Na semana em que é comemorado o aniversário de 23 Anos do Centro Municipal de Convivência do Idoso (CMCI) Dr. João Marcos Moura, nos Cuités, da Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Assistência Social (Semas), resgata-se um pouco de um trabalho ininterrupto, que há mais de duas décadas, vem fazendo toda a diferença na vida de centenas de idosos que utilizam o serviço. Muitos deles inclusive frequentam o local desde a fundação.
A programação que acontece nesta sexta-feira, 28, conta com abertura solene, participação do coral formado por funcionários, campeonato de jogos de mesa, com entrega de medalhas, além de música ao vivo e lanche. No mural de fotos, que fica no grande salão, onde os idosos são recebidos e se divertem todos os dias, registros de momentos vividos por eles nas diversas atividades oferecidas pelo serviço, os quais ficam também na memória de cada um.
Ligado à Gerência da Pessoa Idosa (Semas), que atua no fortalecimento dos vínculos familiares e sociais e na intergeracionalidade, a unidade dispõe de equipe multidisciplinar, com psicólogo, assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, educador físico e duas pedagogas, que realizam atendimentos e atividades. O trabalho também inclui grupos de danças, como xaxado, dança do ventre, quadrilha Conviver e, ainda, banda de pífanos e o coral Colibris da Colina. O CMCI tem atualmente 314 idosos cadastrados e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 13h.
Um dos usuários, é a aposentada Maria de Lourdes Lisboa, que destaca a importância para ela, dessa convivência em grupo. “Aqui aprendemos a conviver uns com os outros, recebemos carinho, atenção, acolhimento e não nos sentimos só. Só tenho a agradecer por tudo o recebemos até hoje e poder comemorar junto com todos os 23 anos de fundação, é mesmo uma dádiva. Estou muito feliz”, disse a aposentada.
Maria da Salete Barbosa dos Santos, também aposentada, frequenta o local há 22 anos, praticamente desde a fundação e considera o CMCI como sua segunda casa. “No dia em que não venho, fica faltando terra nos meus pés e cada dia que passa, gosto muito mais, porque somos muito bem acolhidos, recebemos apoio e participamos de passeios, palestras, jogos e muitas outras atividades. Inclusive sou atualmente a campeã no jogo de dominó”, ressaltou. “Quem completa 23 anos de existência é a Casa, mas quem recebe presente somos nós, porque tudo que temos aqui, representa e muito para a nossa saúde física e principalmente, para a nossa saúde mental”, complementou a aposentada.
Segundo Gilma Souto Maior, assistente social, fundadora e atual coordenadora da Casa, um projeto que nasceu a partir de seminários e encontros, quando se percebeu a importância de se ampliar o serviço em prol da pessoa idosa. “Precisávamos de um local, onde eles se sentissem bem e pudessem ter uma melhor qualidade de vida. Os grupos de convivência inclusive foram fundamentais para esse avanço e hoje colhemos o fruto de todo esse trabalho”, disse a coordenadora.
“O CMCI vem concretizar uma política pública que já existia e foi ampliada. Cada vez mais percebemos uma busca ainda maior pelo serviço. É mesmo um privilégio estarmos comemorando esses 23 anos, porque entendemos que o Sistema de Garantia de Direitos está sendo contemplado. Muitas famílias acabam não valorizando o seu idoso como deveria e aqui, buscamos fortalecer esses vínculos, preenchendo lacunas de solidão, tristeza e diversas outras situações que eles enfrentam no dia a dia. Todos se tornam protagonistas de suas vidas, com o aumento da autoestima e de sociabilidade”, concluiu a gerente da Pessoa Idosa, Rosemary Guimarães.