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Paraíba

Assembleia reúne juristas em sessão especial para discutir reforma do Código Civil Brasileiro

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quarta-feira (1º), sessão especial com o objetivo de discutir a reforma do Código Civil. A Casa de Epitácio Pessoa recebeu integrantes da comissão de juristas instalada pelo Senado com o objetivo de revisar e atualizar o Código Civil, sancionado em 10 de janeiro de 2002, mas que só entrou em vigência um ano depois, substituindo o código anterior, de 1916. Além do presidente da ALPB Adriano Galdino, participaram da sessão os deputados Alexandre de Zezé, Chico Mendes, George Morais e Wilson Filho.

A sessão realizada na sede do Legislativo paraibano integra o cronograma estabelecido pelos membros da Comissão no Plano de Trabalho, que realizam, além de reuniões internas, reuniões temáticas abertas ao público em várias capitais do país para receber contribuições da sociedade visando modernizar o Código Civil por conta das transformações tecnológicas, sociais e econômicas.

O presidente da Assembleia, Adriano Galdino, ressaltou o papel desempenhado pelo Poder Legislativo paraibano em debater a reforma do Código Civil, tema que diz respeito, diretamente, à vida de toda a população. “Esse debate é muito importante, trata de uma reforma do código civil, da sua atualização, da sua adequação para os tempos atuais. E é muito apropriado que a Casa de Epitácio Pessoa possa fazer esse debate, trazer esse debate para Paraíba. É uma contribuição importantíssima para o campo jurídico paraibano, em que possamos, de uma forma muito aberta e de uma forma muito direta, entrar num debate sobre a reforma do nosso poder civil brasileiro”, declarou Adriano.

Para a co-relatora geral da Comissão de Juristas instituída pela Senado, a advogada, Rosa Maria Barreto B. De Andrade Nery, a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa da Paraíba é um importante instrumento para expandir os debates e compreender as necessidades dos paraibanos, para compor o projeto de reforma do Código Civil Brasileiro. “O Código tem mais de 2 mil artigos. É um composto de vários livros, um, que é a parte geral, e outros que cuidam da família, das sucessões, dos direitos das coisas, da propriedade, da empresa, das relações contratuais e obrigacionais; tudo isso passa pela nossa experiência mais viva, do povo, tudo interessa ao direito civil”, defendeu Nery.

A relatora reforçou, ainda, a importância de tornar o Código mais compreensível por todos os cidadãos. “A atualização do Código Civil passa, principalmente, pelo objetivo de torná-lo eficaz, mais rápido, mais fácil de ser compreendido, adaptando-o às necessidades da vida social dos nossos interesses pessoais e da nossa sociabilidade”, destacou.

Entre as questões debatidas, Rosa Nery destacou a necessidade de incluir normas jurídicas sobre o direito digital. “Há uma novidade: fazer um livro novo ou uma parte nova para cuidar de direito digital. Mas, também há grupos que pensam em fazer um tratamento diferente para as circunstâncias que brotam da afetividade das pessoas sobre os animais, a postura do condômino que não se comporta bem, entre outros assuntos que têm ganhado destaque na nossa vida cotidiana atual”, complementou.

A jurista explicou ainda que, após percorrer as principais capitais do país, a Comissão de Juristas irá elaborar a proposta de atualização do Código Civil. O documento será avaliado e votado pelo Senado Federal e, posteriormente, sancionado pela Presidência da República.

A juíza do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Maria Cristina Paiva Santiago, que integra a Comissão de Reforma do Código Civil, disse estar honrada em participar do debate a pedido do presidente Adriano Galdino. Para a magistrada, o principal objetivo da discussão é ouvir a a sociedade civil a respeito da atualização do Código. “O Código Civil é também chamado a ‘constituição da gente’, porque é aquela lei que vai regulamentar todas as relações privadas, a vida privada. Então, a questão, por exemplo, das famílias, a questão da herança, a questão da propriedade, a questão do nascimento, a questão dos direitos da personalidade. Então, todos os contratos, efetivamente, que nós atuamos diariamente, está regulado no Código Civil. É de uma importância imensa ouvir toda a sociedade, porque é a sociedade que mais será atingida”, afirmou Maria Cristina Paiva Santiago.

Para o advogado e professor, doutor em Direito Civil da USP, Mário Luiz Delgado Régis, a participação da sociedade na construção de um Código Civil moderno é de extrema relevância. “É fundamental e, por isso, a Comissão tem feito questão de realizar audiências públicas em vários lugares do Brasil, com a presença de professores, advogados, especialistas, em geral, mas também da sociedade, da comunidade, que pode participar dessas audiências, endereçar questionamentos e sugestões. Isso é muito importante para o trabalho da Comissão, especialmente para que o resultado desse trabalho tenha legitimidade”, explicou o jurista.

A sessão especial de Reforma do Código Civil contou ainda com a presença da auxiliar da Presidência do TJPB, juíza Lua Yamaoka Mariz Maia; do professor Carlos Fernandes, membro da Comissão de Reforma do Código Civil; do coordenador do mestrado em direito da Unipê, professor Glauber de Lucenna Cordeiro; da doutora em Direito Civil pela UFPE, professora e advogada Erenilda Brandão Guilhermino; além de especialistas e estudantes da área do Direito Civil e representantes da sociedade civil organizada.

REFORMA DO CÓDIGO CIVIL

A criação da Comissão de Juristas presidida pelo ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que tem como vice presidente o ministro Marco Aurélio Bellizze, também do STJ, foi anunciada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no último mês de agosto. O grupo é composto por cerca de 40 integrantes, entre jurisconsultos, professores de direito e outros especialistas, que terão 180 dias para apresentar um anteprojeto para revisão do texto do Código Civil, de 2002. Os professores de direito Flávio Tartuce e Rosa Maria de Andrade Nery foram designados relatores-gerais.

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Câmara Municipal emite ‘Nota de Pesar’ por morte de vereador vítima de descarga elétrica

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A Câmara Municipal de Mataraca, município localizado no Litoral Norte paraibano, emitiu uma ‘Nota de Pesar’ pela morte do vereador Erivan Pereira de Aguiar (PP), de 41 anos de idade, registrada na manhã desta quinta-feira (24/10), após não resistir a um choque elétrico.

O parlamentar, que também era eletricista, estava realizando um serviço em um posto de combustíveis localizado na BR-101, quando sofreu a descarga elétrica, não resistiu e faleceu.

Erivan tentou a reeleição nas Eleições 2024, mas ficou na suplência.

Confira a íntegra da Nota:

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Território Livre: juiz devolve processo do caso Dinho para 64ª Zona Eleitoral

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O juiz Adilson Fabrício, da 1ª Zona Eleitoral, devolveu o processo que investiga uma suposta participação do vereador presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley (PSD), em um esquema de aliciamento violento de eleitores, para a 64ª Zona Eleitoral.

De acordo com esta matéria publicada pelo Jornal da Paraíba, segundo a decisão, que corre em segredo de Justiça, a 64ª Zona Eleitoral é “preventa” para atuar no processo, pois já havia decidido sobre o caso anteriormente.

O processo havia sido redistribuído para a 1ª Zona na terça-feira (22), após decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

Apesar de entender que ambas as Zonas (1ª e 64ª) possuem competência para julgar esse tipo de ação, a Corte entendeu que distribuição para a 64ª Zona não era automática. O TRE-PB também manteve a validade dos mandados de busca e apreensão da Operação Livre Arbítrio, que tem como alvo o parlamentar.

A nova decisão é baseada no Art. 83 do Código de Processo Penal, segundo o qual “Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa”.

Com a nova decisão de Adilson Fabrício, o caso volta para as mãos da juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho. Agora, o Ministério Público deverá emitir um parecer sobre o caso.

Inicialmente, a Polícia Federal já havia entendido que o caso deveria ser direcionado para 64ª Zona Eleitoral por uma questão de prevenção, tendo em vista a semelhança dos fatos investigados com outros casos da operação Território Livre.

Caso Dinho

O vereador Dinho chegou a ser afastado da função pública por determinação da 64ª Zona Eleitoral, no âmbito da Operação Livre Arbítrio, que é um desdobramento da Operação Território Livre. Ele, no entanto, retornou ao exercício do mandato na última terça-feira (22), por determinação do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

Logo após o resultado, o parlamentar gravou um vídeo em que agradece o apoio e reforça a confiança no trabalho da Justiça. Ele nega todas as acusações. “Confiava na justiça. Não tinha dúvida que a justiça seria estabelecida. Vida que segue. Amanhã já estaremos na Câmara dando continuidade ao nosso trabalho, em respeito a todos os eleitores e a população de João Pessoa”, comentou Dinho.

Apesar de voltar a exercer o mandato, Dinho terá que continuar cumprindo outras medidas cautelares para evitar a prisão preventiva, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Dinho também segue proibido de frequentar os bairros São José, Alto do Mateus e órgãos do Município que não sejam indispensáveis para o exercício do mandato; de se afastar da comarca de João Pessoa por mais de 8 dias sem comunicar à Justiça. Deve, ainda, continuar com recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga das 20h as 06h.

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Paraíba

Queiroga não atendeu pedido de 30 leitos de UTI para o Hospital Metropolitano quando era ministro

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O então ministro da Sáude, Marcelo Queiroga, hoje candidato a prefeito de João Pessoa, não atendeu, durante o período em que foi titular da pasta, a um pedido da Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB-Saúde) para habilitação de 30 leitos de Terapia Intensiva Adulto no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, à época atendendo pacientes diagnosticados com a Covid-19.

O pedido, formalmente reiterado pela PB-Sáude em maio de 2022, foi originalmente feito em abril de 2021, quando Marcelo Queiroga participou de reunião no Palácio da Redenção com autoridades estaduais e municipais.

Durante aquele encontro, o governador João Azevedo, enumerou algumas das principais demandas na área da saúde, destacando a necessidade da “habilitação de leitos já abertos, de insumos, medicamentos e vacinas”.

Na ocasião, Marcelo Queiroga se comprometeu a analisar as demandas apresentadas e se disse honrado em ser recebido para “tratar de saúde pública”.

Ele até ensaiou um discurso de unidade entre as instancias de poder federal, estadual e municipal em razão da pandemia: “Nós vivemos um momento de emergência sanitária internacional e sabemos que a principal ferramenta que temos é o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, por isso trabalhamos com harmonia entre União, estados e municípios”, disse, conforme registros da imprensa, à época.

Mas, na prática, um simples pedido para habilitar 30 leitos do Hospital Metropolitano não foi atendido pelo então ministro Marcelo Queiroga., mesmo tendo sito reiterado pela PB-Saúde com o argumento de que a oferta de leitos de cuidados intensivos era necessária em razão do “aumento crescente de demanda”, conforme indicador da Taxa de Ocupação.

Em março deste ano de 2024, mediante portaria nº 3.431, a ministra Nísia Trindade, habilitou os leitos de UTI Coronariana solicitados, autorizando recursos da ordem de R$ 7,8 milhões, incorporados ao limite financeiro de Média e Alta Complexidade do Estado da Paraíba.

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