A secretária de Cultura da Prefeitura de Campina Grande, Giseli Sampaio, juntamente com uma comitiva técnica, fez uma visita institucional ao município de Taquaritinga do Norte, em Pernambuco, no último sábado (14). A gestora foi recepcionada pelo secretário de Turismo da cidade, Léo Lima, acompanhado de sua equipe.
O intercâmbio cultural aconteceu durante a tradicional Festa de Santo Amaro, padroeiro de Taquaritinga, evento que reúne uma programação religiosa e também cultural. O city tour começou pela Igreja Matriz, que, curiosamente, é mais antiga que a própria emancipação da cidade. A construção, com mais de 200 anos, possui arquitetura e obras no estilo da arte barroca.
No roteiro incluiu a visita a uma fazenda de café, onde os secretários conversaram sobre as características turísticas e culturais de cada um dos municípios, comparando, ainda, a importância do café para Taquaritinga e do algodão para Campina Grande.
Na fazenda, além de conhecer o plantio e provar do café orgânico, o assunto foi o turismo e a cultura como setores importantes para o desenvolvimento da cidade.
“A primeira coisa que foi escriturada no município de Taquaritinga foi a compra e venda de um sítio de café há 132 anos. A cidade, por sua vez, tem 135 anos. O nosso café é puro, catado a mão, todo separado, é só café, sem misturas, 100% orgânico”, afirmou o secretário Léo Lima, que enfatizou sobre a cidade ser a maior produtora do Estado no campo do café artesanal.
Léo detalhou sobre o Festival Café Cultural, que tradicionalmente ocorre no período mais frio do ano. Ele contou o quanto a valorização do café foi importante e rentável para cidade, uma vez que, após o evento, que agrega o calendário turístico de Pernambuco, os próprios produtores puderam entender a produção como algo que faz a economia girar.
“Como agora o café é rentável, quem não cuidava dos seus sítios está voltando a cuidar. Está havendo um replantio do cafezal”, pontuou.
A secretária Giseli, por sua vez, reforçou a cultura nesse processo de reinvenção de eventos, uma vez que, para ela, o produto final do turismo é, na verdade, a cultura.
“Às vezes as pessoas associam cultura somente à arte. Mas a arte é mais uma ferramenta de entrega da cultura. A religiosidade é cultura, a agricultura familiar é cultura, a culinária é cultura, tudo é cultura! Daí nasce a importância de conhecer o potencial cultural da cidade e, consequentemente, alçar novos voos”, disse a secretária.
Seguindo para a terceira parada guiada, as equipes se reuniram em um restaurante popular, localizado em um mirante no meio da serra. Do lugar era possível visualizar alguns municípios da Paraíba, inclusive, na linha do horizonte, a própria Campina Grande.
Neste ponto, além de conhecer a culinária local, os assuntos perpassaram pelos tópicos em comum das cidades: O Natal Iluminado e o Natal Serrano, O Maior São João do Mundo e o São João Tradição, entre outros eventos.
Os projetos foram responsáveis ainda pela troca de experiências entre os gestores, que firmaram a parceria para uma visita também à Campina Grande, seguindo o processo do intercâmbio cultural.
Na quarta parada do tour, o objetivo foi conhecer a Rampa do Pepê, um dos mais altos pontos para voo livre em Pernambuco. Na volta do local, o final do tour se deu na Praça Padre Otto Sailer, coincidentemente visualizando a cavalgada em homenagem ao padroeiro, mais uma vez unindo religiosidade e cultura, nos moldes do projeto da Secult-CG “Fé e Cultura”, realizado durante o São João de Campina Grande.
“Taquaritinga ao nosso ver é uma cidade que possui uma rica característica dentro do aspecto cultural religioso. E Campina Grande é uma cidade que desenvolve várias atividades dentro dessa perspectiva. Vários pontos que visitamos, além de toda a parte gastronômica, de artesanato, hábitos, costumes, são voltados para essa religiosidade”, ressaltou Giseli.
Finalizando o encontro institucional, outros pontos também foram destacados pela gestora campinense: o resgate à cultura local, grande objetivo da pasta, a reestruturação dos museus, entendendo o processo de conhecer a história para contribuir com o futuro, além da democratização da cultura, seja nos cursos de arte-educação do Centro Cultural Lourdes Ramalho ou no projeto Secult nos Bairros.
“Foi, na verdade, uma troca de conhecimentos, compartilhar ideias, compartilhar projetos, entre duas cidades, que pertencem a estados diferentes, mas que têm essa característica da cultura latente em seu dia a dia”, disse a gestora.
“Muito bom compartilhar coisas boas de nossa cidade. É uma troca importante para o fortalecimento do nosso turismo. Juntos sempre somos mais fortes”, completou o secretário, Léo Lima.