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Paraíba

Ministério do Trabalho interdita IPC e dá prazo de 24h para desocupação do prédio

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Após constatar irregularidades graves que põem em risco a saúde, a segurança e a própria vida de trabalhadores, o Ministério do Trabalho (MTb) interditou administrativamente todos os setores do Instituto de Polícia Científica (IPC), em João Pessoa. Entre os setores, está o Numol (Núcleo de Medicina e Odontologia Legal), onde ficam os cadáveres e são realizadas as necropsias. O Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou a direção do IPC, dando um “prazo de 24 horas (a contar do recebimento da notificação) para evacuação do prédio, tolerando-se apenas medidas meramente conservativas para evitar o perecimento dos equipamentos”.

O anúncio da interdição foi feito durante entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta terça-feira (6), na sede do MPT, em João Pessoa, pelo procurador do Trabalho Eduardo Varandas e pelos auditores fiscais do Ministério do Trabalho, José Ribamar Gomes e Ana Mércia Vieira Fernandes, que realizaram a inspeção no IPC, na tarde da última sexta-feira (2).

Segundo o procurador Eduardo Varandas, a coletiva foi uma prestação de contas do trabalho realizado pelo MPT-PB e MTb, a partir de uma denúncia vinda do Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (Sindperitos). De acordo com Varandas, o procedimento começou de forma atípica, pois, dada a urgência da denúncia, a inspeção foi imediata, informa publicação do MPT.

Para o procurador, faltou o olhar do Estado no tocante ao investimento na estrutura de uma instituição tão importante. “A interdição total do local deverá ser feita nas próximas 24 horas. O não cumprimento implicará na utilização do poder de Polícia Federal para proceder o lacre da edificação e a impossibilidade de entrada de qualquer servidor”, enfatizou Varandas, durante a coletiva.

A interdição

“A interdição é um ato administrativo e é realizada quando algo compromete a integridade física de trabalhadores. A situação no IPC e das pessoas que lá trabalham é de extrema gravidade”, afirmou o auditor fiscal Ribamar Gomes.

“Foi uma medida radical, mas necessária para assegurar a dignidade dos funcionários que estavam trabalhando lá diante do alto risco de exposição e contaminação”, acrescentou a auditora fiscal Ana Mércia Vieira.

Nível de gravidade

“O MPT endossa a atitude tomada pelos auditores e lutará para que o local continue fechado até que o ambiente esteja apropriado. De zero a 10, o nível de gravidade para a situação é nove. A interdição é, na verdade, o início da solução do problema”, pontuou o procurador Eduardo Varandas.

MPT solicita laudos para confirmar se há contaminação ambiental

Durante a coletiva, Varandas informou também que solicitou laudos do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Sudema, empresa de coletas de resíduos biológicos e Agevisa, para que possam confirmar se está havendo, de fato, contaminação do lençol freático devido ao vazamento constante de líquidos cadavéricos do IPC. Os laudos também devem comprovar se está havendo contaminação por descarte irregular de resíduos especiais e tóxicos.

Sindicato fez a denúncia

De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (Sindperitos), Herbert Teixeira Boson Eloy, existe, inclusive, relatos de funcionários com problemas de saúde, como hérnia de disco, devido às graves e precárias condições em que eles trabalham.

ALGUMAS IRREGULARIDADES DETECTADAS NO IPC:

– Risco iminente de incêndios, de acidentes de trabalho e de contaminação para profissionais e usuários dos serviços do IPC;

– Garagem improvisada como sala de espera para idosos e pacientes com câncer, no setor de emissão de carteiras de identidade.

Ossadas e cadáveres expostos (presença de moscas);

– Vazamento e acúmulo de fluidos corporais no piso, inclusive em áreas de circulação de pessoas;

– Rabecões quebrados expostos;

– Vísceras mal acondicionadas;

– Esgotos a céu aberto;

– Líquidos cadavéricos, sangue e outras substâncias contaminadas escorrem pelo local de trabalho;

– Peritos, médicos e outros profissionais de saúde realizam necropsia de cadáveres sem usarem o mínimo de equipamentos de proteção individual (EPI), inalando gases e outras substâncias tóxicas;

– Funcionários e terceirizados expostos a vários tipos de doenças e contaminação;

– Prédio sem gerador de energia: na falta de luz, câmaras descongelam e líquidos dos corpos escorrem pelo local;

– Câmaras frigoríficas sem manutenção adequada;

– Materiais biológicos armazenados em potes de margarina;

– Extintores irregulares ou vencidos;

– Relato de princípio de incêndios em pelo menos dois setores;

– Risco iminente de incêndio nas instalações do prédio: gambiarras e fiação improvisada.

– Laboratório de balística com várias irregularidades (falta de higiene, de EPIs, peritos expostos ao chumbo e outros materiais tóxicos, coletes à prova de bala vencidos, cabine de tiro inadequada, etc.)

– Alojamentos e banheiros dos profissionais plantonistas com muitos problemas, infiltrações, mofo e rachaduras no prédio;

– Presença de escorpiões em alojamentos;

– Várias irregularidades no Laboratório de DNA, com riscos de comprometimento das perícias. Relato até da presença de ratos.

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Presa pela Operação Território Livre irá cumprir prisão domiciliar, determina Justiça; confira

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A juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral, concedeu nesta sexta-feira (20/09) prisão domiciliar a Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, presa nesta quinta pela Polícia Federal acusada de aliciamento violento de eleitores em João Pessoa.

De acordo com o inquérito, Pollyanna usava a influência para determinar quem poderia ser votado no Bairro São José.

A medida cautelar foi concedida após a defesa da investigada entrar com pedido “pela revogação da prisão preventiva ou pela substituição desta em qualquer das medidas cautelares diversas da prisão”. No pedido, é citada “a necessidade de oferecimento de cuidados exclusivos da investigada com a sua mãe, a qual fora interditada mediante demanda judicial”.

Ao deferir o pedido e decidir pela prisão preventiva domiciliar, a juíza definiu outras medidas:

  • Fica proibido qualquer contato da investigada, por qualquer meio de comunicação, ou até mesmo, por intermédio de terceiros, com os demais investigados no caso, cujo descumprimento poderá ensejar revogação da prisão domiciliar;
  • Monitoração eletrônica, devendo a investigada permanecer em sua residência (o endereço detalhado deverá ser informado, com comprovante, e somente após a referida comprovação será expedida a respectiva ordem de
    liberação) e ficar monitorada 24 horas por dia a partir da instalação da tornozeleira eletrônica;

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Paraíba

Servidores do INSS retomam atividades na PB e acusam Governo Federal de tirar salários durante greve

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Os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) na Paraíba decidiram, por maioria, em assembleia híbrida realizada nesta quinta-feira (19/09), pela suspensão da paralisação que ocorria desde o dia 16 de julho. A decisão foi oficialmente comunicada ao Ministério da Previdência Social (MPS) e ao INSS.

O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB) determinou a retomada das atividades após reunião que também foi realizada em Brasília. De acordo com a entidade, a decisão ocorreu após ameaça do Governo Federal em cortar os salários dos profissionais durante a greve.

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM desta sexta-feira (20/09), o diretor do Sindsprev, Sérgio Araújo Fonseca, deu mais detalhes do encontro.

“O governo tem nos ameaçado constantemente. Tirou o nosso salário do mês de julho e ameaçava tirar o salário de agosto também. Essa foi uma das causas que fez com que a gente retornasse ao trabalho para não ficarmos sem a nossa subsistência”, explicou.

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Sudene confirma incentivos fiscais para aeroportos de Bayeux e Campina Grande; confira

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Novas 20 demandas por incentivos fiscais da Sudene foram aprovadas pela Diretoria Colegiada nesta quinta-feira (19). Os empreendimentos declararam investimentos de R$ 683,2 milhões e somaram 11.672 empregos diretos e indiretos, dos quais 1.326 são novos postos de trabalho relacionados aos pleitos de implantação.

Na lista, estão quatro aeroportos administrados pela Aena Brasil, subsidiária da espanhola Aena Desarrollo, na área de atuação da Sudene. São os de Bayeux e Campina Grande, na Paraíba, que registraram investimentos de R$ 105,5 milhões e R$ 72,5 milhões, respectivamente; o de Aracaju, em Sergipe, com R$ R$ 75,3 milhões; e de Maceió, em Alagoas, com R$ 69,1 milhões. Desde 2019, a empresa tem a concessão do chamado Bloco Nordeste, com seis aeroportos. Já em 2022, venceu o leilão da concessão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e outros dez.

Durante a reunião, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou a importância da política de incentivos fiscais para a atração e permanência de empresas na área de atuação da Autarquia, especialmente no Nordeste. Segundo ele, há desigualdades na competitividade da Região em relação a outras do país. “Logo, esse mecanismo é estratégico para a geração de oportunidades e renda para a população e promover o desenvolvimento regional”, afirmou.

O diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire, ressaltou que foram 12 pleitos de Redução de 75% do IRPJ, oito de Reinvestimento de 30% do IRPJ para a complementação de equipamentos e um de Transferência de Laudo, da Petroeconcavo, localizada no município de Mata de São João, na Bahia.

Considerando a distribuição dos empreendimentos, foram três pleitos para cada estado do Ceará, do Espírito Santo, do Maranhão e do Piauí.  A Bahia teve dois pleitos aprovados e Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe um cada. Já na distribuição por setores prioritários foram cinco de infraestrutura, quatro da indústria de transformação (químicos), três da agroindústria, dois da indústria de alimentos, dois de petroquímica. Já as áreas de papel e papelão, móveis, metalurgia e minerais não metálicos receberam uma demanda cada.

Também foram contempladas a Kablin, com investimentos informados de R$ 168,6 milhões; a Carnaúba do Brasil (R$ 2 milhões) e a Fortex Indústria Química (R$ 250,5 mil), instaladas no Ceará. Do Piauí, foram aprovados os pleitos da Carvalho Indústria de Cereais (R$ 12,5 milhões), da Ipê Indústria de Móveis (R$ 3,5 milhões) e da MRA da Cruz Indústria de Alimentos ( R$ 3,4 milhões).

Do Maranhão, foram contempladas as empresas Maity Agrícola, que relatou investimentos de R$ 111,2 milhões; a Maity Bioenergia (R$ 32,2 milhões) e a Ferrovia Norte-Sul (R$ 8,3 milhões). Já da Bahia, foram aprovados os pleitos da Bahiana Distribuidora de Gás (R$ 10,5 milhões)  e a Borrachas Vipal Nordeste (R$ 6,3 milhões). Do Espírito Santo, estão contempladas as empresas Sacconi Agroindustrial Comércio e Exportação (R$ 588,6 mil), Corcovado Granitos (R$ 287,8 mil) e a AGC Comércio de Frutas (R$ 112,2 mil). Além da Saga Metais (R$ 240,5 mil), de Minas Gerais.

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