O deputado estadual Anísio Maia (PT) repercutiu na tarde desta terça-feira (3), em sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba, os primeiros efeitos da operação Xeque Mate, da Polícia Federal, que prendeu o prefeito e vereadores da cidade de Cabedelo, na Grande João Pessoa. Entre novembro de 2013 e maio de 2015, Anísio Maia realizou várias denuncias contra este mesmo esquema de corrupção desbaratado na manhã de hoje.
“Para mim, nenhuma surpresa! Trato deste assunto de forma muito tranquila, porque cumprindo meu dever de parlamentar fiz aqui uma série de denúncias contra esta quadrilha. Denunciei venda de alvarás, lista de funcionários fantasmas e as mais diversas negociatas. Quem fosse investir em Cabedelo teria que entrar numa fila para pagamento de propinas”, disse o deputado.
Em seu discurso o petista afirmou que o prefeito Leto Viana organizou melhor o modus operandi da organização criminosa e que agora a sociedade poderá conhecer as relações existentes entre o esquema de corrupção e a renuncia do ex-prefeito Luceninha: “Tudo isso servirá para sabermos quanto foi pago e quem pagou para que o ex-prefeito renunciasse e uma quadrilha tomasse conta da cidade.”
Em agosto de 2015, o deputado Anísio Maia afirmou que a Câmara Municipal de Cabedelo havia se tornado em uma ‘caixa registradora”, motivo que levou os vereadores a aprovarem um título de persona non grata ao parlamentar. Hoje Anísio Maia ironizou: “Gostaria de agradecer aos vereadores de Cabedelo por terem me concedido o título de persona non grata. Obrigado por reconhecerem que estou muito longe de tudo isto que vocês representam. Foi uma condecoração! E na verdade eu estava certou ou não?”, concluiu.