O candidato à reeleição para a presidência da OAB-PB, Harrison Targino, e a candidata a vice, Janny Milanês, realizaram neste domingo (17) o último grande evento de campanha: uma feijoada que reuniu 1,2 mil advogados e advogadas em João Pessoa. Harrison destacou que sua campanha foi baseada em um movimento coletivo de defesa da advocacia e fortalecimento da classe, longe de interesses pessoais e da centralização de poder. A eleição será realizada no próximo dia 19 de novembro, e o número de Harrison na urna é 11.

Harrison iniciou sua fala mencionando um ditado africano que ele sempre repete: “Se você quiser ir mais rápido, vá sozinho, mas se quiser ir mais longe, vá acompanhado.” Ele afirmou: “Eu prefiro, muito, mas muito mesmo, e minha trajetória prova isso, ir acompanhado, junto com pessoas ao lado — pessoas próximas, pessoas distantes, de divisões distintas, mas unidas em um único propósito. Porque nós somos o movimento, e é esse conceito que nos traz aqui, porque somos cada vez mais fortes quando apostamos no coletivo.”

O candidato enfatizou a força do movimento que representa e sua crença no poder de mobilização da base. “Nós temos a militância mais forte, temos lideranças fortes e aguerridas,” disse ele. Para Harrison, o esforço final de mobilização será determinante para a vitória, pedindo que todos mantenham a campanha ativa até o dia da eleição.

A vice, Janny Milanês, fez um discurso destacando a importância de uma Ordem dos Advogados do Brasil que não pertença a um único grupo ou indivíduo. Segundo ela, a OAB deve ser de todos, reforçando que a entidade não pode ser monopolizada. “A OAB não pode e nem deve ter um dono. A OAB é nossa. Ela é de todos,” declarou, destacando a diversidade e pluralidade da advocacia paraibana. Ela também enfatizou a participação feminina em sua chapa, destacando a presença de advogadas combativas que representam a força das mulheres no movimento.

Ao final, Harrison pediu engajamento máximo até a votação: “Amanhã é dia de ligar, ligar, ligar. Pedir, pedir, pedir, para que estejamos mobilizados e, na terça-feira, possamos juntos comemorar a vitória de uma OAB realmente representativa, que acolha a todos e todas,” concluiu.

A Justiça confirmou esta segunda-feira (18/11) como nova data para realização do interrogatório da ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Monique Cardoso Bório.

A primeira data, 14 de novembro de 2024, foi remarcada por ocasião do novo atentado a bomba registrado na noite da quarta-feira (13/11), na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Pâmela Bório será ouvida em uma Audiência de Instrução a partir das 09h. Na mesma ocasião também serão ouvidas testemunhas que, por ventura, tenham sido arroladas pela defesa da ré.

“REDESIGNO para o dia 18/11/2024 a realização da AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO desta Ação Penal, inicialmente designada para 14/11/2024, a ser realizada por videoconferência e presidida pelo Juiz Auxiliar deste Gabinete, André Salomon Tudisco“, diz o documento.

Clique aqui e confira a íntegra do Despacho divulgado em 14/11/2024 e publicado nesta segunda, 18/11/2024.

O caso

O interrogatório se dará porque a ex-primeira-dama passou a condição de ré por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, movimentação, que resultou na depredação dos prédios dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e, de acordo com as investigações, visava um golpe de Estado para impedir que o presidente Lula (PT), eleito em 2022, governasse.

Pâmela é acusada de, pelo menos, sete práticas irregulares, entre elas, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.

“A denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República imputa a prática das condutas descritas no art. 288, parágrafo único (associação criminosa armada), no art. 359-L (tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito), no art. 359-M (golpe de Estado), no art. 163, parágrafo único, I, III e IV (dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima), todos do Código Penal, e no art. 62, I, da Lei n. 9.605/1998 (deterioração de patrimônio tombado), observadas as regras do art. 29, caput (concurso de pessoas) e do art. 69, caput (concurso material), ambos do Código Penal“, diz o Despacho.

Pâmela Bório participou dos atos bolsonaristas/extremistas registrados no Distrito Federal, em Brasília, no domingo (08/01/2023), que resultou em vandalismo e depredação das sedes dos Três Poderes.

Na ocasião, a própria Pâmela fez diversas postagens em sua rede social mostrando participação ativa no protesto, inclusive xingando integrantes das Forças Armadas de “covardes”.

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