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Morre Alexandre Torres; jornalista lutou pela vida após erro médico

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O jornalista Alexandre Torres morreu na manhã deste domingo (29/10) no Hospital Alvorada, em Brasília. Ele tinha 70 anos. Desde dezembro de 2007, o profissional de comunicação vivia em estado vegetativo em decorrência de um erro médico. Conhecido na capital federal, o paraibano deixará saudades em familiares, amigos e, especialmente, na esposa, Ana Maria Torres, com quem teve seis filhos — Alessandra, Carlos, Andrea, Isabela, Ian e Igor.

Segundo esta matéria publicada pelo Metrópoles, no comunicado emitido pela família, o velório está marcado para começar às 8h30 desta segunda-feira (30/10), no Templo Ecumênico 2, do Cemitério Campo da Esperança. O sepultamento deverá iniciar às 11h. “Sua força e sua fé viverão para sempre entre nós”, escreveram os familiares em uma publicação. A Coluna Claudia Meireles conversou com Isabela Torres, uma das filhas de Alexandre.

Em entrevista, Isabela lamentou não poder ver Alexandre como ele costumava ser: um pai e um avô amoroso, cheio de vida . “Desde 2007, nós não escutávamos a linda voz do meu pai, as brincadeiras, as opiniões jornalísticas e as brincadeiras com os netos”, destacou. Ela atua como advogada do progenitor nas audiências do processo que corre no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Comunicado

Em um comunicado, os familiares agradeceram o carinho dos amigos, parentes, médicos e profissionais de saúde que estiveram com Alexandre ao longo desses 15 anos. Também fizeram uma menção à dedicação de Ana Maria Torres, esposa do jornalista. Ela ficou firme ao lado do marido em todos os momentos. “Um exemplo de companheirismo que sempre comoveu a todos”, ressaltaram.

Legado

Enviadas por Isabela à coluna, as fotos mostram o quanto Alexandre era apaixonado pela família. Apelidado carinhosamente pelos mais íntimos como Alex, ele nasceu em João Pessoa, na capital paraibana. Filho de uma funcionária pública e de um advogado e jornalista, fez carreira nos jornais O Norte, Correio da Paraíba e A União. Também passou pela Secretaria de Comunicação do Estado e pela Rádio Tabajara.

Nos anos 1980, Alexandre veio para Brasília para atuar no Escritório de Representação do Governo da Paraíba. Não bastou muito tempo para ele integrar a equipe de editores do jornal Correio Braziliense.

Alex assumiu o posto de chefe de reportagem e se tornou colunista. Na capital federal, o jornalista trabalhou como assessor de Marco Maciel, então presidente do Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas.

Erro médico

Em 23 de dezembro de 2007, Alexandre Torres sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) quando saía da missa na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, na 311/312 Sul. Ele precisou ser levado às pressas para o Hospital da Unimed, onde foi submetido a uma cirurgia de urgência. A operação ocorreu de forma bem-sucedida e Alex continuou internado por um período. Após a retirada do coma induzido, levaram o jornalista para o quarto.

Conforme o prontuário médico, os profissionais do hospital esqueceram de amarrar as mãos do paciente e ele se extubou — isto é, retirou o tubo responsável por fazer a oxigenação — depois de acordar do coma induzido. Com a falta de oxigenação no cérebro por um tempo considerável, o jornalista ficou com “sequelas irreversíveis”. Ao notarem o ocorrido, a equipe médica tentou reverter o quadro, mas sem sucesso.

De acordo com os médicos, Alexandre Torres chegou a apresentar o nível três da escala de Glasglow, no caso, praticamente morte cerebral. Ao longo de 15 anos, a esposa, Ana Maria Torres, e os seis filhos buscaram ao máximo oferecer o melhor que podiam para o jornalista ter qualidade de vida. Durante a pandemia, ele contraiu Covid-19 e se recuperou após tratamento de dois meses no Hospital DF Star.

Embora, em 2013, o caso de Alex tenha tido uma vitória na 9ª Vara Cível de Brasília, a família continua a busca por justiça, pois o jornalista “não recebeu as indenizações”, conforme disse Isabela Torres, filha e advogada de Alexandre.

Confira imagens:

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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Redação do Portal da Capital

O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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