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Governador diz que não luta por cargos, mas por obras e investimentos

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* Por Nonato Guedes

Instigado pelo jornalista Gutemberg Cardoso, na rádio Arapuan, a responder se tem alguma frustração em relação ao governo Lula por este não ter contemplado a Paraíba com um ministério no atual mandato, o governador João Azevêdo (PSB) tentou colocar um ponto final na polêmica explicando que sua filosofia não é a de lutar por cargos, mas por obras e investimentos que beneficiem a população do Estado. Sob esse ponto de vista, deixou claro que tem “portas abertas” em ministérios influentes do governo Lula para encaminhar as demandas da Paraíba, tendo apresentado cerca de doze pleitos no novo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, a ser lançado em breve, cuja maioria espera ver atendida pelo Planalto. O chefe do Executivo lembrou, também, a sua condição de presidente do Consórcio Nordeste, o que o torna porta-voz de interesses de toda a região, não apenas do Estado que administra.

A questão, na verdade, seria recorrente porque, supostamente, indicaria falta de prestígio do governador paraibano junto ao círculo de decisão, apesar de Azevêdo ter se engajado decididamente na campanha do líder petista nos dois turnos, sendo um dos primeiros a manifestar esse posicionamento, em oposição ao então presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado. Com frequência cogita-se em rodas políticas locais que Lula estaria contido em relação a favorecimento à Paraíba devido ao pouco empenho ou interesse de adversários declarados de Azevêdo, como o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que formaram no palanque de Lula nas eleições de 2022. A teoria de sabotagem nunca foi comprovada – mas é verdade que o Estado tem sido contemplado, apenas, em cargos federais de âmbito regional. Também confere a versão de que Lula evita incluir a Paraíba na sua agenda de visitas pelo país, o que deveria demandar, pelo menos, uma satisfação do próprio Planalto.

Essa prova dos noves poderá ser tirada, porém, quando os chamados projetos estruturantes pleiteados pelo governador da Paraíba começarem a sair do papel para virar realidade, materializando aspirações em áreas distintas do território estadual. Pelo que João Azevêdo dá a entender, esse “deslanche” está para acontecer mais rápido do que se imagina ou se especula, diante do dinamismo que estaria sendo imprimido a programas e ações de impacto que beneficiem concretamente os habitantes da Paraíba. De algumas demandas pontuais encaminhadas pelo gestor socialista sabe-se da receptividade que alcançaram, a exemplo de iniciativas arrojadas na Saúde que levaram o próprio Ministério a transplantar experiências vitoriosas para outras unidades da Federação. Com ministros das áreas da Infraestrutura e Social, tem havido receptividade tanto na liberação de recursos quanto na execução de ações concretas. Para João, não há como comparar o tratamento que ele recebe no governo Lula com as hostilidades de que foi alvo na Era Bolsonaro por discordar frontalmente da postura negacionista em calamidades como a da covid-19.

O governador João Azevêdo, pelo que deu a entender, ontem, está “resolvido” quanto a insinuações ou à exploração que é feita acerca do tamanho do seu cacife no Planalto para carrear investimentos de monta para a Paraíba. Não se sente relegado a segundo plano e tem, mesmo, participado de reuniões que são decisivas para os destinos da própria sociedade brasileira, no que diz respeito a questões polêmicas que estão no radar, quase diariamente, na mídia. O temperamento conciliador do gestor socialista facilita, sem dúvida, o seu enquadramento no contexto da realidade nacional. Ele deu provas sobejas de paciência ou de tolerância no curso da acirrada campanha eleitoral do ano passado na Paraíba, quando um seu adversário, o senador Veneziano Vital, candidato ao Palácio, trouxe Lula no primeiro turno para um evento em Campina Grande. João foi recompensado no segundo turno quando, assenhoreado na disputa, teve da parte de Luiz Inácio Lula da Silva mensagem incisiva de apoio à sua candidatura e, também, aos projetos que agitou para promover o desenvolvimento social e econômico da Paraíba.

A lealdade do governador João Azevêdo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi testada em várias ocasiões, de forma positiva, sendo reconhecida, mesmo, por expoentes do Partido dos Trabalhadores na Paraíba, que nunca denunciaram qualquer desvio de conduta política por parte do chefe do Executivo quando pleiteou a reeleição. As alianças locais que João teve que fazer para respaldar o projeto de recondução ao cargo foram plenamente absorvidas no “staff” de Lula – também ele compelido a fazer composições inimagináveis, tanto na batalha eleitoral como agora, na árdua missão de governar o país sem ter formado maioria concreta no Congresso Nacional. O mandatário, como se sabe, está tendo que se compor com forças ligadas ao “Centrão” e tem procurado acomodá-las de forma a obter reciprocidade de apoio na votação de matérias relevantes que precisam ter partida ou andamento, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal. Azevêdo quis sinalizar, ontem, que há gente querendo ser mais realista que o rei – e que não compartilha com esse tipo de exegese dos fatos que estão se sucedendo.

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Em meio ao caos, uma notícia ligeiramente alvissareira

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Já houve quem colocasse o jornalismo profissional na UTI e decretasse a supremacia absoluta das redes sociais em campanhas eleitorais e o veículo através do qual o brasileiro definitivamente buscava informações sobre política.

Não é assim. Ainda bem. A TV cresceu de importância na atual campanha, se constituindo na fonte pela qual o eleitor mais se informa sobre política. Além de canal de notícias, os debates na TV ganharam atenção na campanha deste ano e a propaganda eleitoral acabou decisiva nas capitais e grandes cidades.

Sobre esse último item, a Folha de S. Paulo publicou algumas notícias revelando que o prefeito Ricardo Nunes (SP) havia se beneficiado com o início da propaganda na TV (ele tem 6 dos 10 minutos no guia eleitoral), tendo, com isso, melhorado nas pesquisas. Em 20 de setembro, a Veja publicou noticia com a manchete “Colocado em xeque após redes sociais, horário eleitoral mostra força”. No subtítulo veio o registro da importância da televisão: “Propaganda na TV alavanca candidatos nas capitais em disputas acirradas”.

O mais importante, porém, é a comprovação, através das pesquisas eleitorais, que o eleitor acessa muito mais a televisão como veiculo para se informar sobre política, o que também demonstra a confiança depositada no jornalismo profissional.

Um recorte de um quesito de pesquisas do instituto Quaest sobre os hábitos dos brasileiros em relação à mídia, levantamentos aplicados na maioria das capitais entre agosto e setembro, mostra claramente como a imprensa nacional se recuperou diante do cenário registrado de 2018, onde pareceu prevalecer as redes sociais.

As diferenças são tênues, mas as redes sociais já não aparecem avassaladoras. Em agosto, em São Paulo, 39% da população revelou se informar sobre política pela televisão e apenas 28% pelas redes sociais. Em Recife, agora em setembro, a audiência foi de 43% (TV) contra 35% (redes sociais). No Rio de Janeiro, o placar ficou em 39% a 30% em agosto, 42% a 27% no início de setembro e empatou em 34% e 33% na semana passada. Em Porto Alegre, no sul do país, em agosto, 37% se informavam sobre política pela TV e 31% pelas redes sociais. Em João Pessoa, a campanha começou com maior audiência para as redes sociais (41% a 38%), mas a televisão se impôs e ficou à frente nas últimas semanas de setembro (37% a 33%). Essa variação se registra em praticamente todas capitais.

Os sites, blogs e portais de notícias, que o pesquisador apresentou em coluna separada, apareceu com índices de audiência entre 10% e 14%. Interessante porque são veículos que também apresentam estrutura com características de jornalismo profissional.

A nota triste fica para o radio, veículo que está sendo acionado por diminuto público entre 3% e 4% para se informar sobre política.

De qualquer forma, números e fatos estão mostrando na atual campanha que o jornalismo profissional é efetivamente o melhor caminho para se combater as fake news e a desinformação.

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Medicinando: cultura de valor na saúde, um pilar essencial para a excelência

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Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta quarta-feira (30/09), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre um conjunto de princípios, crenças e comportamentos que formam uma organização de saúde, e entre eles, a cultura de valor como essencial para qualquer empresa. Além disso, ele destacou pilares importantes nesse conceito que deve ser implantada na saúde.

Confira:

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Jogos virtuais estão levando a um aumento das tentativas de suicídio, dizem especialistas

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Redação do Portal da Capital

Os jogos de apostas on-line estão causando dependência tecnológica e levando a um aumento nas tentativas de suicídio. O alerta está na edição desta semana do videocast “Sem Contraindicação”, que tem como tema “Setembro Amarelo: como cuidar da saúde mental e prevenir o suicídio”. Os convidados são o psiquiatra José Brasileiro e a psicóloga Roberta Mota.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente são registrados mais de 700 mil suicídios no mundo. Mas, acredita-se que estes dados estejam subnotificados e que, na realidade, o número chegue a um milhão. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil ocorrências por ano, o que significa que, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia no país.

Desde 2018, a OMS considera o uso abusivo de jogos eletrônicos como uma doença. “Isso hoje é um dos principais problemas e está levando a um aumento enorme nas tentativas de suicídio”, informou o psiquiatra José Brasileiro. A jogatina on-line, que inclui o conhecido “Jogo do Tigrinho” e as bets, pode causar prejuízos físicos, psicológicos e inter-relacionais.

Segundo Brasileiro, esses jogos causam alta dependência psicológica. A facilidade de acesso contribui para o agravamento do problema numa escala maior. “É algo que está à mão [o celular]. Você não precisa ir para um cassino. É tudo muito fácil”, comentou o psiquiatra.

COMO SE CUIDAR

Praticamente, 100% dos casos de suicídio têm relação com transtornos mentais, principalmente aqueles não diagnosticados ou tratados incorretamente. A depressão é o transtorno mais ligado ao suicídio. Por isso, aos primeiros sinais, a orientação é procurar ajuda profissional para identificar o que está acontecendo e tratar.

A psicóloga Roberta Mota destaca que a tentativa de suicídio é um pedido de socorro e, para ajudar a superar essa sensação de que não existe outra saída, é fundamental uma rede de apoio formada pela família, amigos e profissionais. Ela orienta que, ao conversar com uma pessoa que atentou contra a própria vida ou que tem esses pensamentos, nunca se deve julgar. É preciso acolher e se colocar à disposição para ajudar. Caso não saiba o que dizer, melhor apenas escutar.

Algumas estratégias comprovadas cientificamente ajudam a prevenir o adoecimento mental. Entre elas, estão a prática regular de atividades físicas, sono, boa alimentação, lazer, gestão do tempo para fazer o que gosta e desenvolvimento da espiritualidade. “E se está com esse adoecimento psíquico, vamos tratar”, incentiva Roberta Mota.

ONDE BUSCAR AJUDA

Para você que já pensou ou pensa em suicídio, procure ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. Alguns serviços também podem ajudar:

– Centro de Valorização da Vida (telefone 188): o CVV oferece apoio emocional e de prevenção ao suicídio.

– Centros de Atenção de Apoio Psicossocial (Caps): são serviços especializados de saúde mental, gratuitos, de caráter aberto e comunitário.

– Clínicas escola: as faculdades de psicologia costumam oferecer atendimento psicológico gratuito.

– Site da Campanha Setembro Amarelo (setembroamarelo.com): desenvolvido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, o site tem várias informações importantes para a prevenção do suicídio.

ASSISTA E COMPARTILHE

Com apresentação de Linda Carvalho, o “Sem Contraindicação” é produzido pela Comunicação da Unimed João Pessoa. Toda quinta-feira, um novo episódio é publicado no YouTube e no Spotify.

Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa, que tem uma seção exclusiva para o videocast. Por esse canal, também é possível interagir e enviar sugestões de pautas para a equipe responsável pela produção.

 

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