Organização e diversidade de tipologias expostas e comercializadas são os principais fatores positivos apontados por quem visita o 35° Salão do Artesanato Paraibano, que está sendo realizado até o próximo domingo (5) em uma megaestrutura montada na Orla de Cabo Branco, em João Pessoa, logo após o antigo Jangada Clube. A movimentação no evento que, nesta edição, homenageia a cultura indígena, já garantiu um volume de negócios — entre vendas diretas e encomendas — superior a R$ 1,7 milhão. O Salão do Artesanato Paraibano é uma realização do Governo do Estado e Sebrae-PB.
No penúltimo fim de semana do Salão, era grande a movimentação de paraibanos e turistas em busca de prestigiar o que há de melhor no artesanato produzido do Litoral ao Sertão do Estado — esta edição teve um número recorde de artesãos, com 539 inscritos, garantindo ainda mais diversidade do que está sendo exposto e comercializado no evento.
A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, já comemora os resultados. “Sem dúvida nenhuma, já é possível comemorar. Depois de uma pandemia, cujas ações do Governo para impedir que o pior ocorresse, o nosso artesão, a nossa artesã, estão sendo recompensados. Quero agradecer a cada paraibano, a cada paraibana, a cada turista que têm prestigiado este importante evento”, comentou.
A secretária de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), pasta à qual o PAP é vinculado, Rosália Lucas, também comemora os resultados. “É gratificante ver que o nosso artesão, além de fortalecer nossa cultura, gera renda, gera ocupação. Isso reflete na qualidade de vida de milhares de paraibanos e paraibanas que fazem parte deste importante segmento econômico, que é o artesanato”, disse.
Já a gestora do PAP, Marielza Rodriguez, externou o sentimento de alegria ao destacar que as estimativas de comercialização em torno dos R$ 2 milhões caminham para se concretizar. “São números que refletem oportunidade de ocupação e renda, mas também refletem o prestígio do nosso artesanato, a qualidade do trabalho da nossa artesã, do nosso artesão”, acrescentou.
A área superior a 3,6 mil metros quadrados — totalmente climatizada — às vezes parece ficar pequena ante o enorme fluxo de clientes, como o aposentado Edvaldo Marques. “Eu nasci no bairro de Jaguaribe. Moro atualmente em Manaíra, mas confesso que nunca tinha vindo a um Salão. Fiquei surpreso pelo tamanho do espaço, a organização”, afirmou, ao lado da neta Maria Heloísa, de quatro anos.
Morando há pouco tempo em João Pessoa, o estudante Daniel Ômega diz que só tinha contato com artesanato quando visitava as aldeias de Palmas, capital do Tocantins, no Norte do País. “Achei muito legal o artesanato com as cerâmicas — muito bonito e de muita qualidade. Lá em Palmas eu só tinha contato com trabalho artesanal quando visitava as aldeias com meus amigos”, comentou, elogiando a homenagem do Salão do Artesanato Paraibano aos povos originários, com o tema “Artesanato Indígena”.
De Uberlândia, Minas Gerais, Rose Mary Flores ficou em dúvida ao ter de responder do que mais gostou ao visitar o Salão do Artesanato Paraibano. “Muito difícil — sério mesmo! Tudo feito com muito capricho, organização. Cada coisa linda — fuxico, macramê, renda renascença. Estava caminhando na orla e resolvi entrar. Me surpreendi”, comentou.
Balanço parcial — Até sábado (28), o 35° Salão do Artesanato Paraibano acumulava um total geral de R$ 1.732.164,13 — entre vendas diretas e encomendas. Isso equivale à comercialização de 69.250 peças.
Outro destaque vai para o Projeto Salão Solidário, realizado dentro do evento pelo Governo do Estado em parceria com o Hospital Padre Zé. Até o momento, já foram arrecadados 3.640 itens — arroz, feijão, óleo, entre outros.
O diretor do Instituto São José, mantenedor do Hospital Padre Zé, padre Egídio de Carvalho, explica que, após o fim do evento, os alimentos serão distribuídos com entidades que cuidam de pessoas em vulnerabilidade social. “Ao Hospital Padre Zé cabe a arrecadação para, logo depois, ser distribuída pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano a instituições que cuidam de pessoas em situação de vulnerabilidade social”, acrescentou, conclamando para que as pessoas intensifiquem este gesto de solidariedade nesta última semana do Salão.
Serviço — A 35ª edição do Salão do Artesanato Paraibano — Artesanato Indígena está sendo realizado até o dia 5 de fevereiro, das 15h às 22h, todos os dias da semana, em uma megaestrutura montada na Orla de Cabo Branco, na Capital.
A entrada é gratuita, mas os organizadores pedem para que os visitantes levem um quilo de alimento não perecível, cuja arrecadação será destinada a instituições que atendem pessoas em vulnerabilidade social.
No espaço é possível encontrar, ainda, uma série de serviços disponibilizados pelo Governo do Estado: Empreender-PB, Jucep, Cagepa, posto de atendimento ao turista da PBTur, entre outros.