A cantora e compositora de forró Rita de Cássia morreu na terça-feira (3) aos 49 anos.
Segundo o empresário da artista, Fernando Ivo, ela estava internada em um hospital particular de Fortaleza desde a tarde de terça e, pela noite, morreu em decorrência de uma fibrose cística, conforme conta esta matéria originalmente publicada pela CNN Brasil.
Natural de Alto Santo, no Ceará, Rita é considerada uma das maiores compositoras de forró do Brasil, com mais de 500 composições.
Ela é responsável pela composição de sucessos, como “Meu Vaqueiro, Meu Peão” e “Saga de um Vaqueiro”, ambas gravadas pela banda Mastruz com Leite, e “Jeito de Amar”, cantada pela banda Aviões do Forró.
Em 2010, na Festa de São João de Campina Grande (PB), considerado o maior do mundo, Rita recebeu o título de Maior Compositora de Forró do Brasil e a música “Saga de Um Vaqueiro” de Melhor Música da Década.
De acordo com informações oficiais, o corpo de Rita de Cássia foi transferido de Fortaleza para a cidade de Alto Santo, também no Ceará, onde o velório acontece desde às 10h desta quarta-feira (04/01). Já o sepultamento ocorrerá às 17h na mesma cidade.
Fibrose pulmonar
De acordo com estas informações divulgadas pelo G1, o empresário da cantora e compositora, Fernando Ivo, confirmou que ela faleceu em decorrência de uma fibrose pulmonar idiopática.
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a fibrose pulmonar idiopática é uma forma crônica e progressiva de pneumonia; ou seja, uma forma da doença que não se cura rapidamente e avança pelos pulmões.
A doença também causa fibroses (cicatrizes) nos pulmões, que levam ao endurecimento dos tecidos pulmonares, dificultando assim a respiração. Segundo o Ministério da Saúde, o termo idiopático, que dá nome à doença, é utilizado quando as causas da enfermidade são desconhecidas.
Os principais sintomas são tosse (normalmente é seca), falta de ar e fadiga ao realizar pequenos esforços, que e costumam piorar com o passar do tempo. A ocorrência desta doença é mais comum em homens com mais de 50 anos e pode estar associada ao tabagismo.
Segundo o Ministério da Saúde, acredita-se que a doença pulmonar pode ter relação com o tabagismo, mas, atualmente, a causa certa da doença é desconhecida.
Na maioria das vezes, a evolução da doença é lenta e progressiva, levando à grave insuficiência respiratória (dificuldade de respirar) e podendo evoluir para óbito (morte). Não existem estudos descrevendo o número de pacientes acometidos pela doença no Brasil.
O Ministério da Saúde do Brasil ainda não possui Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tratamento da fibrose idiopática.
Atualmente, os tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são:
- antitussígenos: medicamentos que aliviam a tosse;
- morfina: para alívio de dores;
- corticoterapia: tratamento com corticoides, que reduzem inflamação;
- oxigenoterapia: assistência na respiração do paciente;
- transplante: possibilidade de realização do transplante de pulmão.