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Paraíba

Lixão do Róger foi extinto há anos, mas o entorno é poluído por falta de coleta

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Cansados de esperar por um local adequado para o trabalho de separação de recicláveis, vários catadores organizaram de maneira improvisada um ponto de coleta para esses resíduos, localizado em frente ao antigo Lixão do Roger, em João Pessoa. A situação é um dos problemas da falta de implantação das medidas estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) pelos municípios paraibanos. De forma desorganizada, o material reciclável é acumulado nos arredores do antigo lixão, que beira a linha férrea. Não há cobertura ou paredes, apenas uma balança e um funcionário que pesa o material recebido. De acordo com o funcionário, este ponto é particular, mas tem autorização da prefeitura para funcionar, informa reportagem do Correio da Paraíba.

A catadora Patrícia Kelly, que estava pesando seu material, afirmou que vive da coleta de recicláveis há 16 anos. Ela contou que, além de coletar materiais de todos os tipos no entorno da Lagoa do Parque Sólon de Lucena, também tem acordo com algumas pessoas que separam o lixo reciclável de suas casas e doam para ela. “Eu entro na casa das pessoas só para pegar isso”, disse. Ela lembrou ainda, que não é sempre que vai a esse ponto de coleta no Roger. “Às vezes vou em outros, tem muitos”.

O que Patrícia provavelmente não sabe é que está colocando sua saúde em risco ao levar seu material para esse local. É o que afirma o promotor do Meio Ambiente da capital, José Farias. Ele destacou que mesmo a comunidade com algumas casas que existe no local não deveria estar ali.

O Correio da Paraíba apresentou, na edição do último domingo, as dificuldades dos municípios paraibanos em atender à PNRS. Na capital, o principal problema é a falta de coleta seletiva universalizada, de acordo com José Farias. Além disso, há pontos de coleta de recicláveis que estão irregulares.

O promotor afirma que há um ponto de coleta de recicláveis dentro do próprio aterro sanitário metropolitano, o que não deveria ser permitido. Segundo ele, os catadores não deveriam ir até o aterro, pois o local libera gases que podem causar explosões e, assim como uma fábrica, precisa ter uma segurança rígida.

José Farias explicou ainda, que a empresa que venceu a licitação para fazer o aterro se comprometeu a construir 10 galpões para serem usados pelos catadores de recicláveis, mas até agora isso não foi cumprido. “Sei que alguns já foram construídos. Em Mangabeira, por exemplo, tem um. Não está muito bem adequado às normas, mas é coisa fácil de resolver”, comentou.

Resposta da Emlur. O superintendente da Autarquia Municipal de Limpeza Urbana da Capital (Emlur), Lúcius Fabiani, afirmou que foi a própria Emlur que procurou o Ministério Público para que tente um acordo com a empresa que construiu o aterro sanitário para que esta instale os dez pontos de coleta na cidade, conforme o contrato firmado à época. “Esse contrato é de 2003 e até hoje nós cobramos a implantação desses pontos de coleta. Inclusive, a Prefeitura já indicou as áreas onde esses pontos poderiam ser instalados, mas a empresa alega desequilíbrio financeiro. Como o aterro sanitário só existe em João Pessoa, o contrato não prevê sanção pelo descumprimento. Por isso, buscamos o Ministério Público”, detalhou Lúcius Fabiani.

Já sobre a instalação de pontos de coleta dentro do aterro, o superintendente da Emlur alegou que é uma situação intermitente e que após feita a coleta dos materiais recicláveis pelos catadores, os demais resíduos são recolhidos e devolvidos para o aterro.

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Paraíba

MP, TJ e Executivo discutem ações para acompanhar e evitar falhas em medidas protetivas de urgência

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Redação do Portal da Capital

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) realizou uma reunião híbrida com representantes do Tribunal de Justiça da Paraíba e de órgãos do governo do Estado e do Município de João Pessoa, para tratar da institucionalização de política de acompanhamento das medidas protetivas de urgência aplicadas em favor de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, no Estado.

Esse já é o segundo encontro promovido pelo MPPB com o objetivo de criar um mecanismo que viabilize o acompanhamento das medidas protetivas de urgência, após o seu deferimento pelo Judiciário. O trabalho integra o Procedimento Administrativo 001.2024.073002, instaurado na instituição em razão da proposta feita pela Corregedoria Nacional do Ministério Público sobre o assunto. Uma das questões que preocupa a instituição ministerial diz respeito à fixação de prazo dessas medidas na proteção das vítimas, já que se acredita que tal limitação impacta negativamente na proteção eficiente dos direitos humanos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Participaram da reunião, na quarta-feira (16/10), o coordenador do Centro de Apoio Operacional em matéria criminal (CAOCrim) e do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes (Navic), do MPPB, o promotor de Justiça Ricardo Lins; a coordenadora do Centro de Apoio Operacional em matéria de defesa da cidadania e direitos fundamentais e coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir), a promotora de Justiça Liana Carvalho; a juíza de direito coordenadora adjunta da Mulher do TJPB, Caroline Silvestrini; representantes da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, da Secretaria Municipal de Mulheres e da Secretaria Municipal da Segurança Pública e Cidadania, ambas do Município de João Pessoa, da Guarda Civil do Município de João Pessoa, a coordenação do Centro de Referência das Mulheres e promotores de Justiça que atuam na defesa da mulher, em diversas promotorias do Estado da Paraíba: Clístenes Holanda, Ivete Arruda, Rafael Bandeira, Rhomeika Porto, Izabella de Barros, Diogo Galvão, Pedro de Freitas, Thomaz dos Santos, Ernani  Menezes, Leonardo Cunha Lima, Herbert Vitório Serafim, Luiz William Aires Urquisa e Ana Grazielle Araújo.

Patrulha Maria da Penha e Centros de Referência

Conforme explicou o promotor de Justiça Ricardo Lins, já na primeira reunião de trabalho, foram definidas várias frentes de atuação: uma relacionada à aproximação dos membros do Ministério Público do programa “Patrulha Maria da Penha” nos municípios paraibanos; outra relacionada ao fomento de criação de rondas municipais, conduzidas pelas respectivas guardas municipais e outra visando à criação e à padronização dos Centros de Referência em Atendimento à Mulher (Cram).

Na ocasião, a Secretaria de Estado da Mulher informou que o Programa Integrado Patrulha Maria da Penha atende, atualmente, a 130 municípios, divididos em núcleos polarizados nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira e Cajazeiras.

Nos cinco anos do programa, já foram realizados mais de 56 mil atendimentos (psicológicos, sociais, jurídicos, triagens etc) e mais de 187 mil rondas de monitoramento, resultando na inexistência de feminicídio dentre as mulheres atendidas pelo programa, que foi instituído por meio do Decreto 39.343/2019, por intermédio de Termo de Cooperação Técnica entre o Tribunal de Justiça da Paraíba e o Governo do Estado. As ações são desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana em parceria com a Secretaria de Segurança e Defesa Social, por meio das Polícias Militar e Civil, Coordenação das Delegacias Especializadas no atendimento às Mulheres e o TJPB.

Encaminhamentos

Na reunião, a promotora de Justiça Liana Carvalho propôs a construção de um guia para padronização da atuação dos plantões judiciários, no que se refere à manifestação do Ministério Público sobre os casos de violência doméstica e familiar contra mulheres ou pedidos de medidas protetivas de urgência.

A ideia é que essas medidas sejam deferidas sem fixação de prazo. “A sugestão do Gedir é que todos os promotores de Justiça e todas as promotoras de Justiça estreitem o diálogo com a rede de apoio às mulheres vítimas de violência, através de reuniões periódicas, com atuação tanto na esfera criminal quanto na tutela cível da mulher, para fomentar a instalação de rondas capitaneadas pelas guardas municipais, notadamente onde a Patrulha Maria da Penha ainda não tiver alcance pleno. Outra ação de grande impacto será o fomento à criação de Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência”, disse.

Ficou deliberado ainda que o Navic buscará interlocução com a Escola Superior da Magistratura (Esma), sugerindo que sejam difundidos, entre os magistrados paraibanos, os princípios da Resolução CNJ 254/2018, que institui a Política Judiciária Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres, no que diz respeito aos impactos negativos da fixação de prazo nas medidas protetivas de urgência para a proteção eficiente dos direitos humanos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar, posição também resultante da XVIII Jornada Lei Maria da Penha.

O Gedir também elaborará um kit de atuação para fomento da criação de Centros de Referência em Atendimento à Mulher pelos promotores e promotoras de Justiça com atribuição na tutela coletiva de defesa da mulher e fará o levantamento de quantos municípios possuem Guarda Municipal, em quais deles já há a Ronda Maria da Penha, em quais ela funciona efetivamente e em quais é necessária a intervenção ministerial para seu funcionamento a contento.

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Paraíba

Justiça Eleitoral determina remoção de publicações de Queiroga contra Cícero e Lauremília

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Redação do Portal da Capital

A Justiça Eleitoral, através de uma decisão liminar proferida pela 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa, o juiz Adilson Fabrício Gomes Filho determinou a remoção de publicações do candidato Marcelo Queiroga consideradas ofensivas à honra do candidato à reeleição para prefeito, Cícero Lucena (Progressistas), e sua esposa, Lauremília Lucena. A liminar foi deferida nesta sexta-feira (18).

A defesa da “Coligação João Pessoa no Caminho Certo” alegou que Queiroga publicou em sua conta pessoal do Instagram uma série de postagens que continham informações inverídicas e difamatórias. Entre os conteúdos ofensivos destacam-se afirmações de que a esposa de Lucena estaria envolvida em um esquema de compra de votos e que pacientes estariam sendo favorecidos em troca de apoio à campanha.

Na decisão, o juíz ressaltou que as postagens ultrapassaram os limites da crítica política, configurando propaganda negativa e ofensa à honra do candidato. Adilson Fabrício ainda enfatizou a importância de manter um debate civilizado e respeitoso durante o período eleitoral, e a necessidade de proteger a integridade dos candidatos de informações prejudiciais e não verificadas.

Com a concessão da liminar, a Justiça Eleitoral determinou a remoção imediata dos conteúdos ofensivos por parte de Queiroga, sem a necessidade de ouvir a parte contrária, em virtude do potencial dano à imagem do ofendido. A decisão foi publicada e as partes foram intimadas a cumprir a ordem judicial.

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Paraíba

“Confio plenamente na Justiça, ficará evidenciada nossa inocência”, diz Dinho a eleitores e amigos

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O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereador Dinho Dowsley, se manifestou acerca da operação da Polícia Federal (PF) que o transformou em alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (18/10), em João Pessoa.

Segundo Dinho, o pronunciamento é em respeito e para tranquilizar os eleitores e amigos que acompanham a sua vida parlamentar que, em 20 anos de vida pública, nunca foi alvo de um processo sequer, mas sim, de dedicação à Capital paraibana.

Leia também: Polícia Federal realiza nova fase da Operação Território Livre na Grande João Pessoa

Confira o vídeo:

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