Nos acompanhe

Paraíba

Financiamento de campanhas divide lideranças na Paraíba

Publicado

em

Formalização de um governo apenas de ricos que pode comprometer a representação política. Esta é a visão do cientista político Ítalo Fitipaldi em relação à decisão do TSE de permitir que os candidatos financiem suas próprias campanhas. Partidos se dividem em relação ao tema.

O presidente estadual do PPS, Nonato Bandeira, PPS prevê a compra de mandatos pelos ricos candidatos. O mesmo pensamento tem presidente estadual do PRB, Jutay Meneses. Mas o rico deputado Genival Matias (Avante) acredita que a medida torna mais transparente a maneira de fazer política, informa reportagem do Correio da Paraíba.

A resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinando que o candidato poderá bancar o total dos gastos de campanha com dinheiro do próprio bolso, divide opiniões entre políticos na Paraíba. A norma foi aprovada pelo plenário e os candidatos poderão usar recursos próprios na campanha até o limite estabelecido pelo próprio Tribunal para gasto na disputa por cada cargo.

Segundo especialistas, o autofinanciamento ganha destaque porque as doações de empresas estão proibidas. De acordo com o cientista político Ítalo Fittipaldi, a resolução proporciona espaço para a formalização de um Governo apenas de ricos. Ele acrescentou que é um risco de comprometer a representação política.

“Isso na verdade é uma avenida preparada para o plutocracismo porque nesse caso, se eu sou milionário e posso gastar o que eu quiser, eu não preciso de financiamento de Campanha.

Você vai dar margem para candidatos que querem por ventura os holofotes da mídia e que vai ter condições de bancar sua candidatura e inclusive permitir o surgimento de uma plutocracia populista, como ocorreu nos Estados Unidos, onde Trump financiou sua própria campanha”, explicou o especialista.

Na PB, Avante aponta transparência

O autofinanciamento irrestrito de campanhas, porém, ainda é contestado em duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) apresentadas no ano passado pelo PSB e pela Rede. Os partidos argumentam que a regra desequilibra a disputa em favor dos candidatos mais ricos.

Relator das ações, o ministro Dias Toffoli já pediu informações ao Congresso e à Presidência para decidir se suspende a regra e aplica aos candidatos o mesmo limite de doações para pessoas físicas, de 10% do rendimento bruto no ano anterior ao da eleição.

Além da discussão no Supremo, o próprio TSE pode alterar ou fazer ajustes nas regras eleitorais, inclusive na questão do autofinanciamento. Pelo calendário eleitoral, o TSE tem até o dia 5 de março para confirmar todas as normas que vão valer para as eleições de outubro. O autofinanciamento tem repercutido porque desde 2015 as doações de empresas estão proibidas.

Na Paraíba, presidentes de partidos políticos divergem as opiniões. Totalmente a favor da resolução, o presidente estadual do Avante na Paraíba, Genival Matias, considera a medida viável e alegou que diferenças existem em qualquer setor profissional ou fator humano.

“A medida torna mais transparente a maneira de fazer política. Eu não acho desvantagem para os candidatos menores porque todo mundo tem a condições de disputar igualmente. Um ter condição financeira maior e outro menor faz parte até da própria vida, em qualquer profissão, inclusive”, justificou.

Já o presidente Estadual do PPS, Nonato Bandeira, acredita que a determinação vai permitir que o candidato possa comprar o próprio mandato.

“É mais um absurdo que a Justiça Eleitoral faz com o povo brasileiro e com o processo eleitoral. Isso está atestando a força do poder econômico em detrimento das idéias, da proposta, do programa, do conteúdo ideológico. Ou seja, o candidato que é rico vai literalmente poder comprar o mandato. Diferente de quem não tem recurso, nem financiamento, não vai ter condições de competir igualmente. Espero que esse absurdo seja reparado para dar condições de disputa para todos”, disse Nonato Bandeira.

Seguindo o mesmo raciocínio, o presidente Estadual do PRB, Jutay Meneses, o entendimento que o TSE teve no início do ano que vai privilegiar ainda mais quem detém o poder econômico. “A Constituição garantia direito as minorias, que são os partidos menores”, disse Jutay. “Aí o TSE vem contrário a esse entendimento, já tira o direito de quem faz política de classe, os sindicatos, de não poder chegar a sua categoria. Foi um erro em não aceitar o que a lei já determina quando foi votado pelos deputados na reforma política”, ressaltou o parlamentar.

Fitipaldi sugere verba pública

O cientista político Ítalo Fitipaldi destacou que a estratégia para consertar o suposto erro do TSE é pressionar para que exista uma verba pública para campanha eleitoral. “Seria pressionar para um financiamento público exclusivo. A sociedade pode pensar que é a canalização de recursos. Mas não dar para ficar nesse discurso, pois estamos falando de um regime político e não há preço para isso. Ou a gente gasta o dinheiro público para isso ou só quem vai ganhar a eleição é rico”, acredita o especialista.

Financiamento eleitoral. O que decidiu o TSE para  2018

Limites

Presidente R$ 70 milhões;

Governador, entre R$ 2,8 milhões e R$ 21 milhões, de acordo com o número de eleitores do Estado;

Senador, de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões, também conforme o número de eleitores;

Deputado federal, até R$ 2,5 milhões;

Deputado estadual ou distrital, até R$ 1 milhão.

Nada de empresas

Desde 2015, as doações empresariais estão proibidas. Somente pessoas físicas podem doar. As doações serão limitadas a 10% do rendimento bruto do doador no ano anterior ao da eleição. O infrator terá de pagar de multa no valor de até 100% da quantia em excesso, o candidato também pode responder por abuso do poder econômico. Além disso, a partir de R$ 1.064,10 só poderão ser feitas por transferência eletrônica entre as contas do doador e do beneficiário.

Doações de pessoas

Transação bancária na qual o CPF do doador seja obrigatoriamente identificado; Doação ou cessão temporária de bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro, com a demonstração de que o doador é proprietário do bem ou é o responsável direto pela prestação de serviços; Instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sites da internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares.

Continue Lendo

Paraíba

“Esse momento é de arrochar os que estão”, diz Cícero sobre reforma administrativa para nova gestão

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta segunda-feira (25/11), ao comentar sobre possibilidade de uma reforma administrativa para a nova gestão que será iniciada em 2025, preferiu se referir apenas aos que ainda estão atuando nesta gestão.

Esse momento é de arrochar os que estão“, frisou o gestor.

Às vésperas do fim da gestão 2021-2024 à frente da administração municipal, vozes que circulam pelos bastidores da política em João Pessoa, já começam a sugerir  renovação e novos nomes para integrar o time do primeiro escalão da PMJP como, por exemplo, o do vereador Tarcísio Jardim (PP), para o comando da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb).

Leia também: Tarcísio Jardim pode assumir Secretaria de Segurança de João Pessoa na gestão de Cícero em 2025

Outro nome que também já circula pelos bastidores é o de Alyne Moreira, esposa do presidente estadual do Agir 36 na Paraíba, Flávio Moreira, que também é presidente da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Confira o vídeo:

Continue Lendo

Paraíba

MPPB, Caixa, Crea e Cagepa visitam obras de nova estação elevatória, em JP

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Caixa Econômica Federal e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) visitaram as obras da nova Estação Elevatória de Esgotos (Usina II), na tarde desta quinta-feira (21), para conhecer de perto o andamento da construção e a relevância do projeto. O MPPB foi representado pela 43ª promotora de Justiça de João Pessoa em substituição, Cláudia Cabral. Tramita na Promotoria de Justiça o Inquérito Civil n. 002.2024.027412 que busca o redimensionamento da rede de esgoto da capital.

A obra contempla uma nova estação elevatória e um Emissário de Recalque, que elevarão os efluentes de esgotos coletados nos bairros de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Altiplano até a Estação de Tratamento de Esgotos do Baixo Paraíba, onde será tratado.

A promotora de Justiça Cláudia Cabral disse estar surpreendida com os pontos positivos do projeto. “Estou realmente impressionada com a grandiosidade dessa obra, que é complexa mas está sendo tratada com muita responsabilidade e tecnologia. A população precisa saber dos benefícios que ela vai trazer para todos da cidade”, disse.

O presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinicius Neves, esteve à frente do encontro e, junto de sua equipe técnica, apresentou detalhes sobre a obra, que faz parte do Programa de Segurança Hídrica (PSH), e tem por objetivo melhorar e ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade de João Pessoa.

Os trabalhos devem ser concluídos até outubro de 2025 e será feito por etapas, interditando gradativamente trechos específicos. Atualmente, uma intervenção está ativa entre as Avenidas Tancredo Neves e a Governador Flávio Ribeiro Coutinho, em Manaíra. Essa etapa deve ser finalizada em até 15 dias.

Tecnologia e pioneirismo

Para minimizar os transtornos para a população e agilizar os serviços, e diante da complexidade dos trabalhos, a obra está sendo executada pelo Método Não Destrutivo (MND), na modalidade furo unidirecional, uma tecnologia que permite implantar, em cerca de 24 horas, uma nova tubulação com garantia de 80 anos e com mínimo impacto nas vias. O presidente da Cagepa, Marcus Vinicius, destacou que a Paraíba é pioneira no Nordeste na execução do Método Não Destrutivo com tubulações de diâmetros de grande porte. “Apenas São Paulo já realizou obras desse porte em MND. Portanto, para dar conta, uma grande operação está sendo realizada desde o final de outubro com transporte, logística e engenharia de ponta”, disse.

Diferentemente das técnicas convencionais, que envolvem longas escavações, esse método utiliza equipamentos especiais, de alta precisão, feitas sempre na parte lateral das vias públicas. “Dessa forma menos invasiva, preserva os pavimentos e minimiza os transtornos no trânsito e à população, além de possibilitar maior rapidez na conclusão das obras”, explicou o presidente.

A tecnologia sustentável também está nos novos emissários, que contarão com um tipo de tubulação diferente da usada atualmente: será utilizado uma tubulação de 900 milímetros, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD). Os tubos em PEAD possibilitam uma maior vida útil da rede de esgotamento e possuem resistência à corrosão, infiltrações e outros tipos de desgastes.

O financiamento de R$ 102 milhões foi firmado pelo Governo da Paraíba junto ao Banco Mundial e, portanto, não impactará a receita tarifária da Cagepa.

Continue Lendo

Paraíba

Tarcísio Jardim pode assumir Secretaria de Segurança de João Pessoa na gestão de Cícero em 2025

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O vereador reeleito em João Pessoa, Tarcísio Jardim (PP), durante entrevista ao @portaldacapital nesta segunda-feira (25/11), que o seu nome já estaria aparecendo nos bastidores como cotado para assumir o comando da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb) na gestão do prefeito reeleito, Cícero Lucena (PP), em 2025.

Segundo Jardim, ele mesmo já colocou o próprio nome à disposição e colegas vereadores já estariam comentando que ele seria um bom nome técnico para assumir a Pasta.

É uma pasta muito técnica que tem que ter uma pessoa técnica“, frisou o parlamentar.

Em se confirmando a ascensão de Jardim para o comando da Secretaria Municipal, o suplente Mô Lima, assumiria a vaga de Tarcísio na Câmara Municipal de João Pessoa (PMJP).

Confira o vídeo:

Continue Lendo