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Paraíba

Mais de 500 processos físicos foram migrados para o PJe no Fórum de Mangabeira

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Na primeira semana de implantação da ferramenta Digitaliza, que está em fase de experimentação no Fórum Regional de Mangabeira, 511 processos físicos já foram migrados para Processo Judicial eletrônico (PJe). Nesta segunda feira (12), o diretor de Gestão Estratégica e a gerente de Projetos do Tribunal de Justiça da Paraíba, Tony Márcio Leite Pegado e Ana Caroline Leal, respectivamente, se reuniram com o diretor do Fórum, juiz Meales Medeiros de Melo, a fim de fazer um levantamento da experiência, conferindo o andamento dos trabalhos e avaliando possíveis mudanças para aprimorar o processo de digitalização.

Segundo publicação do TJPB, a meta é a digitalização de 6.200 processos em pouco mais de dois meses. A atividade foi dividida em ciclos, para fins de acompanhamento da eficiência do projeto, e a migração de 511 processos foi o resultado do primeiro ciclo. Segundo Tony Márcio, a partir da experiência do projeto-piloto no Fórum de Mangabeira, conforme seja modelado o processo de trabalho, será produzido um manual para orientar ao efetivo funcionamento do procedimento de digitalização, a fim de possibilitar a expansão da ferramenta para outras unidades judiciárias.

Conforme expressou o juiz Meales Medeiros, a primeira semana foi de aprendizado em relação ao Digitaliza, com correções e ajustes nos planejamentos que haviam sido feitos na ferramenta e no fluxo de trabalho. O magistrado explica que, por se tratar da fase de experimentação, a finalidade não é só virtualizar os processos físicos, mas, também, encontrar formas de gerenciar e acompanhar o projeto, com o propósito de levantar informações e dados que possam ser aplicados nas futuras expansões da ferramenta. Ele ressaltou a importância do empenho de toda a equipe envolvida na atividade, o que tem favorecido o bom andamento do processo de digitalização.

“É um gerenciamento colaborativo, com a participação dos servidores que, à medida que utilizam a ferramenta, vão sugerindo melhorias e estabelecendo metas para a digitalização. Isso envolve, também, o engajamento das Diretorias de Gestão Estratégica e de Tecnologia da Informação do TJPB, especialmente pelo contato direto com o analista Samuel de Aguiar Rodrigues (desenvolvedor do Digitaliza), que tem sido muito solícito, no sentido de implementar as nossas sugestões e nos apoiar nas necessidades que vão surgindo”, esclareceu.

No entanto, apesar de se tratar de uma fase de testes, os resultados foram considerados positivos. “Foi, também, uma semana de muito êxito naquilo que toda a equipe se propôs a fazer. Apesar de algumas dificuldades e imprevistos na rotina, já conseguimos virtualizar mais de 500 processos. Isso equivale, basicamente, a uma das varas de família do Fórum de Mangabeira. Para nós, é um resultado muito expressivo, além do que esperávamos para a primeira semana”, afirmou o diretor do Fórum.

A cada dia, cerca de 130 processos físicos são enviados do cartório para a equipe de virtualização, que é composta por 10 servidores. Cada lote leva, no máximo, dois dias úteis no procedimento de digitalização, até que seja encaminhado ao sistema do PJe. A metodologia envolve a higienização dos feitos, digitalização, ordenamento, validação, indexação e, por fim, a importação.

Para o juiz Meales Medeiros, o reflexo de todo esse trabalho já pode ser notado no espaço físico do cartório, o que tem entusiasmado os servidores. “Os primeiros resultados já nos deixaram muito animados para o cumprimento da meta que temos daqui para a frente. Já podemos ver prateleiras vazias no cartório de Mangabeira, e, isso, é muito satisfatório”, declarou.

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Paraíba

Pablo Marçal: The Intercept Brasil visita Prata, no Cariri, vistoriar ONGs que receberam doações que seria para Angola

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Redação do Portal da Capital

Mais de R$ 4 milhões arrecadados pelo empresário e coach Pablo Marçal para a construção de casas para o povoado de Camizungo, em Angola, foram destinados a duas ONGs em Prata, cidade de 4 mil habitantes no interior da Paraíba. O Intercept Brasil visitou o município para conhecer de perto as organizações beneficiadas pela campanha de doações capitaneada pelo candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo nos últimos cinco anos.

Na cidade de pouco mais de 4 mil habitantes estão sediados os CNPJs das ONGs Atos, responsável pelas ações sociais na África, e Centro Vida Nordeste, que atua no semiárido. Mas descobrimos que a sede da Atos sequer existia até o Intercept revelar as falsas promessas de Marçal em Camizungo. Tem mais: a Centro Vida Nordeste está cadastrada em nome do dono de uma casa de apostas ilegais na cidade.

Em Prata, ninguém conhece pessoalmente Pablo Marçal. A cidade foi envolvida na trama de Angola por causa de Itamar Vieira, amigo do ex-coach e líder da ONG Atos em Angola, responsável pelo projeto de Camizungo.

Vieira, hoje pastor da Igreja Diante do Trono em Angola – fundada por Ana Paula Valadão, da família criadora da Igreja Lagoinha –, convidou seu amigo Pablo Marçal a apoiar a iniciativa missionária no país africano em 2019. Desde então, o ex-coach fez várias campanhas de doações para “erguer uma cidade” em Camizungo – e elas vão para os CNPJs das duas ONGs paraibanas.

Mas o uso de nomes de um casal de moradores de Prata como representantes legais das ONGs envolvidas no projeto em Angola tem causado caos no pequeno município.

“Estou há uma semana sem dormir”, me disse José Leandro Ferreira. No papel, ele é o presidente do Centro Vida Nordeste. Mas, nas ruas da cidade, ele é conhecido como Zé da Banca, por ser dono da Confiança Sports, estabelecimento que oferece diversas modalidades de apostas, incluindo o jogo do bicho.

“Todo mundo leu tua matéria. E ninguém consegue acreditar que tem um valor tão grande passando aqui pela cidade, enquanto a gente passa tantas dificuldades por aqui”, me disse uma moradora. Por lá, de fato, mais de 50% da população depende do Bolsa Família, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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Paraíba

Justiça determina prisão de ex-diretor de Finanças de CG por desvio de recursos do Programa Fome Zero

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Redação do Portal da Capital

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a 4ª Vara da Justiça Federal da Paraíba condenou Rennan Trajano de Farias pelo crime de peculato, por desviar R$242.422,74 em 2012, quando era diretor da Secretaria de Finanças de Campina Grande (PB) na gestão do então prefeito, Veneziano Vital do Rêgo (MDB). A sentença, publicada em 13 de setembro, determinou a pena de quatro anos e seis meses de reclusão e o pagamento de 50 dias-multa, para cada uma das 54 transações ilegais realizadas por ele.

A ação originária foi ajuizada em março de 2019 pelo Ministério Público do Estado da Paraíba, sendo posteriormente declinada para atuação do MPF perante a Justiça Federal, por tratar-se de recursos de origem do Governo Federal. Segundo apurado, em 27 de dezembro de 2012, às vésperas do fim da gestão municipal, foram realizadas 54 transferências de recursos do Programa Fome Zero a terceiros que não tinham créditos a receber do município ou que sequer eram fornecedores cadastrados no programa.

O recurso era de convênio firmado entre o Município de Campina Grande e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, destinado ao pagamento de produtos da agricultura familiar adquiridos para atender a cozinhas comunitárias.

De acordo com o MPF, cada transação foi feita no valor de R$ 4.489,31, que é o limite individual anual máximo de pagamento do Programa Fome Zero. Além disso, foi comprovado que o comando bancário para as transferências foi dado diretamente pelo então diretor de Finanças, a partir da utilização de seu token e senha.

Segundo a Controladoria Interna do Município de Campina Grande, não havia qualquer fundamento para a realização desses pagamentos naquele momento. Na sentença, a Justiça Federal destaca que muitas transferências foram realizadas em duplicidade, extrapolando indevidamente o limite individual anual de pagamentos, o que reforça o claro intuito de desviar os valores disponíveis.

A defesa do ex-diretor chegou a alegar que ele estaria totalmente afastado de suas atividades por problemas de saúde e que as transações teriam sido realizadas por outra pessoa. Porém, em interrogatório policial, Farias afirmou que, no período em que ocorreram os crimes, estava trabalhando de sua casa e, ainda, que sofreu pressão da gestão para desviar os valores do Programa Fome Zero.

Outros acionados – A ação incluía, ainda, o ex-prefeito de Campina Grande e atual senador Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto, o então chefe de gabinete, Hermano Nepomuceno Araújo, e o secretário Municipal de Finanças à época, Júlio César de Arruda Câmara Cabral. A Justiça, porém, absolveu os dois últimos e determinou o trancamento da ação penal em relação ao ex-prefeito.

Ação Penal nº 0800640-86.2024.4.05.8201

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Paraíba

Presa pela Operação Território Livre irá cumprir prisão domiciliar, determina Justiça; confira

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A juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral, concedeu nesta sexta-feira (20/09) prisão domiciliar a Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, presa nesta quinta pela Polícia Federal acusada de aliciamento violento de eleitores em João Pessoa.

De acordo com o inquérito, Pollyanna usava a influência para determinar quem poderia ser votado no Bairro São José.

A medida cautelar foi concedida após a defesa da investigada entrar com pedido “pela revogação da prisão preventiva ou pela substituição desta em qualquer das medidas cautelares diversas da prisão”. No pedido, é citada “a necessidade de oferecimento de cuidados exclusivos da investigada com a sua mãe, a qual fora interditada mediante demanda judicial”.

Ao deferir o pedido e decidir pela prisão preventiva domiciliar, a juíza definiu outras medidas:

  • Fica proibido qualquer contato da investigada, por qualquer meio de comunicação, ou até mesmo, por intermédio de terceiros, com os demais investigados no caso, cujo descumprimento poderá ensejar revogação da prisão domiciliar;
  • Monitoração eletrônica, devendo a investigada permanecer em sua residência (o endereço detalhado deverá ser informado, com comprovante, e somente após a referida comprovação será expedida a respectiva ordem de
    liberação) e ficar monitorada 24 horas por dia a partir da instalação da tornozeleira eletrônica;

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