O Nordeste é a região brasileira que mais perdeu agências bancárias após a pandemia. De acordo com dados do Banco Central do Brasil (Bacen), um total de 1.098 municípios da região não possuíam agência financeira física em 2021, o que representa cerca de 60% das cidades nordestinas.
Em comparação ao mesmo levantamento realizado em 2016, 185 municípios do Nordeste perderam as agências físicas que possuíam ao longo de cinco anos. Esse gargalo no fornecimento de serviços financeiros à população deixa um saldo de mais de 10 milhões de nordestinos sem acesso a agências bancárias físicas.
De acordo com dados do Bacen de janeiro de 2019 a julho deste ano, os bancos encerraram as atividades de 491 agências no Nordeste. Por outro lado, o Sicredi, primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, inaugurou 19 novas agências na Paraíba e 80 na região Nordeste como um todo, neste mesmo período.
Em 2023, a capital paraibana, João Pessoa, ganhou uma nova agência da cooperativa.
“Apesar desse movimento realizado pelos bancos convencionais, o Sicredi segue inaugurando agências e ampliando sua presença física porque temos como compromisso a inclusão financeira da população onde estamos inseridos, oferecendo produtos e serviços que atendam suas necessidades”, ressalta Jonas Marinho, analista de Planejamento Estratégico da Central Sicredi Nordeste.
Nesse contexto, outras 74 novas agências do Sicredi estão previstas para serem abertas no Nordeste até dezembro de 2026.
“As cooperativas têm um olhar mais próximo para as necessidades dos associados e das comunidades em que estão presentes, favorecendo relações de confiança mútua. Além disso, elas têm um papel crucial na promoção do desenvolvimento das comunidades, já que as receitas são geradas e aplicadas localmente”, explica Cristiane Cavalcante, assessora de Desenvolvimento do Cooperativismo da Central Sicredi Nordeste.
Atuação comunitária
A abertura de novas agências físicas, enquanto complementa e amplia o leque de serviços digitais já oferecidos pela cooperativa, vai ao encontro do modelo de negócios do cooperativismo, aproximando a instituição das comunidades em que atua e promovendo uma maior bancarização da população.
Entre as iniciativas adotadas pela instituição para incentivar a inclusão financeira, destaca-se a oferta de soluções acessíveis e voltadas às necessidades dos associados, como linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores locais, orientações financeiras e programas de capacitação.
O Sicredi ainda promove a educação financeira por meio do programa “Cooperação na Ponta do Lápis”, que busca conscientizar crianças e jovens sobre a importância de uma gestão financeira responsável e adequada.
“Com isso, o Sicredi tem se consolidado como um importante agente de transformação social nas comunidades em que atua, favorecendo o desenvolvimento socioeconômico e contribuindo para a inclusão financeira”, conclui Cristiane.