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Seminário do TCE-PB de combate à desertificação defende ações conjuntas

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Ação conjunta, articulada e urgente para a contenção do processo de degradação ambiental antes que a situação chegue a um ponto sem retorno. Esta foi a tônica dos pronunciamentos feitos, na manhã desta segunda-feira (6/11), durante a abertura do Seminário de Políticas Públicas de Combate à Desertificação do Semiárido, evento em transcurso no Auditório Celso Furtado, ambiente do Tribunal de Contas da Paraíba.

Na saudação aos participantes, o presidente do TCE-PB, conselheiro Nominando Diniz, citou o compositor paraibano Geraldo Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Ele lembrou que o processo de desertificação já atinge 13% da área mais seca do país, lastimou que o problema resulte da ação humana, tanto quanto da irregularidade climática, e que ainda não tenha sido regulamentada a legislação elaborada  há meia década para enfrentamento do problema. “Ou se cuida disso, imediatamente, ou a desertificação obrigará a remoção das populações do Semiárido”, alertou.

Coordenador da Auditoria Operacional Integrada que envolveu cinco TCs nordestinos (os da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe) e cujas conclusões animam os debates de agora, o conselheiro Fernando Catão fez ver que há bom tempo o papel das Cortes de Contas não se tem restringido à fiscalização contábil das receitas e despesas públicas. Disse que o TCE paraibano avança nessas questões desde 2017 e lastimou que omissões, nos três níveis de governo, hajam contribuído para o agravamento da situação. Os paraibanos Ariano Suassuna (nome tomado pelo Centro Cultural do Tribunal de Contas do Estado), Celso Furtado (por seu Auditório) e Lynaldo Cavalcanti (a quem tratou por homem das ciências), foram então citados como exemplos de luta pelo desenvolvimento cultural, social e econômico do Nordeste.

O conselheiro Carlos Neves, relator do processo de Auditoria Operacional no TCE de Pernambuco, disse que os mais afetados pela mudança climática serão os habitantes das áreas onde o problema da seca está mais agravado. “Os sertanejos foram abandonados há muito tempo”, afirmou. Em referência à Auditoria Operacional Integrada para discussão do tema, ele observou que, pela primeira vez, cinco Tribunais se reuniam sob a coordenação de um.

Ele e seu colega do Rio Grande do Norte, Gilberto Jales, cumprimentaram o paraibano Fernando Catão pela auditoria relacionada ao fenômeno da desertificação e, ainda, pela coordenação do encontro que agora propicia a discussão do grave tema por organizações da sociedade, especialistas na matéria, gestores públicos, emissários de organismos federais, estaduais e municipais e da Sudene. Para o presidente do TC-RN, os remédios já existem. “As Universidades estão abarrotadas de pesquisas e soluções técnicas”, disse. Defendeu, então, que tudo saia do papel e das gavetas. “Precisamos implantar atividades econômicas compatíveis com o clima. Precisamos segurar a população no ambiente onde vive e propiciar-lhe melhor qualidade de vida”, concluiu.

O superintendente da Sudene Danilo Cabral fez ver que o Brasil precisa entender a situação e destinar à Caatinga as ações de proteção já reservadas para a Amazônia e o Pantanal. Seu pronunciamento foi, também, no sentido de “impedir que as coisas cheguem ao ponto do não retorno”.

FALA DO GOVERNO – Falando em nome dos demais integrantes do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, organismo que congrega os governadores nordestinos e do qual é presidente, o paraibano João Azevedo saudou o fato de o Tribunal de Contas da Paraíba sediar essas discussões. Ele estimou em 660 mil quilômetros quadrados a área do Nordeste suscetível ao processo de desertificação, mas lembrou que o problema é de natureza global, posto que 110 países já convivem com isso.

Falou dos esforços do Consórcio para a capitalização de um Fundo em defesa do Semiárido e enumerou ações do seu governo para enfrentamento da seca, entre elas a ampliação de adutoras necessárias à segurança hídrica das cidades e do campo, “onde o problema é mais grave e maior”. Esperançoso, disse acreditar que o Nordeste, com as providências necessárias, pode vir a ser em mais algum tempo “o maior produtor de hidrogênio verde do mundo”.

GERAÇÃO QUE OUVE – O meteorologista Paulo Nobre, especialista mundialmente requisitado para a discussão das causas e efeitos das mudanças climáticas, manifestou o desejo de que esta venha ser a geração que teve a coragem de ouvir a ciência e de tomar as decisões necessárias à contenção, em escala planetária, do processo de degradação ambiental.

Segundo ele, o El Niño, fenômeno responsável pelo aquecimento das águas tropicais, tornou-se um problema de ordem universal. “Os oceanos globais estão mais aquecidos”, “a mudança climática já é irreversível”, “o País inteiro está com déficit hídrico”, “temos uma má situação já instalada”, foram algumas de suas frases mais impactantes.

Ele defendeu iniciativas no sentido da mudança da matriz energética e elegeu para o Nordeste, acima de outras fontes, a energia solar. Também, que isso se faça por meio de painéis suspensos, em favor da recuperação e utilização do solo. As ações para enfrentamento da seca e do processo da desertificação deve-se apoiar, ao que pensa, no tripé “geração de energia, coleta d’água e produção de alimentos”. Mas que isso ocorra do modo mais conveniente à terra, ao clima e à sua gente. Assim, sugeriu uma política de energia rumo ao “Nordeste próspero”, programas de orientação e educação para o futuro, políticas de incentivos aos pequenos produtores, o bom senso econômico e o bom senso social.

Aconselhou o uso da Aquaponia (agricultura que trata da produção na água) e citou o exemplo em que a prática é capaz de gerar renda de até R$ 10 mil mensais a um pequeno produtor de alimentos, peixes e aves, em apenas 24 metros quadrados e com o emprego de cinco metros cúbicos de água doce. “Cada um compreenda este momento”, pediu.

PROGRAMAÇÃO – A apresentação da Auditoria Operacional Coordenada em Políticas de Combate à Desertificação do Semiárido (por emissários dos cinco TCs participantes) compôs o programa matutino do Seminário. As exposições tiveram os eixos: 1) Implementação da Política/ Programa de ação de Combate à Desertificação. 2) Monitoramento e Avaliação da política estadual de combate à desertificação. 3) Viabilização de ações referentes à desertificação no território municipal. 4) Unidades de Conservação no bioma Caatinga. 5) Ações visando o combate à desertificação, por meio da Agricultura Familiar e de Tecnologias sociais hídricas.

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Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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