Um grupo de crianças e adolescentes do Complexo Habitacional Aluízio Campos está participando de oficinas esportivas e temáticas promovidas pela Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas). A atividade, que teve início em abril deste ano, faz parte dos atendimentos do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do bairro, que está realizando essa ação recreativa e didática para garantir o fortalecimento de vínculos com esse público e suas famílias.
Inicialmente, as aulas de futsal reúnem 10 crianças e adolescentes às terças-feiras pela manhã, na quadra do bairro. Antes de seguir para a aula de futsal, o grupo participa de um lanche coletivo na sede do Cras, e recebe informações sobre a temática do dia, onde são tratados assuntos sobre a família, escola, drogas, tipos de violências e outros. A ideia é orientar as crianças por meio do diálogo e fazê-las entender que podem conversar com a equipe sobre diversas situações do cotidiano, formando uma rede de apoio.
“A proposta é trabalhar diversos esportes ao longo do tempo, mas aqui percebemos que eles se adaptaram muito bem ao futsal, então deixamos todos à vontade para treinar. Quando eles conversam sobre algum assunto mais delicado comigo, por exemplo, por meio dessa atividade, eu repasso para a nossa equipe técnica, para que seja feito um contato com a família para trabalharmos juntos sobre esse cotidiano”, contou o professor de educação física, que acompanha o grupo, Raiff Moreira.
Ana Beatriz, 8 anos de idade, faz parte do time, e conta que desde que iniciou os treinos já notou algumas mudanças em casa. “O que eu mais gosto é de jogar futsal, porque é muito bom e muito divertido correr na quadra do Aluízio com os amigos. Eu só não vim um dia desde que começou. Aqui eu fico muito alegre e converso sobre minha mãe e as coisas de casa, e ela gosta que eu venha para brincar”, disse a menina.
A coordenadora da Unidade, Isabel Carvalho, avalia a importância desse trabalho como uma das atividades que consegue contemplar diferentes dimensões desse público. “Há o cuidado físico, que influencia na saúde, no psicológico, e aspecto disciplinar, porque entramos na questão comportamental. Então o nosso grupo de convivência insere na rotina deles um estilo de vida com melhor qualidade, onde eles aprendem um comportamento mais saudável, socialmente falando, e conseguem se enxergar com um propósito”, disse a coordenadora.