Na próxima sexta-feira (31), o Clementino Itinerante realizará testagens para ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), orientações sobre tuberculose e hanseníase, além da distribuição de informativos e preservativos, na Rua da Areia, centro da Capital, a partir das 18h. A ação faz parte da programação do Complexo Hospitalar Clementino Fraga e encerra o mês de combate à tuberculose.
Nos últimos cinco anos, mais de duas mil pessoas receberam o diagnóstico de tuberculose no Ambulatório de Pneumologia do Complexo Hospitalar Clementino Fraga – apenas no último ano somam-se mais de 500 casos. O Clementino Fraga é referência estadual no tratamento de tuberculose, destinado aos casos mais específicos que precisam de mais atenção, como crianças, pacientes coinfectados, ou seja, que possuem duas infecções ao mesmo tempo, HIV e tuberculose, ou tuberculose e hanseníase; além da forma ILTB (infecção latente da tuberculose) e TBMDR (tuberculose multidroga resistente) e/ou reações adversas.
Tuberculose é a doença infecciosa transmitida pelo ar e/ou gotículas de saliva, afeta principalmente os pulmões. Mas pode aparecer em qualquer tecido vivo do corpo humano, pele, mamas, útero, coluna etc. Os sintomas mais comuns da tuberculose são tosse com ou sem secreção (catarro) por mais de quatro semanas; cansaço; febre baixa; suor noturno; falta de apetite; palidez; perda de peso e fraqueza.
O médico pneumologista Rodolfo Bacelar explica quais fatores resultam na infecção por tuberculose: “A doença é transmitida de pessoa para pessoa. Para haver a transmissão é preciso que uma pessoa que está doente tenha contato íntimo e prolongado com uma pessoa que não tenha a doença. Além disso, a pessoa que transmite a doença precisa apresentar uma carga de bactérias elevada, e o sistema imunológico de quem pega a doença precisa apresentar uma falha”, explicou.
Contudo, é importante lembrar que Tuberculose tem cura. Ao sentir os sintomas, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e obter diagnóstico e tratamento. Um dos exames mais conhecidos é o de escarro. Na Paraíba, o CHCF também é referência na realização da prova tuberculínica (PPD), um teste diagnóstico de ILTB (infecção latente da tuberculose) que se baseia em uma reação de hipersensibilidade cutânea.
Todo o tratamento para tuberculose é gratuito e no Brasil só existe através do SUS.
Programação do mês de combate à tuberculose
Ao longo do mês, o Complexo Hospitalar Clementino Fraga realizou diversas atividades em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que aconteceu no dia 24 de março.
No dia 18, na inauguração da Praça de Intermares, aconteceu o Clementino Itinerante, que realizou 68 testes para Infecções Sexualmente Transmissíveis, entregou kits de orientação e prevenção, além de aferir a pressão dos cidadãos presentes.
No dia 22, as funcionárias do Complexo Hospitalar Clementino Fraga realizaram palestras nas ilhas de espera onde os pacientes aguardavam atendimento ambulatorial. O tema da conversa foi “Atualizações sobre Tuberculose”, e as dúvidas foram tiradas pela enfermeira Ednalva Albuquerque e pela técnica de enfermagem Lúcia Garcia.
No dia 23, o Complexo recebeu representantes do curso de enfermagem da UFPB. A professora Ana Cristina e seus alunos participaram de palestras e tiraram dúvidas dos pacientes que estavam aguardando atendimento, para outras especialidades. A ação foi acompanhada por Cícera Magrosky, gerente do Ambulatório do CHCF, e pela enfermeira Cintya Karina, responsável pelo setor ambulatorial de atendimento à tuberculose.
Já na sexta-feira (24), aconteceu um minicurso ministrado pela enfermeira Cintya Karina Rolim, destinado a profissionais de saúde, enfermeiros e técnicos de enfermagem, sob o tema “Atualizações sobre Tuberculose”.