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Com algodão orgânico da Paraíba, moda de luxo sustentável ganha mercado internacional

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Francisca Vieira deixou seu escritório na Paraíba e desembarcou em setembro na Itália para participar da Semana de Moda de Milão. Ao lado de grifes do mundo todo, ela exibiu roupas de sua marca, a Natural Cotton Color. “Nós trabalhamos de forma sustentável com alfaiataria de luxo. Mostramos que é possível fazer uma moda que respeita pessoas e meio ambiente tendo design, modelagem e acabamento de qualidade”, diz a empresária e presidente da Associação Brasileira da Indústria da Moda Sustentável (Abrimos).

Esta matéria publicada em O Globo diz que sua matéria prima é especial: o algodão orgânico, que não recebe defensivos agrícolas – ou “veneno”, como ela diz -, de uma variedade que nasce naturalmente colorida, em tons de bege, marrom e verde, sem precisar de corantes. A Paraíba é o maior produtor de algodão orgânico colorido do país, e a cidade de Ingá, no semiárido, desponta em primeiro lugar.

“No mercado internacional de algodão orgânico, o Brasil perde apenas para a Índia, sendo que em 2024 talvez consigamos ultrapassá-los e sermos os maiores do mundo. Há 12 anos a produção brasileira era de 1800 quilos. Há 3 anos, 30 toneladas. Hoje chegamos em 130 toneladas”, diz orgulhosa.

Francisca é uma das responsáveis por fazer com que o algodão orgânico colorido seja lucrativo para toda a cadeia produtiva e alcance o mercado consumidor. Para isso, faz o que mais gosta: articula e integra diversas pessoas e órgãos, como produtores rurais, artesãos, comerciantes e governantes, além de instituições ligadas a empreendedorismo, moda, sustentabilidade e exportação.

“Essa cadeia produtiva só funciona porque sempre andamos juntos”. No campo, o algodão é fruto do trabalho da agricultura familiar, incluindo comunidades quilombolas e assentamentos rurais. “Todos têm contrato de compra garantida e recebem cerca de 10% a mais do que os outros que plantam algodão”, explica.

Depois de colhido, o algodão passa por um processo de separação da pluma e do caroço. Neste ano, espera-se uma abundante safra, perfeita para movimentar a potente máquina descaroçadeira recém-adquirida pela Cooperativa dos Agricultores Familiares do Município de Ingá e Região (Itacoop), que vai fazer em três dias o beneficiamento que levava até oito meses. A pluma do algodão segue então para fiação e tecelagem, ainda na Paraíba e também em outros estados, para depois virar peças de decoração ou vestuário.

Nas roupas da Natural Cotton Color, Francisca muitas vezes inclui rendas, bordados, crochês ou outros detalhes que valorizam a cultura brasileira, principalmente a paraibana. Hoje o mercado internacional representa 90% de seu faturamento, com negócios em mais de 10 países, principalmente Japão e Alemanha. A empresa ainda investe em certificação de produto orgânico pela Ecocert e de rastreabilidade pelo selo Friend of the Earth.

Francisca é formada em psicologia industrial e tem mestrado em engenharia de produção, mas a sua história com o algodão começou muito antes disso. Seus pais eram agricultores de cana-de-açúcar e algodão e, na década de 1980, perderam metade de sua renda quando uma praga devastou o algodão. “Nunca faltou comida na mesa ou escola, mas acabou o luxo, a fartura”, diz.

“Quando o bicudo invadiu a plantação, meu pai se recusou a colocar veneno. Ele era muito inteligente: só deixava pescar na época certa, proibia que passarinho fosse pra gaiola e dizia que agrotóxico na lavoura prejudica as pessoas, a água, os animais. São valores como esses que eu mantive na minha vida e no meu trabalho”.

A costura também fez parte de sua formação: “Eu adorava a máquina de costura, então ficava do lado da minha mãe enquanto ela fazia o timão, que é o pijama de flanela das crianças, e nossos vestidos. Com 13 anos, fiz a primeira roupa sozinha. Com uma tia aprendi a adaptar moldes e a cortar tecidos, então passei a fazer quase tudo o que usava”.

Já tendo concluído a faculdade, em 1995 Francisca lançou a Natural Cotton Color, mas poucos anos depois sua produção despencou com a chegada das roupas chinesas, que tinham custo final muito menor do que as nacionais. Procurando uma saída para a marca e estudando sobre tecidos e suas fibras, entendeu a composição dos materiais, o impacto que causam no meio ambiente e na sociedade.

Em 2005, passou a utilizar apenas o algodão orgânico colorido em seus produtos e a ter foco na exportação. “Fizemos uma primeira coleção usando as cores de algodão colorido disponíveis na época, bege e marrom. Nos anos seguintes, inovamos colocando artesanato, com vestidos enriquecidos por renda renascença, por exemplo”, conta.

Para expandir a marca, em 2015 outra grande mudança foi necessária. Investiu tudo o que tinha na tecnologia para a produção de novos fios e tecidos com o algodão colorido, desenvolvendo jeans e jacquard de algodão com seda. Também passou a trabalhar com empresas que criaram novas fibras, usando seda e linho. Em 2020, quando estava prestes a lançar em maior escala as novidades na marca, começou a pandemia e faltaram políticas públicas nacionais para a moda sustentável.

A empresária diz que é preciso subsídios financeiros e apoio para que o algodão orgânico deslanche e alcance valores mais acessíveis para o comprador, mas entende que o mercado já está mais favorável agora, 40 anos depois que a Paraíba foi atingida pela praga do bicudo. “Em 2023, já vejo mais portas se abrindo”, diz. Ela acredita que seu papel foi importante para isso.

“Não quero ser ousada, mas acho que mudei a percepção das pessoas. Agora elas notam que o algodão orgânico e a agricultura familiar são viáveis e, mais do que isso, são um bom negócio”, diz. Na Semana de Moda de Milão, mais uma vez, levou a cultura do Brasil para o mercado internacional. Passado o desfile, é hora de começar um novo ciclo: acompanhar a colheita do algodão e planejar as próximas coleções.

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Ninguém Dirá que é Tarde Demais: espetáculo com Arlete Salles ocorre este fim de semana em João Pessoa

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Redação do Portal da Capital

Após protagonizar a novela da Globo ‘Família É Tudo’, Arlete Salles volta aos palcos em turnê com o espetáculo ‘Ninguém Dirá que é Tarde Demais’. O evento chega em João Pessoa fim de semana (dias 22, 23 e 24 de novembro), com apresentações no Teatro Paulo Pontes.

Sucesso de público, visto por mais de 300 mil pessoas nas temporadas presenciais e online, o espetáculo tem emocionado a plateia por onde passa.

Na comédia, Luiza (Arlete Salles) e Felipe (Edwin Luisi) são vizinhos de prédio que se detestam. Sem conhecerem a identidade do outro, acabam se encontrando na rua e algo de inusitado acontece.

O texto original é de autoria de Pedro Medina, neto de Arlete, com quem contracena no espetáculo. A direção é de Amir Haddad. Além de Pedro, Alexandre Barbalho, filho da atriz, e o amigo Edwin Luisi, que acumula diversos prêmios em teatro durante seus mais de 50 anos de carreir, a também estão no elenco.

Idealizado pelos produtores Rose Dalney, Túlio Rivadávia e Marcio Sam, a leve e divertida comédia pode estar em cartaz perto de você.

Clique nesse link e saiba mais sobre as datas

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Campus Festival terá shows de Maneva, Paralamas do Sucesso, Seu Jorge e vasta programação cultural

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Redação do Portal da Capital

O Campus Festival 2024, realizado este ano na Estação Ciência, é um dos maiores eventos multiculturais da região, reunindo uma programação diversificada que inclui shows musicais, palestras, oficinas, exposições, espetáculos, gastronomia e artesanato. Com foco em educação, tecnologia, meio ambiente e empreendedorismo, o festival busca promover o crescimento pessoal e profissional dos participantes, oferecendo uma experiência enriquecedora e inovadora para todos os públicos.

A programação musical desta edição será marcada por uma verdadeira mistura de ritmos e sonoridades, com mais de 10 horas de música ao vivo. No dia 7 de dezembro, o Campus Music contará com grandes nomes da música brasileira, como Seu Jorge, Os Paralamas do Sucesso, Maneva, KVSH e Rooftime no Palco Claro, garantindo momentos inesquecíveis para os amantes da música.

Além disso, os outros palcos do festival também trarão muita diversidade musical. No Parahyba Stage, o público poderá curtir apresentações de MeioFree, Gatunas, Macumbia e Recwave, que representam a música regional com muita força. Para quem gosta de música eletrônica, o Palco ElectricTower trará nomes como Maca, Kevin Luke, Kalina, Gaabio, Leko e Benévolo, garantindo a festa com os melhores beats.
De acordo com Will Fonseca, fundador do Campus Festival, o evento vai muito além da música. “Todos os anos montamos um lineup com bandas de peso que se apresentam no sábado, dia de encerramento do festival. Esse dia dedicado todo a música, demos o nome de Campus Music.”

O festival também se destaca por suas iniciativas voltadas para o aprendizado e a inovação, como o Campus Academy, que esse ano terá um Hackathon sobre mudanças climáticas. De 4 a 6 de dezembro, jovens terão a oportunidade de se conectar com o universo empreendedor e desenvolver habilidades para resolver problemas reais, tudo com acesso gratuito. Paralelamente, o Campus Talks trará debates sobre inovação e oportunidades no mundo dos negócios, com palestrantes renomados como Adriana Barbosa, Val Donato e Fany Miranda, no dia 4 de dezembro.

Os criadores de conteúdo também encontrarão seu espaço no Campus Creators, que ocorre no dia 5 de dezembro, reunindo influenciadores e especialistas do mundo digital para discutir novas abordagens e tendências na produção de conteúdo. Entre os palestrantes confirmados estão Alê Oliveira, Geyson Palitot, Isis Oliveira e Alan Smith que compartilharão suas experiências e insights sobre o universo das redes sociais. Por outro lado, o Campus Comedy, programado para o dia 6 de dezembro, trará risadas com comediantes locais como Swami Marques e Linnyke Alves, proporcionando momentos de leveza e descontração.

O Campus Festival 2024 é uma realização da Pomar em parceria com a Luz Criações e se apresenta como um espaço dedicado à cena cultural da Paraíba, convidando todos a vivenciarem uma jornada de aprendizado, inovação e entretenimento. Sobre o festival, Claudia Araujo, Diretora da Pomar, ressalta: “Temos muito orgulho do Campus Festival. É um evento que vai além do entretenimento; ele celebra e preserva a rica cultura paraibana e transformadora para o público, conectando pessoas e ideias e valorizando as raízes culturais da nossa terra.”

Além das atrações culturais, o Campus Festival contará com um espaço gastronômico que celebra a culinária local, com a participação de renomados restaurantes. O evento também estará comprometido com ações de responsabilidade social, como a promoção da sustentabilidade, inclusão e acessibilidade.

Confira uma prévia da programação geral:

04/12 à 06/12
Campus Arts:

18h00 às 22h00: Campus Break Battle – B-Boy Perninha (Lucas Machado) Breaking Athlete. Competição de breakdance com premiação.
20h00 às 22h00: Música Regional – Seletiva de bandas regionais

05/12 Workshop Literário
15h00 às 18h00: Oficina de Leitura em voz alta.
18h00 às 19h00: Sarau poético

04/12 (quarta-feira)
Campus Talks:

16h00 – Mesa redonda – “O novo cenário da produção de conteúdo: a construção de vínculos com criadores e marcas” Debatedores: Val Donato, Fernanda Gonçalves e José Maria Mendes.
17h00 – Mesa redonda – “Empreendedorismo Afrocentrado” Debatedores: Adriana Barbosa e Fany Miranda.

05/12 (quinta-feira)
Campus Creators:

15h00 – Mesa redonda – “Parcerias: como conquistar e manter parcerias de sucesso” Debatedores: Geyson Palitot.
16h00 – Mesa redonda – “Pós-viral: Estratégias para manter a relevância pós conteúdo viralizado” Debatedor: Isis Oliveira.
17h00 – Mesa redonda – “O começo: Desafios para construção de uma comunidade” Debatedor: Alê Oliveira e Alan Smith.

06/12 (sexta-feira)
Campus Comedy:

20h00 às 22h00: Standup Comedy com Swami Marques e Linnyke Alves.

07/12 (sábado)
Campus Music:

Palco Claro: das 17h00 às 04h00
Maneva, Paralamas do Sucesso, Seu Jorge, Rooftime e KVSH.

Palco Parahyba Stage:
Macumbia, Recwave, Gatunas e Pedro Faissal & O Meiofree.

Palco EletricTower:
Maca, Kevin Luke, Kalina, Gaabio, Leko e Benévolo.

Para garantir sua participação no Campus Music 2024, adquira seus ingressos online pelo site www.campusfestival.com.br ou em pontos físicos nas unidades das Lojas Furtacor. Não deixe para depois: os ingressos estão voando! Venha vivenciar uma experiência imperdível repleta de música, aprendizado e cultura vibrante. Garanta seu lugar nessa festa incrível, esperamos você lá!

SERVIÇO
Campus Festival 2024
Data: 4 a 7 de dezembro de 2024
Local: Estação Ciência – Avenida João Cirillo da Silva, Altiplano Cabo Branco, João Pessoa – PB

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Uma das maiores bandas de rock do mundo, Dire Straits Legacy retorna ao Brasil e se apresenta em JP

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Redação do Portal da Capital

Formada por integrantes de diferentes fases da carreira da banda britânica, a DIRE STRAITS LEGACY está em permanente evolução.

Após bem sucedida turnê pelo Brasil, a banda DIRE STRAITS LEGACY volta ao país com a For You South America Tour 2024. Formada por músicos que fizeram parte de diferentes fases da carreira do Dire Straits, a banda apresenta um show único e emocional que revive a inesquecível e mágica atmosfera da icônica banda britânica.

“Money for Nothing”, “So Far Away”, “Sultans of Swing”, “Walk of Life”, “Romeo and Juliet” e muitas outras canções memoráveis interpretadas ao vivo por Alan Clark (teclados), Phil Palmer (guitarra), Mel Collins (sax), Marco Caviglia (voz e guitarra), Danny Cummings (percussão e voz) e Steve Walters (baixo).

SERVIÇO:

QUANDO: 8 de dezembro

AONDE: CELEBRATION R. Orlando Falcone de Oliveira – Portal do Sol, João Pessoa – PB, 58046-528

VENDAS: blueticket.com.br/evento/36413?c=dire-stratits-joao-pessoa

Sobre Dire Straits Legacy

Formada por integrantes de diferentes fases da carreira da banda britânica, a DIRE STRAITS LEGACY está em permanente evolução e, além de manter viva a memória de canções atemporais, como “Romeo and Juliet”, “Sultans of Swing”, “Money for Nothing”, “Tunnel of Love”, “Walk of Life”, “When It Comes to You”, “You and Your Friend”, “On Every Street” e muitos outros hits, apresenta novas composições.

Alan Clark integrou o Dire Straits de 1980 a 1985 e participou de discos e turnês. Ao lado de Alan Clark estão Phil Palmer (direção musical/guitarra/voz), que trabalhou com Dire Straits de 1990 a 1992, o renomado saxofonista Mel Collins, membro do Dire Straits de 1983 a 1985, que tocou no famoso Alchemy Live Album e no EP Twisting By The Pool e o percussionista Danny Cummings que integrou o Dire Straits em 1990 e participou do álbum e turnê On Every Street.

O italiano Marco Caviglia (voz e guitarra), um apaixonado pela música de Dire Straits e de seu mentor musical Mark Knopfler, e o baixista britânico Steve Walters completam o time.Sobre os integrantes

Alan Clark (teclados)

Alan ingressou no Dire Straits em 1980, tornando-se seu primeiro e principal tecladista, e é conhecido como seu diretor musical não oficial. Além de trabalhar com a banda até sua dissolução, em 1995, ao lado de Mark Knopfler, co-produziu o último álbum da banda, On Every Street.

O músico tocou e gravou com uma longa lista de outros artistas, foi membro da banda de Eric Clapton e diretor musical de Tina Turner por vários anos. Mais recentemente, produziu com Phil Palmer o álbum de 3 Chord Trick do LEGACY.

Danny Cummings (percussão e voz)

Danny juntou-se ao Dire Straits como seu percussionista em 1990 e tocou no álbum On Every Street, assim como na turnê. Fora de Dire Straits, ele trabalhou com grandes artistas, incluindo Tina Turner, George Michael, Bryan Adams, Pino Daniele, e foi o baterista em Mark Knopfler durante vários anos.

Marco Caviglia (voz e guitarra)

Apaixonado pela música de Dire Straits e seu mentor musical Mark Knopfler, Marco, nascido em Roma, formou a banda Solid Rock em 1988 e em 1990 fez uma turnê com o lendário bluesman do Notting Hillbillies, Steve Phillips. Mas seu sonho era tocar com seus “heróis” do Dire Straits, e esse sonho se tornou realidade em 2010 a DS Legends, e agora novamente com a Dire Straits Legacy.

Mel Collins (sax)

Mel se juntou ao Dire Straits em 1982 e tocou no álbum e turnê Love Over Gold e no álbum Twisting by the Pool. Ele também tocou com uma diversos artistas e bandas, incluindo Stones, Camel, Eric Clapton, Joe Cocker, Tears for Fears. Mel é um dos membros da formação original do King Crimson.Phil Palmer (guitarra)

Phil ingressou no Dire Straits em 1990 e tocou no álbum On Every Street e na turnê mundial do mesmo álbum. Ele é um dos principais guitarristas do mundo, tendo tocado em mais de 450 álbuns e realizado turnês com alguns dos maiores artistas do mundo; pense em um nome e Phil provavelmente já tocou com esse artista. Ele também foi membro da banda de Eric Clapton, onde ele conheceu seu colega da Dire Straits Legacy, Alan Clark, e é um membro fundador da Dire Straits Legacy.

Steve Walters (baixo)

O baixista Steve Walters estudou com Jaco Pastorius e tem em seu currículo trabalhos com grandes nomes, como Jimmy Cliff, Mariah Carey, Pet Shop Boys, Rod Stewart, Chaka Khan, Amy Winehouse, entre outros.

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