A Prefeitura de Campina Grande, por meio do Serviço de Atendimento ao Migrante Venezuelano da Secretaria de Assistência Social (Semas) e com o apoio da Secretaria de Educação (Seduc); realiza uma exposição que retrata os janokos – nome dado às casas que os Waraos (etnia indígena que habita o nordeste da Venezuela), constroem para viver em comunidade. A ação ocorre especialmente no mês em que é comemorado o Dia dos Povos Indígenas (19 de abril).
A exposição teve início na última semana, na Escola Municipal Padre Emídio Viana Correia, situada no bairro do Jeremias, onde permaneceu durante três dias e esta semana está acontecendo na Escola Municipal Luiz Joaquim Avelino. Nas duas oportunidades, os alunos do ensino infantil, e do 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental, estão tendo acesso a uma série de informações sobre a história e os costumes dos povos indígenas Warao. Os alunos da etnia, matriculados nas duas escolas, realizam apresentações falando um pouco mais da cultura do povo e utilizam também cartazes educativos.
Gessyelle Catarine, antropóloga do Serviço do Migrante Venezuelano (Semas), contou que a ideia de utilizar uma maquete surgiu ao observar que, por ser um recurso visual, seria interessante trabalhar elementos importantes para retratar as origens da etnia Warao. ’Com isso, nós destacamos a casa, a canoa, a árvore (Buriti), as cestarias e a rede, que fazem parte da vida deles’, disse.
“O trabalho realizado pelo Serviço do Migrante Venezuelano, busca, entre outras demandas, levar informação à população sobre o povo venezuelano e, especialmente, da etnia Warao, fomentando dessa forma, temas como inclusão e respeito a todos os povos, independente de suas origens. Inclusive, as escolas Padre Emídio e Joaquim Avelino foram escolhidas estrategicamente”, disse a coordenadora do Serviço, Thaís Lima.
De acordo Zilda Valéria, gestora das duas escolas, esses momentos estão sendo muito importantes para toda a comunidade escolar porque, em geral, os alunos e professores adquirem mais conhecimento a respeito dos indígenas brasileiros, que têm uma realidade diferente. “A exposição visual e palestra são muito interessantes, não apenas por ser um momento de inclusão mas, também, porque assim passamos a conhecer melhor suas histórias e lidar melhor com eles, nas mais variadas situações, no dia a dia da escola”, concluiu a gestora.