O processo movido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o seu ex-aliado, e também ex-deputado federal paraibano, Julian Lemos, foi remetido para a Polícia Federal (PF).
A decisão se deu após o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), declinar da competência para o julgamento desse processo uma vez que com o fim do mandato eletivo dos envolvidos também foi encerrada a prerrogativa de julgamento em foro privilegiado. A informação foi divulgada pelo Estadão.
No processo, Bolsonaro pede investigação de Julian que, por sua vez, durante entrevista a um Podcast disse que Michelle Bolsonaro não teria comparecido ao 1º discurso do marido, após a realização do 2º turno das Eleições 2022, porque teria apanhado do ex-presidente.
“Ela está toda marcada”, disse Julian.
O ex-parlamentar disse ainda, que Bolsonaro também teria batido em Michelle durante discussão que teria acontecido em uma ilha onde ambos passavam as primeiras férias dele como presidente.
“[A relação de Bolsonaro e Michelle] é de fachada, fachada. Ela não aguenta nem ver ele”, disse Julian, na conversa. “Ele [Bolsonaro] deu uns tapas nela, durante as primeiras férias dele, que ele foi pra uma ilha. Ela foi colocar um silicone e ele deu uns tapas nela, dentro de casa. E agora deu outros empurrões nela de novo”, disse Julian.
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O ex-parlamentar paraibano, assim como Gustavo Bebianno, ex-secretário Geral da Presidência que faleceu em março de 2020, foi um dos mais importantes cabos eleitorais que ajudaram na chegada de Bolsonaro à Presidência da República em 2018. porém, pouco tempo depois da posse, divergências entre ambos surgiram e foram ampliadas ao ponto de um rompimento político com graves consequências e troca de acusações envolvendo, inclusive, Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do ex-presidente.