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Entre 19h e 22h: Câmara flexibiliza horário de transmissão do programa Voz do Brasil

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Em mais uma sessão marcada por tentativas de obstrução, deputados aprovaram em plenário nesta terça-feira (13) um texto substitutivo apresentado pelo Senado ao Projeto de Lei 595/2003, que altera os horários de transmissão do tradicional programa Voz do Brasil, fixando tal faixa entre 19h e 22h – o conteúdo não pode ser veiculado a partir deste limite. Já analisada pelos senadores, a matéria segue para sanção presidencial.

Na prática, o projeto põe fim à obrigatoriedade da transmissão, por parte das emissoras comerciais privadas, sempre às 19 horas. No entanto, os veículos de comunicação devem informar ao ouvinte, sempre nesse horário, que a Voz do Brasil não deixará  de ir ao ar naquele dia, e que a transmissão será limitada às 22 horas, informa reportagem do Congresso em Foco.

Rádios educativas continuam obrigadas a manter a veiculação às 19 horas, bem como as emissoras vinculadas aos poderes legislativos em dias sem sessão deliberativa de plenário. A regra vale para emissoras dos legislativos federal (Câmara e Senado), estadual (assembleias legislativas e distrital) e municipais (câmaras de vereadores). Caberá ao Executivo regulamentar casos especiais de flexibilização e/ou dispensa de retransmissão do programa.

Segundo o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/62), vigente desde 1962, não há subdivisão no tempo do programa reservado às notícias do Congresso, razão pela qual as regras de divisão do tempo total (60 minutos) passam a ser explicitadas na nova legislação. Por outro lado, mantém-se no projeto os tempos destinados à Câmara, ao Senado, ao Judiciário e ao Executivo (25 o minutos para o Executivo; cinco para o Judiciário; dez minutos para o Senado; e 20 minutos para a Câmara.

Debate

Durante as discussões de plenário, deputados contrários à alteração alegaram que grande parte da população já se acostumou ao horário do programa, há mais de 30 anos veiculado às 19h – o ritual radiofônico acabou por dar ao programa, que tem caráter governamental, o bordão “Em Brasília, 19 horas”. Nesse sentido, parlamentares defenderam o direito constitucional à informação e lembraram que trabalhadores rurais, por exemplo, têm o costume de dormir cedo e muitos só o fazem depois de ouvir as informações dos três Poderes.

PCdoB, Rede e Psol protagonizaram as reclamações contra a matéria. “Eu vi o presidente ilegítimo Michel Temer fazendo loas a uma conquista que efetivamente é do povo brasileiro, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, assinado no governo Dilma. Esse foi um dos poucos projetos estratégicos das Forças Armadas concluídos, e o presidente Temer disse que tinha sido uma obra do seu governo. Eu pude escutar isso e pude escutar também as vozes da oposição que cotidianamente denunciam a desconstrução que está em curso neste país. E esta Casa pode cometer a irresponsabilidade de tirar a voz da pluralidade do pensamento político do país”, declarou em plenário a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), para quem a flexibilização é um “golpe na pluralidade do pensamento”.

Por outro lado, defensores da mudança defenderam que os tempos mudaram e que o horário do programa deveria acompanhar os movimentos da sociedade. líder do PDT na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), vocalizou a defesa do texto e disse que, com a flexibilização, o alcance do programa será ampliado. Para André, rádios legislativas, por exemplo, poderão veicular as sessões de plenário sem interrupção da Voz do Brasil.

“A Voz do Brasil é um dos programas que temos a missão de defender. Mas, evidentemente, os tempos hoje são outros”, argumentou o pedetista, para quem trabalhadores urbanos, que consomem horas de seu cotidiano em deslocamento casa-trabalho, terão mais chances de acompanhar o programa.

Durante a votação da matéria, dois destaques foram aprovados para retirar conteúdos enxertados no texto por senadores. Um deles restabeleceu redação da Câmara que assegura a transmissão do programa, na íntegra, dentro de uma janela de transmissão que fixa o intervalo das 19 horas às 22 horas, das segundas às sextas-feiras.

Hora do Brasil

O primeiro nome do programa foi “Programa Nacional”. Entre 1935 e 1962, o noticiário passou a ser chamado de “Hora do Brasil”. Nos mais de 80 anos de transmissão, período que engloba duas ditaduras, o caráter nacionalista sempre marcou a identidade do programa – cabe mencionar que, com a ascensão de Michel Temer à Presidência, a vinheta de abertura, que ganhou versão de capoeira nos governos Lula (2003-2010), voltou a ter tema de inspiração militar.

No ar desde julho de 1935, a Voz do Brasil já foi transmitido com diferentes nomes até 1971, quando adotou o atual título. Só em 1962, quando entrou em vigor o Código Brasileiro de Telecomunicações, o Poder Legislativo ganhou o direito de ter suas informações noticiadas na segunda metade do programa, que transmite uma hora de noticiário.

Em 2016, a matéria tramitou como medida provisória. Naquele ano, que marcaria a saída definitiva de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, em 31 de agosto, a oposição da época (PSDB, DEM, etc) acusou a linha editorial do programa de defender a petista contra os defensores do processo de afastamento.

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Pagamento do Pé-de-Meia começa nesta segunda; confira o calendário

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O pagamento de mais uma parcela do benefício Pé-de-Meia começa nesta segunda-feira, 25 de novembro, e segue até o dia 2 de dezembro. A parcela, no valor de R$ 200, será paga de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento do estudante.

O pagamento é referente ao Incentivo-Frequência e será depositado em conta Poupança CAIXA Tem, aberta automaticamente em nome dos beneficiários. Os valores podem ser movimentados pelo aplicativo CAIXA Tem.

CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DO PÉ-DE-MEIA

Mês de Nascimento | Dia do Pagamento

Janeiro e Fevereiro – 25/11

Março e Abril – 26/11

Maio e Junho – 27/11

Julho e Agosto – 28/11

Setembro e Outubro – 29/11

Novembro e Dezembro – 2/12

O Pé-de-Meia é destinado a alunos que estejam cursando o ensino médio na rede pública e que tenham entre 14 e 24 anos, e a estudantes da EJA da rede pública, com idade entre 19 e 24 anos. Além disso, devem ser integrantes de família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham renda, por pessoa, de até meio salário mínimo, possuir CPF regular, e frequência mensal de, no mínimo, 80% nas aulas.

Além do incentivo por frequência de R$ 200, o aluno recebe depósitos de R$ 1 mil ao final de cada ano concluído com aprovação, que ficarão como uma poupança e poderão ser sacados após a formatura do ensino médio, e o Incentivo-Enem, no valor de R$ 200, para estudantes do 3º ano que participarem do Enem.

INFORMAÇÕES — O estudante poderá consultar informações escolares, regras do programa e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados) por meio do aplicativo Jornada do Estudante, do Ministério da Educação.  Informações relativas ao pagamento do benefício podem ser consultadas no aplicativo CAIXA Tem.

Para se manter no Pé-de-Meia, o estudante deve ter frequência mínima de 80%. Caso a frequência diminua em algum mês, o aluno não receberá o benefício referente a esse período. Caso o estudante deseje verificar a situação de elegibilidade ao programa, poderá acessar o aplicativo “Jornada do Estudante”.

No aplicativo Jornada do Estudante, o usuário poderá consultar informações como: canais de atendimento do programa, participação no programa, status de pagamentos e calendários de pagamentos.

PÉ-DE-MEIA — É um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. Instituído pela Lei nº 14.818/2024, o objetivo é  democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, promovendo mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

Informações mais detalhadas sobre o benefício podem ser obtidas no site do Ministério da Educação (MEC) ou da Caixa Econômica Federal .

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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