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Conheça detalhes da ação do Governo Federal para enfrentar a estiagem e os incêndios no Amazonas

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Com 58 dos 62 municípios do Amazonas em estado de calamidade e/ou de emergência em função da intensa estiagem na região, o Governo Federal mobilizou técnicos, secretários, ministros e instituições para articular parcerias com o estado e municípios para ajudar a mitigar os efeitos das queimadas e da seca nos rios. Nas últimas semanas, já foram anunciadas ações de defesa civil, de dragagem de rios, de antecipação de benefícios, de parcerias para elaborar planos de trabalho para a defesa civil, de repasses de cestas básicas e de aumento do efetivo de combate a incêndios.
Nesta sexta-feira, 13/10, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) e o ministro Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional) concederam uma entrevista coletiva ao lado de integrantes do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, do Inpe, da Defesa Civil para atualizar as ações.

 

Confira as principais atualizações por tema e outras ações já anunciadas:
Meio Ambiente

  • Coordenação de ações para conter impactos ambientais da estiagem.
  • Mobilização de recursos e equipes para combater incêndios florestais, que são agravados durante a estiagem;
  • Mais de 3.530 brigadistas encaminhados para locais com mais focos de incêndio
  • Atuação de especialistas para ajudar nas ações de planejamento.
  • Controle de profundidade de lâminas de água e ações para evitar a mortandade de mamíferos, como botos, na região do município de Tefé.
  • O ICMBio tem um Comando de Incidentes na região desde 25 de setembro, em parceria com o Instituto Mamirauá. Há 48 pessoas atuando, entre veterinários, biólogos e outros técnicos. O Ibama se somará ao grupo nos próximos dias.
  • Atividades concentradas no resgate e reabilitação de animais vivos, recolhimento e necropsia de carcaças e coleta de amostras para investigar causas do incidente que causou a morte de mais de 100 botos.

    Ibama

  • 1.179 eventos de prevenção realizados até setembro de 2023
  • 995 ações de combate ao incêndio
  • Emprego de 289 brigadistas
  • Doação de 200 kits de equipamento para brigadistas
  • Uso de dois helicópteros
  • Campanha de utilidade pública para prevenção de incêndios florestais
  • Intensificação da fiscalização e responsabilidade dos infratores
  • Estimativa de investimentos da ordem de R$ 30 milhões do programa união com municípios prioritários no amazonas
  • Ações para monitoramento da qualidade do ar

    Atuação contra incêndios

  • Em setembro, houve queda de 19,3% dos focos em relação ao mesmo mês de 2022, o pior da série histórica.
  • A área sob alertas de desmatamento na Amazônia Legal caiu 48% de janeiro a agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022 — no estado do Amazonas, a queda foi de 64% no período.
  • Para combater os focos de fogo, o Ibama atua com três brigadas no Amazonas: em Apuí, Humaitá e na Terra Indígena Tenharim Marmelos. Juntas, somam 83 brigadistas.
  • Envio de 119 brigadistas e especialistas como reforço para os arredores de Manaus, totalizando 202 na região. O ICMBio, por sua vez, tem ainda quatro brigadas no Estado, com 57 pessoas, mas encaminhou reforço de 30 brigadistas para as regiões críticas. Ao todo, os dois institutos atuam com 289 brigadistas no Amazonas.

    Plano de contingência

  • Destinação de recursos para garantir o abastecimento de comida, água e combustível, a serem distribuídos para as prefeituras mediante apresentação de planos de trabalho.
  • R$ 850 serão repassados a pequenos agricultores, extrativistas e pescadores com renda de até 1,5 salário mínimo que tiveram perda da produção.
  • R$ 800 serão repassados por pessoa na forma de auxílio abrigamento para os 200 moradores que tiveram casas destruídas em Beruri/AM após deslizamento de terra.
  • Cestas básicas e kits de saúde serão distribuídos para a população, que também terá acesso à antecipação de diversos benefícios sociais.
  • Veterinários voluntários resgatam animais afetados pela estiagem.

    Desenvolvimento e Assistência Social

  • Repasse de R$ 8,12 milhões pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a compra de produtos da agricultura familiar em municípios em situação de calamidade pública ou emergência.

○ O recurso permite a compra de mais de 1,72 mil toneladas de produtos da agricultura familiar, pela modalidade doação simultânea do PAA. São 1.103 produtores do Amazonas cadastrados no PAA.

  • Unificação do calendário de pagamento do Bolsa Família em situação de calamidade reconhecida
  • Antecipação de parcelas do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em municípios em situação de calamidade pública reconhecida pelo Governo Federal.
  • Repasse de recursos para a rede de assistência social, envolvendo alojamentos provisórios e provisões materiais.
  • Envio de cestas de alimentos.
  • Destinação de recursos pelo Fomento Rural, no valor de R$ 4,6 mil, a pequenos agricultores com perda na produção.

    Portos e Aeroportos

Articulação para dragagem dos rios Madeira e Solimões, com a intenção de recuperar a capacidade de navegação, com custo estimados em R$ 38 milhões para o Solimões e R$ 100 milhões para o Madeira.

A dragagem no Solimões, em área com 8km de extensão, tem duração prevista de 30 dias. Já os trabalhos no Madeira, em área de 12 km de extensão, devem durar 45 dias.

Dragagem nas regiões do Tabocal e da foz do Rio Madeira. O Governo Federal vai investir R$100 milhões na dragagem ao longo de 12 quilômetros de extensão.

 

Minas e Energia (MME):

Monitoramento da escassez de recursos hídricos no Rio Madeira, que afeta usinas hidrelétricas.

Medidas para garantir o suprimento de energia elétrica nas localidades afetadas, incluindo o desligamento da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.
Assegura o funcionamento de usinas termoelétricas e abastecimento de combustíveis.

Os reservatórios de combustível para geração térmica na região, incluindo nas áreas isoladas, estão no nível adequado, aumentando a segurança energética no Norte do país.

A ação preventiva permitiu a estocagem de diesel na região, para fornecer, pelos próximos 30 dias, o suprimento necessário.
Ações são essenciais para sustentar o fornecimento de gás natural, GLP e outros combustíveis derivados do petróleo.
No sábado (7/10), foi contratado um navio-tanque adicional para o transporte de combustível e já houve a emissão de autorização para que seja realizada a descarga de navios com combustíveis no Porto de Vila do Conde (PA).
Aumento das operações de transporte atuação junto à Petrobras, Transpetro, Refinaria Amazonas (Ream) e Atem Distribuidora para garantir a segurança energética das regiões afetadas pela queda dos níveis dos rios.

 

O QUE DISSERAM NA COLETIVA DE 13/10

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas

“Não é apenas o estado do Amazonas, são várias frentes que estão sendo afetadas pelo El Niño, seja por chuvas extremas ou estiagem extrema. Nesse momento estamos vivendo uma situação de emergência climática no Brasil”.
“A atitude correta é atacar as causas, por isso que desde o começo nossa abordagem é enfrentar o desmatamento, mudar o modelo de desenvolvimento, porque as pessoas precisam continuar trabalhando, se alimentando, vivendo. Por isso o plano de transformação ecológica, por isso os investimentos em bioeconomia, por isso investimentos em agricultura regenerativa, por isso o plano safra já com base de transição para agricultura de baixo carbono”.
“Nós temos duas frentes de incêndios: uma é o incêndio por desmatamento, que é mais no Sul do Amazonas. A outra é no entorno de Manaus, onde há incêndios urbanos, como queima e limpeza de quintais. Isso cria uma situação insustentável para a população, com prejuízos grandes, principalmente para crianças e idosos”.

Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional
“Desde o primeiro momento, estamos garantindo total apoio ao governo estadual e às prefeituras. Nossa missão é auxiliar na elaboração de planos de trabalho e fornecer, com a maior brevidade, ajuda humanitária ao povo da Amazônia neste momento desafiador”

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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