O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciaram a aprovação da suplementação de recursos concedida aos projetos do Edital Parques Tecnológicos, no valor de R$ 240 milhões para 19 parques tecnológicos. O montante, anunciado na terça-feira (29/08), equivale a cerca de 80% do valor total destinado a todo o ano de 2022, de R$ 297 milhões. Oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), os recursos serão destinados à expansão e modernização de estruturas, além de implantação de hubs, com vistas ao surgimento de start ups e empresas de bases tecnológicas.
De acordo com o anúncio, o Estado da Paraíba será contemplado com a consolidação da implementação de desenvolvimento sustentável na infraestrutura, nas ações, projetos, laboratórios e startups da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB).
“Os parques são estruturas fundamentais para a criação de soluções tecnológicas que atendam às necessidades e demandas de desenvolvimento de determinadas regiões”, explicou a ministra Luciana Santos. “Entre os contemplados, vejo exemplos de estruturas voltadas para o arranjo produtivo marinho, outras para cadeia produtiva do leite, e todas elas aproximam o conhecimento científico dos desafios reais da sociedade e do País através da interação entre empresas e Instituições de Ciência e Tecnologia”, completou.
No geral, o montante irá atender 19 (dezenove) parques. Deles, 18 (dezoito)estão em operação (aqueles já em plena atividade, com empresas instaladas, equipe gestora e infraestrutura operacional consolidadas, que permitam seu funcionamento) e um em implantação (que integra um programa formal de desenvolvimento econômico regional e já tem iniciadas as obras de infraestrutura, construção ou reformas da sede e outros edifícios e possui estrutura gestora para sua implantação).
Durante o anúncio, o presidente da Finep, Celso Pansera, enalteceu a celeridade e empenho do governo para recompor o FNDCT. “Chegamos a um patamar de recursos do FNDCT que não tivemos anteriormente, de R$ 10 bilhões para a Ciência brasileira”, lembrou. “Os parques têm impacto grande onde estão instalados, com geração de emprego, novas empresas, empregabilidade para doutores, pós-doutores e mestres, têm um impacto lá na ponta”, completou.
Transformação digital
Ao longo do evento, a ministra defendeu ainda a inovação dentro da política de reindustrialização em novas bases tecnológicas. Reiterou que o MCTI incluiu, dentro do Novo PAC, um conjunto de medidas com vistas a ampliar a abrangência, a qualidade e a segurança da conectividade para educação e pesquisa.
Entre as ações, está o Programa Conecta e Capacita, que inclui investimentos de R$ 640 milhões até 2026 na implantação de infraestrutura óptica para expandir o acesso e a qualidade da internet nas atividades de educação e pesquisa. “É um investimento que considero fundamental para estimular o desenvolvimento de novas tecnologias e as parcerias entre os setores público e privado, além de contribuir para a qualificação de jovens no setor de TICs”, disse a ministra Luciana Santos.
Outra iniciativa destacada foi a recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa em universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia por meio do Pró-Infra, com investimentos de R$ 4,4 milhões. “Nosso objetivo é apoiar programas estratégicos nacionais e o desenvolvimento industrial em áreas prioritárias, como a transformação digital”, comentou a ministra.
Confira:
Fundação Parque Tecnológico da Paraíba – PaqTcPB |
Consolidar a implementação de desenvolvimento sustentável na infraestrutura, nas ações, projetos, laboratórios e startups do PaqTcPB,como resultado da parceria formalizada com o INPI(Instituto Nacional da Propriedade Industrial)/Universidade de Kopenhagen/Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca em outubro de 2021, onde foi elaborado em conjunto um plano de ação para ser executado no PaqTcPB atendendo aos OBJETIVOS GLOBAIS DE SUSTENTABILIDADE/ODS, cuja finalidade é transformar o parque numa referência não somente em inovação tecnológica, como ele já o é, mas também torná-lo um ambiente de inovação e de empreendedorismo social e ambiental capaz de gerar desenvolvimento econômico e impacto social na nossa região, respeitando os princípios de sustentabilidade para atender as tendências e perspectivas globais por estarmos num processo de internacionalização e Certificação Cerne 4 (Anprotec). |