa principal da granja.
A propriedade estaria avaliada em R$ 5 milhões e o dono do local, padre Egídio, é o mesmo que está sendo apontado como autor de desvios milionários de verbas oriundas de doações de Emendas Parlamentares e até de entidades particulares para manutenção da unidade hospitalar destinada ao atendimento filantrópico no setor da saúde.
O padre foi alvo da “Operação Indignus” deflagrada pela Polícia por conduta que indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
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O escândalo foi descoberto após denúncia do desaparecimento de celulares doados ao Hospital Padre Zé pela Receita Federal do Brasil. A apuração, além disso, apresentou indícios de suposto enriquecimento ilícito do Padre Egídio, que seria o proprietário de imóveis de luxo em João Pessoa, São Paulo e outros estados. O fato chamou a atenção das autoridades pelo alto valor dos imóveis. O religioso foi afastado do comando do hospital, da ASA e da paróquia onde atuava por decisão da Arquidiocese da Paraíba. A decisão foi do arcebispo, Dom Delson, que tem colaborado com as investigações.