O Governo do Estado inaugurou, nesta segunda-feira (13), a Casa da Economia Solidária do município de Ingá. O equipamento público gerenciado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, por meio da Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária, em parceria com a Prefeitura Municipal, reúne sete empreendimentos, com mais de 60 artesãos comercializando seus produtos.
As Casas de Economia Solidária são voltadas para geração de trabalho, renda e articulação de grupos que trabalham coletivamente e de forma autogestionária. Agrupam ações de formação e capacitação, assessoria técnica, divulgação, comercialização e articulação social e política do movimento de economia solidária.
Na Paraíba, já são seis Casas de Economia Solidária que atendem seus municípios e região (Barra de Santa Rosa, Pombal, Araruna, Soledade, Sumé e Ingá). Ingá e região circunvizinha tem grande apelo turístico, por isso a Casa de Economia Solidária, inaugurada nesta segunda-feira, fará parte da rota de guias locais, que terão o espaço como referência para a comercialização do artesanato local.
Na soleniade de inauguração, a secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Dutra, destacou a importância da parceria para o desenvolvimento das pessoas e da região. “Extremamente importante esta parceria que gera desenvolvimento, gera participação social e inclusão produtiva. Sabemos o quanto é importante gerar emprego e renda para uma cidade. Fazer com que um pobre quebre o ciclo de pobreza, consiga produzir sua arte e colocar aqui na Casa de Economia Solidária para vender. O Governo do Estado da Paraíba entende que todos e todas devem participar do processo de desenvolvimento”, enfatiza.
A inauguração da Casa da Economia de Ingá integra a programação do Mês da Mulher na Economia Solidária. A secretária executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária, Valéria Aragão, lembra que os empreendimentos alocados na Casa são formados, em maioria, por mulheres e destaca que o suporte para as empreendedoras irá além do espaço de comercialização. “Daremos auxílio para as mulheres empreendedoras do artesanato e também da agricultura familiar. Vamos trazer para esta casa, formação, cursos de capacitação para que os empreendimentos melhorem ainda mais e profissionalizem os seus trabalhos”, garante.
O prefeito de Ingá, Robério Burity, enfatizou a importância da Casa de Economia Solidaria estar localizada em um espaço vizinho ao Rede Delas, um serviço de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica. “No Rede Delas, as mulheres terão atendimento com assistentes sociais, psicólogas e advogadas. Serão acompanhadas desde o acolhimento, encaminhamento para atendimentos de saúde, assessoria jurídica até alcançarem sua independência financeira”, explicou, adiandanto que as mulheres empreendedoras da Casa de Economia Solidária serão um exemplo e motivação para as mulheres atendidas pela Rede Delas.
A professora e artesã Maria Marta Ferreira, moradora do Quilombo Pedra d’água, localizado a 17km do município de Ingá, participa de uma associação de mulheres que fazem peças na renda Labirinto. Ela tem 61 anos e desde os sete anos domina a técnica que aprendeu com a mãe. “Uma peça como a que nós produzimos é um processo manual que não é simples. Nós como mulheres queremos produzir e também vender”, disse.
Já a artesã Janaina Alves dos Santos, do Sítio Cutias, pertence a uma geração mais jovem, que cresceu vendo o Labirinto ser usado, na maioria das vezes, em peças de enxovais. “Crescendo e vendo a modernização de outras áreas como moda, eu comecei a pesquisar, fiz curso de corte costura e modelagem. Em 2020, lancei a minha marca que tem como foco utilizar o Labirinto em peças do vestuário. A Casa de Economia Solidária será uma vitrine para o artesanato da cidade e a possibilidade dos compradores terem contato com as peças”, comemora.
A programação do Mês da Mulher na Economia Solidária segue até o dia 03 de abril. As ações ainda serão realizadas nos municípios de Sapé (15/03), Pombal (20/03) Soledade (31/03) e Sumé (1/04).