A bancada do PT (Partido dos Trabalhadores) na Câmara e o PSOL entraram com representações junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo que parlamentares que participaram ou incentivaram atos antidemocráticos e golpistas deste domingo (8) sejam investigados pelo ministro Alexandre de Moraes.
O ofício do PT mira deputados federais eleitos: Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiãpi (PL-AP), André Fernandes (PL-CE) e a suplente Pâmela Bório (PSC-PB).
Segundo estas informações publicadas pela Folha, o partido ainda pede que os três primeiros sejam impedidos de assumir o cargo na próxima Legislatura e que todos eles fiquem impedidos de acessar redes sociais.
No ofício, assinado pelo atual líder da sigla na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG) e pelo futuro líder, Zeca Dirceu (PT-PR), pede ainda que os quatro sejam incluídos nos inquéritos das fake news, no das milícias digitais e no que investiga Jair Bolsonaro (PL) por ter vinculado vacinas contra Covid à Aids, todos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.
Além destes, O PSOL também pede que sejam incluídos nos inquéritos relatados por Moraes uma série de parlamentares, entre eles o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Ricardo Barros (PP-PR), Coronel Tadeu (PL-SP) e José Mederios (PL-MT) e Carlos Jordy (PL-RJ).
O partido ainda solicita a apreensão do passaporte e a suspensão das redes sociais destes congressistas.
Mais cedo, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), havia afirmado que parlamentares que participaram dos atos de vandalismo neste domingo (8), como a indígena bolsonarista Silvia Waiãpi (PL-AP), seriam denunciados no âmbito do inquérito do STF que apura atos antidemocráticos.
“Colecionadora de tretas”
Após ser identificada como participante dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas extremistas no domingo (08/01), no Distrito Federal, em Brasília, Pâmela Bório teve a vida exposta pela mídia nacional através de diversos veículos de comunicação. Em uma das matérias publicadas, a ex-primeira-dama da Paraíba é chamada de “colecionadora de tretas”. Confira:
“Denunciada após postar um vídeo durante o ato terrorista em Brasília, Pâmela Bório, ex-primeira-dama da Paraíba, é uma colecionadora de tretas e já foi investigada por corrupção quando era casada com Ricardo Coutinho, ex-governador do estado. Nos vídeos postados por ela e apagados quando foi descoberta por um perfil que vem denunciando os golpistas, Pâmela diz que “o país se afundou na corrupção”. Mas na gestão de seu ex-marido, a fatura do cartão corporativo chamou atençao do Tribunal de Contas do Estado,que abriu inquérito para apurar o mau uso da verba pública.
De acordo com esta matéria publicada pelo Extra, a Miss Brasil Globo 2008 (uma espécie de genérico do Miss Brasil), costumava passar o cartão (mesmo não tendo um só para ela) sem se preocupar com as regras licitatórias. Contas de um enxoval e acessórios para um quarto de bebê, destinados ao filho do então casal, foram pagos com dinheiro dos contribuintes. Bem como cardápios com postas de bacalhau, lagostas, cordeiros sem osso e bebidas alcoólicas. Ainda no relatório apresentado pelo Tribunal, espanta a quantidade de farinha láctea comprada em um mês: 460 latas.
Durante sua vida nos concursos de beleza, Pâmela não era figura em alta conta dos organizadores. Em 2005, a baiana participou de um destes e infringiu uma das regras ao desfilar com um salto acima do permitido. Diante das suspeitas, se trancou no quarto do hotel para evitar que medissem sua altura, 1,64m, e descobrissem a fraude. Ela negou a “fuga”. E justificou dizendo que fora fazer hidratação nos cabelos.
Em seu perfil no Instagram, na época de casada, além dos ataques verborrágicos a Lula e ao PT, Pâmela costumava mostrar as lingeries caríssimas e dizia que eram “para o maridão”. Ela e o maridão,no entanto, se separaram em 2015. E não foi de forma amigável. Em 2017, ela teria sido vítima de um hacker e teve nudes vazados. A jornalista acusou o ex pelo vazamento e postou uma série de textos o difamando. O caso foi parar na Justiça e Pâmela perdeu a ação, sendo obrigada a apagar tudo. Agora, um novo round entre a “Bela e a Fera”, como Pâmela e Ricardo eram chamados, está a caminho. Ela levou seu filho de 12 anos com o ex-governador para a invasão do Congresso e ele ameaça requerer a guarda do garoto.”
Jornal Nacional
A ex-primeira-dama da Paraíba e atual suplente de deputado federal pelo PSC, Pâmela Bório, também foi pauta do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, na noite da segunda-feira (09/01).
O JN mostrou a participação de Pâmela, através de vídeos gravados por ela mesma, durante os atos terroristas em Brasília.
“Não vamos entregar o nosso país sem luta”, diz ela durante a gravação.
Confira o vídeo: