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O que pode existir por trás da desavença entre Romero e Bruno em Campina Grande?

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* Por Josival Pereira

Um dos destaques da imprensa local, nesta sexta-feira, foi a notícia atribuída ao presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, vereador Marinaldo Cardoso, adiantando que pedirá socorro ao ex-governador Cássio Cunha Lima para apaziguar as desavenças entre o deputado Romero Rodrigues e o prefeito Bruno Cunha Lima.

A crise política entre ex-prefeito e prefeito já foi assumida pelos dois lados, mas o mais grave, no caso, são especulações e a perspectiva de Romero virar candidato a prefeito. Seria a concretização não apenas de um natural rompimento entre atual e ex-prefeito, mas de um profundo racha na família Cunha Lima, que praticamente se mantém no controle de poder na cidade desde 1982, quando Ronaldo Cunha Lima voltou à Prefeitura depois da cassação, em 1969. A exceção foram dois mandatos exercidos pelo hoje senador Veneziano Vital do Rêgo.

Cássio tem história, experiência e, aparentemente, o respeito de todos. Já funcionou como bombeiro em momentos críticos e conseguiu resultados, mas anda meio afastado do dia a dia da política, o que dificulta sua atuação no caso. Na verdade, porém, existe uma questão de fundo nessa peleja de Campina Grande que precisa ser considerada, dimensionada e avaliada antes.

Qual a natureza da disputa entre Romero e Bruno? Não seria a disputa pela liderança maior do grupo Cunha Lima após a ausência de Cássio das lides político-eleitorais e a evidente resistência de Pedro Cunha Lima em exercer comando ou chefia de partidos ou aglomerados políticos nos moldes antigos?

Sendo assim, o problema passaria a ser de difícil resolução, uma vez que não haverá encaminhamento sem que possíveis idiossincrasias antigas sejam revolvidas.

Não será estranho se os dois núcleos familiares do grupo – Cunha Lima puro (de Ivandro e Ronaldo), de um lado, e Rodrigues (de Dona Glória, esposa de Ronaldo, mãe de Cássio, irmã de Fernando Catão e de quem Romero é parente), do outro, estejam remoendo mágoas e almejando a liderança política do grupo. É que existe um vácuo de comando, que não houve com a morte de Ronaldo Cunha Lima. Cássio já exercia essa liderança interna.

Não dá para desconhecer, ao longo dos últimos anos, boatos sobre uma suposta insatisfação do núcleo familiar do ex-senador Ivandro Cunha Lima após Cássio ascender ao poder. Com Ronaldo, Ivandro dividia o comando. Vale lembrar ainda que, vez por outra, a imprensa e políticos soltavam comentários sobre diferenças no jeito de ser e de atitudes entre os Cunha Lima puro e os Rodrigues, que seriam mais arrebatados. Nunca nada disso foi desmentido.

Talvez isso não tenha nada a ver com o que está acontecendo agora. Independente disso, porém, não dá para não imaginar que Bruno Cunha Lima e Romero Rodrigues não estejam esquadrinhando o futuro e sopesando oportunidades de avançar na senda do poder político. Seria perfeitamente compreensível que um dos dois ou ambos possam avaliar que não cabem no mesmo espaço político ou que um precisa se sobrepor. Se o problema de fundo for este, haverá bastante dificuldade de pacificação. Todavia, se os problemas forem apenas de cunho administrativo, intrigas ou ciúmes, a paz não tardará a reinar entre os dois.

Sobre a intervenção de uma pessoa de fora para tentar promover a paz entre Bruno e Romero como quer o presidente da Câmara, talvez melhor do que Cássio seja o nome de Dona Glória Cunha Lima. Aliás, segundo se informou à época (2022), teria sido ela a responsável por demover Romero da decisão de se aliar ao governador João Azevedo e ser candidato a vice-governador. Sua presença numa sala de reunião em Brasília teria sido o suficiente. A não ser que os Rodrigues estejam, de fato, desejando o controle da Prefeitura de Campina Grande.

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Em meio ao caos, uma notícia ligeiramente alvissareira

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Já houve quem colocasse o jornalismo profissional na UTI e decretasse a supremacia absoluta das redes sociais em campanhas eleitorais e o veículo através do qual o brasileiro definitivamente buscava informações sobre política.

Não é assim. Ainda bem. A TV cresceu de importância na atual campanha, se constituindo na fonte pela qual o eleitor mais se informa sobre política. Além de canal de notícias, os debates na TV ganharam atenção na campanha deste ano e a propaganda eleitoral acabou decisiva nas capitais e grandes cidades.

Sobre esse último item, a Folha de S. Paulo publicou algumas notícias revelando que o prefeito Ricardo Nunes (SP) havia se beneficiado com o início da propaganda na TV (ele tem 6 dos 10 minutos no guia eleitoral), tendo, com isso, melhorado nas pesquisas. Em 20 de setembro, a Veja publicou noticia com a manchete “Colocado em xeque após redes sociais, horário eleitoral mostra força”. No subtítulo veio o registro da importância da televisão: “Propaganda na TV alavanca candidatos nas capitais em disputas acirradas”.

O mais importante, porém, é a comprovação, através das pesquisas eleitorais, que o eleitor acessa muito mais a televisão como veiculo para se informar sobre política, o que também demonstra a confiança depositada no jornalismo profissional.

Um recorte de um quesito de pesquisas do instituto Quaest sobre os hábitos dos brasileiros em relação à mídia, levantamentos aplicados na maioria das capitais entre agosto e setembro, mostra claramente como a imprensa nacional se recuperou diante do cenário registrado de 2018, onde pareceu prevalecer as redes sociais.

As diferenças são tênues, mas as redes sociais já não aparecem avassaladoras. Em agosto, em São Paulo, 39% da população revelou se informar sobre política pela televisão e apenas 28% pelas redes sociais. Em Recife, agora em setembro, a audiência foi de 43% (TV) contra 35% (redes sociais). No Rio de Janeiro, o placar ficou em 39% a 30% em agosto, 42% a 27% no início de setembro e empatou em 34% e 33% na semana passada. Em Porto Alegre, no sul do país, em agosto, 37% se informavam sobre política pela TV e 31% pelas redes sociais. Em João Pessoa, a campanha começou com maior audiência para as redes sociais (41% a 38%), mas a televisão se impôs e ficou à frente nas últimas semanas de setembro (37% a 33%). Essa variação se registra em praticamente todas capitais.

Os sites, blogs e portais de notícias, que o pesquisador apresentou em coluna separada, apareceu com índices de audiência entre 10% e 14%. Interessante porque são veículos que também apresentam estrutura com características de jornalismo profissional.

A nota triste fica para o radio, veículo que está sendo acionado por diminuto público entre 3% e 4% para se informar sobre política.

De qualquer forma, números e fatos estão mostrando na atual campanha que o jornalismo profissional é efetivamente o melhor caminho para se combater as fake news e a desinformação.

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Medicinando: cultura de valor na saúde, um pilar essencial para a excelência

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Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta quarta-feira (30/09), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre um conjunto de princípios, crenças e comportamentos que formam uma organização de saúde, e entre eles, a cultura de valor como essencial para qualquer empresa. Além disso, ele destacou pilares importantes nesse conceito que deve ser implantada na saúde.

Confira:

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Jogos virtuais estão levando a um aumento das tentativas de suicídio, dizem especialistas

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Redação do Portal da Capital

Os jogos de apostas on-line estão causando dependência tecnológica e levando a um aumento nas tentativas de suicídio. O alerta está na edição desta semana do videocast “Sem Contraindicação”, que tem como tema “Setembro Amarelo: como cuidar da saúde mental e prevenir o suicídio”. Os convidados são o psiquiatra José Brasileiro e a psicóloga Roberta Mota.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente são registrados mais de 700 mil suicídios no mundo. Mas, acredita-se que estes dados estejam subnotificados e que, na realidade, o número chegue a um milhão. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil ocorrências por ano, o que significa que, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia no país.

Desde 2018, a OMS considera o uso abusivo de jogos eletrônicos como uma doença. “Isso hoje é um dos principais problemas e está levando a um aumento enorme nas tentativas de suicídio”, informou o psiquiatra José Brasileiro. A jogatina on-line, que inclui o conhecido “Jogo do Tigrinho” e as bets, pode causar prejuízos físicos, psicológicos e inter-relacionais.

Segundo Brasileiro, esses jogos causam alta dependência psicológica. A facilidade de acesso contribui para o agravamento do problema numa escala maior. “É algo que está à mão [o celular]. Você não precisa ir para um cassino. É tudo muito fácil”, comentou o psiquiatra.

COMO SE CUIDAR

Praticamente, 100% dos casos de suicídio têm relação com transtornos mentais, principalmente aqueles não diagnosticados ou tratados incorretamente. A depressão é o transtorno mais ligado ao suicídio. Por isso, aos primeiros sinais, a orientação é procurar ajuda profissional para identificar o que está acontecendo e tratar.

A psicóloga Roberta Mota destaca que a tentativa de suicídio é um pedido de socorro e, para ajudar a superar essa sensação de que não existe outra saída, é fundamental uma rede de apoio formada pela família, amigos e profissionais. Ela orienta que, ao conversar com uma pessoa que atentou contra a própria vida ou que tem esses pensamentos, nunca se deve julgar. É preciso acolher e se colocar à disposição para ajudar. Caso não saiba o que dizer, melhor apenas escutar.

Algumas estratégias comprovadas cientificamente ajudam a prevenir o adoecimento mental. Entre elas, estão a prática regular de atividades físicas, sono, boa alimentação, lazer, gestão do tempo para fazer o que gosta e desenvolvimento da espiritualidade. “E se está com esse adoecimento psíquico, vamos tratar”, incentiva Roberta Mota.

ONDE BUSCAR AJUDA

Para você que já pensou ou pensa em suicídio, procure ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. Alguns serviços também podem ajudar:

– Centro de Valorização da Vida (telefone 188): o CVV oferece apoio emocional e de prevenção ao suicídio.

– Centros de Atenção de Apoio Psicossocial (Caps): são serviços especializados de saúde mental, gratuitos, de caráter aberto e comunitário.

– Clínicas escola: as faculdades de psicologia costumam oferecer atendimento psicológico gratuito.

– Site da Campanha Setembro Amarelo (setembroamarelo.com): desenvolvido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, o site tem várias informações importantes para a prevenção do suicídio.

ASSISTA E COMPARTILHE

Com apresentação de Linda Carvalho, o “Sem Contraindicação” é produzido pela Comunicação da Unimed João Pessoa. Toda quinta-feira, um novo episódio é publicado no YouTube e no Spotify.

Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa, que tem uma seção exclusiva para o videocast. Por esse canal, também é possível interagir e enviar sugestões de pautas para a equipe responsável pela produção.

 

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