Na manhã desta segunda-feira (28), no auditório do gabinete do Prefeito (Casa do Alemão), a Prefeitura Municipal de Cabedelo (PMC), por intermédio das Secretarias da Pessoa com Deficiência (SPcD) e Turismo (Setur), deu início ao workshop “Acessibilidade e inclusão para o trade turístico de Cabedelo”.
O evento teve o objetivo de discutir de forma específica ações de acessibilidade e inclusão destinadas a construir um contexto favorável no atendimento turístico ao público de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, para que utilizem com segurança e autonomia os espaços públicos e privados do município, com destaque para os equipamentos que estão sendo construídos na orla marítima da cidade.
A iniciativa reuniu cerca de 25 proprietários de quiosques, bares, restaurantes, pousadas e hotéis que assistiram a palestras com profissionais ‘linkados’ à ScPD e que já têm experiência nas temáticas abordadas. Dentre os vários assuntos abordados, foram discutidos a adaptação de cardápios para deficientes visuais, inserção de passarelas, paletes e espaços exclusivos para acesso dos cadeirantes às praias e aos bares, a necessidade do aprendizado da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), etc.
“Este é um evento enriquecedor e é muito importante estar nesse caminho. Na Paraíba já somos pioneiros nesta luta e quem trabalha com o turismo aqui precisa estar preparado para receber e atender as pessoas com deficiência. Temos que aprimorar cada vez mais os nossos serviços para que estas pessoas sejam incluídas todos os dias. Eles merecem, antes de tudo, o nosso respeito e uma atenção especial. E o turista, claro, sempre precisa ser bem atendido para que volte a nos visitar”, afirmou o secretário de Turismo, Haenell Farias.
Conforme mencionado pelo secretário Haenell, a cidade de Cabedelo já é referência na luta pela inclusão das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, além de ser pioneira na criação de uma Secretaria municipal que promove, de forma contínua, ações e intervenções pautadas na condição da igualdade e do exercício dos direitos desse público.
“É uma discussão importantíssima e num momento muito oportuno, no qual a cidade passa por essa transformação em sua infraestrutura e nós, mais uma vez, nos antecipamos e ressaltamos a importância desse primeiro olhar e da sensibilidade que todos temos que ter para lidar com o atendimento e acolhimento às pessoas com deficiência. Além destas formações, vamos também acompanhar in loco estes estabelecimentos para que na prática seja tudo condizente com o que vamos discutir”, destacou a secretária da pessoa com Deficiência, Geusa Ribeiro.
Programação – A manhã de workshop foi enriquecida com as seguintes atividades: Palestra para Surdos (Libras), com a intérprete Gessinette Borba; Palestra sobre Autismo e deficiência intelectual, ministrada por Maria da Guia da Conceição (Psicopedagoga) e Michelle Felix (mãe de PcD); Palestra sobre leitura do ambiente e autodescrição, com os ministrantes Gabrielle Soares e Jadson Gomes (respectivamente Presidente e Vice do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência); e Palestra sobre Acessibilidade Arquitetônica, com Genilson Machado (presidente da ONG AC Social).
Tópicos também trabalhados no workshop: Direito ao lazer e a cultura – A pessoa com deficiência tem direito a cultura e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Bens culturais em formato acessíveis como cinema, teatro, eventos e demais atividades e serviços; A acessibilidade e seus benefícios – Maior inclusão social na participação de todos e o aumento da eficiência e produtividade, redução de custos para empresas e organizações que ficam em conformidade com as leis e regulamentações de acessibilidade.
Acessibilidade – De acordo com a legislação vigente (Lei 13.146/2015) a acessibilidade é a possibilidade de todos acessarem, em iguais condições, aos locais, informações, produtos ou serviços de modo simples e autônomo. Neste aspecto destacam-se a Inclusão Digital, para o acesso e compreensão de conteúdos e informações na internet (Norma NBR 16537 – que estabelece requisitos na acessibilidade de comunicação na web); Inclusão Atitudinal , garante que todas as pessoas sejam tratadas com respeito, incluindo interação e conscientização e promovendo uma cultura de aceitação de diferenças; e a Inclusão Arquitetônica e Urbanística , adaptação dos espaços urbanos privados e públicos garantindo o acesso e segurança das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida (Norma NBR 9050 – que estabelece critérios para parâmetros técnicos em edificações, mobiliário, espaços urbanos e equipamentos).