As ações de vacinação têm mostrado ser o meio mais efetivo e eficiente para o controle, erradicação e até a eliminação de doenças que assombravam a sociedade por séculos, antes do surgimento das vacinas. Nesta segunda-feira (18), o Programa Nacional de Imunização (PNI) completa 50 anos de criação, após uma determinação do Ministério da Saúde com base na experiência da vacinação contra a varíola na década de 60. A doença foi erradicada graças a imunização realizada em massa da população.
Foi diante desse cenário que a vacinação começou a ser incentivada e ampliada no Brasil por meio do incentivo e propostas do PNI, que resultou principalmente na eliminação de outras cinco doenças: poliomielite, síndrome da rubéola congênita, rubéola, tétano materno e tétano neonatal.
“No que diz respeito à prevenção, muito do que temos hoje é resultado do que foi construído e consolidado no passado, graças ao Programa Nacional de Imunização, que é referência no Brasil e no mundo. Os desafios de hoje estão associados ao alcance e dinâmica das desinformações, provocadas pelas fake news”, afirmou Fernando Virgolino, enfermeiro e chefe da Seção de Imunização de João Pessoa.
“Trabalhamos também para minimizar os ruídos impactados por um movimento antivacina que infelizmente pode prejudicar o trabalho assistencial e os chamamentos e convocações. Portanto, esse trabalho coletivo, de busca ativa e de divulgação tem auxiliado de forma exitosa para a ampla cobertura vacinal em João Pessoa”, completou o coordenador.
Um dos grandes destaques do Programa, além de ser caracterizada pela inclusão social, na medida em que assiste indiscriminadamente a toda população, em todos os recantos do País, sem distinção de qualquer natureza, foi a implementação e a instituição dos ‘Dias Nacionais da Vacinação’ como parte da estratégia para erradicar a poliomielite no Brasil, atrelado também com um amplo plano de comunicação, a criação do Zé Gotinha, apoio de diversas personalidades políticas e artísticas, auxiliando no avanço das coberturas vacinais.
“É importante lembrar e destacar que tudo isso é possível por conta de um sistema organizado, onde se trabalha por grupos, divisão por faixa etária, e tendo como documento oficial a caderneta ou cartão de vacinação, do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacou Fernando Virgolino.
Em João Pessoa – Para garantir o cuidado de forma humanizada à população, a Prefeitura de João Pessoa conta com 203 equipes de saúde da família distribuídas em 92 unidades de saúde da família (USFs), que atuam como porta de entrada para os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), atuando com os programas estratégicos de Atenção Básica nos territórios com promoção e prevenção.
As vacinas também são ofertadas nas policlínicas municipais, no Centro Municipal de Imunização e nos dois pontos fixos, criados estrategicamente para atender a população em horário estendido, até às 21h, no Shopping Sul, nos Bancários, e no Home Center Ferreira Costa, às margens da BR-230,
Dados – Sobre a vacinação na Capital, em 2022 para abastecer o Central de Imunobiológico, que é quem gerencia, administra e distribui os imunizantes para todas as vacinas da rede municipal de saúde, a Prefeitura de João Pessoa recebeu da Secretaria Estadual da Saúde (SES) e do Ministério da Saúde (MS) 2.097.430 doses dos diversos imunizantes que fazem parte do Programa Nacional de Imunização, que integram a prevenção de rotina, além das vacinas de campanhas, que protegem contra Influenza e Covid-19.
Em 2023, esses dados já totalizam o montante de 1.272.243 doses dos imunizantes. “Todas essas doses de vacinas que recebemos são destinadas à assistência preventiva da população, seja em bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Temos o cuidado de cuidar do controle, dos prazos, da temperatura, do gerenciamento, do transporte, da capacitação dos profissionais que estão nas salas de vacina e demais encaminhamentos de forma que mantenha a qualidade do serviço que é ofertado a cada usuário. É uma dedicação e compromisso que levamos a sério”, completou o coordenador da Central de Imunobiológico.
Saiba quais vacinas fazem parte do calendário nacional:
– BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea;
– Hepatite B;
– Hepatite A;
– Pentavalente – previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por HiB;
– Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – previne poliomielite ou paralisia infantil;
– Vacina Oral Poliomielite (VOP) – previne poliomielite ou paralisia infantil;
– Pneumocócica 10 Valente – previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo;
– dTpa (Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) – previne difteria, tétano e coqueluche;
– DTP (Difteria, tétano e coqueluche)
– Rotavírus – previne diarreia por rotavírus;
– Meningocócica C – previne as meningites do soro tipo C;
– Febre Amarela (dose única) – previne a febre amarela;
– Tríplice viral – previne sarampo, caxumba e rubéola;
– Pneumocócica 23 Valente – previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo;
– Influenza – previne contra a gripe e suas complicações;
– Varicela atenuada – previne varicela/catapora;
– HPV – previne o papiloma, vírus humano que causa câncer e verrugas genitais;
– Dupla Adulto – previne difteria e tétano.
– Covid-19 – para crianças, adolescentes e adultos.