A Prefeitura de Campina Grande, por meio dos serviços realizados pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), tem alcançado pessoas que vivem em situação de rua ou em algum tipo de vulnerabilidade social e mudado para melhor a vida delas. A Unidade de Acolhimento Irmã Zuleide Porto, que funciona no bairro da Prata, tem conseguido resultados positivos entre seus usuários. O trabalho na Casa, que atualmente abriga dezoito pessoas (entre homens e mulheres), é realizado por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, assistentes sociais, técnicos de enfermagem e educadores sociais.
Um exemplo do resultado positivo é o da psicóloga Andresa Conceição (34 anos). Com ajuda do serviço, ela conseguiu mudar sua vida para melhor. Ela era dependente química há mais de 8 anos e chegou a ficar um tempo livre das drogas. Mas há cerca de 3 anos, após a morte da mãe e de um irmão, voltou a ser usuária. A psicóloga chegou a Casa de Acolhimento por meio da ajuda de amigos, onde permaneceu por duas vezes. Na primeira, pediu desligamento. Mas retornou, por vulnerabilidade, em dezembro do ano passado, onde permaneceu por mais dois meses.
Nesse período, Andresa foi novamente acompanhada pela equipe e recebeu todo apoio necessário para se livrar da dependência química. E obteve êxito no acompanhamento. No início deste ano conseguiu um emprego, como educadora, em uma casa de apoio para mulheres com problemas psicológicos, instalada em um dos bairros de Campina Grande.
“Hoje estou restabelecida e minha rotina é ir para o trabalho, passear com o cachorro e ir para a Igreja. Minha passagem pelo Zuleide Porto foi muito importante para eu conseguir isso porque, se eu estivesse na rua, eu não ia conseguir, não ia me alimentar, não teria onde dormir. Lá é um suporte muito bom para a pessoa ter o mínimo de dignidade possível para colocar a cabeça no lugar e ver o que vai fazer da vida em diante. Hoje posso dizer que sou uma nova mulher”, declarou Andresa.
Um pouco sobre o relato da vida de Andresa Conceição e do que ela vivenciou enquanto esteve na Unidade pode ser acompanhado na página da Semas, no Instagram (@semascgpb).
Outro caso de sucesso é o de Francisco Canindé, 57 anos. Natural do Rio Grande do Norte, ele é um dos acolhidos com mais tempo na casa, onde está desde janeiro do ano passado, por meio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Dinamérica. Francisco trabalhava como pedreiro e chegou a morar em um depósito abandonado. Tinha problemas com o álcool e usava cadeira de rodas, por fragilidade de saúde. Depois de um longo tratamento com fisioterapeutas da Unidade, ele voltou a andar e hoje interage normalmente com outros usuários.
“Seu Francisco sempre afirma o quanto é grato pelo nosso trabalho. E é por resultados como esses que a nossa equipe segue trabalhando, para juntos mudarmos a realidade dessas pessoas. Nós conseguimos inserir nossos acolhidos junto à sociedade, sempre os incentivamos a seguir em frente. Alguns deles até saem da unidade e retornam com doações para ajudar outras pessoas, e isso nos enche de gratidão e orgulho, por tudo o que é realizado pela Prefeitura, através da nossa unidade”, ressaltou o coordenador da Unidade, Itallo Jerônimo.
Unidade Zuleide Porto
A Unidade funciona na rua Pedro II, 970, bairro da Prata, sendo uma referência no apoio às pessoas que estejam em vulnerabilidade social e/ou familiar, abrigando atualmente 18 pessoas (13 homens e 5 mulheres). Somente no ano passado, 225 pessoas foram acolhidas no local. Também foram contabilizados 2.677 atendimentos (rotativos), sendo 1.527 em assistência social; 237 em enfermagem; 604 psicológicos e 309 fisioterapêuticos. São serviços realizados com apoio da Secretaria Municipal de Saúde.