Nos acompanhe

Paraíba

Governo trabalha para constituir a rede de proteção de direitos de LGBT

Publicado

em

Uma rede de proteção para atender pessoas LGBTs em casos de violação de direitos está em fase de articulação com órgãos governamentais e organizações não governamentais. A proposta é garantir ações de proteção em rede, através da articulação de órgãos do poder executivo estadual e municipal, com ações e equipamentos de segurança pública, saúde, educação, assistência social, psicologia e, geração de emprego e renda, incluindo também o poder judiciário.

 

A articulação é feita pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana e do Centro Estadual de Referência dos Direitos de LGBT e Enfrentamento à LGBTfobia (Espaço LGBT), que além de atender a população LGBT atua como um vetor da rede de proteção com o objetivo de ampliar o atendimento nos serviços de âmbito estadual e municipal.

 

Órgãos como a Defensoria Pública do Estado, Centros de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) municipais e regionais, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Instituto Federal da Paraíba (Ifet), escolas públicas, delegacias de polícia, serviços de saúde, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), prefeituras do interior e organizações do movimento LGBT devem integram a articulação para viabilizar a efetiva garantia de direitos de LGBT.

 

A proposta é instituir o sistema de referência e contra-referência para apuração de denúncias e atuação preventiva nos casos de LGBTfobia. “É muito importante termos vários setores de mãos dadas na garantia dos direitos de uma população excluída. O Espaço LGBT foi pensando para atender de pessoas LGBTs e familiares, mas também como um órgão que fomenta a criação de rede proteção na medida em que encaminha usuários e usuárias para outros serviços”, afirma a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares.

 

Ela cita, por exemplo, o protagonismo da Defensoria Pública do Estado, que garantiu a matrícula de um adolescente trans em escola privada de João Pessoa, mostrando o resultado dessa ação como um processo do trabalho em rede, uma vez em que o usuário era atendido pelo Espaço LGBT.

 

“Comemoramos a iniciativa que prontamente efetivou a garantia de direitos do adolescente, que junto com sua mãe foram encaminhados pelo Espaço LGBT para a Defensoria Pública do Estado”, explica Gilberta Soares.

 

O acordo firmando entre a SEMDH e a Defensoria Pública da Paraíba prevê atendimento aos usuários encaminhados pelo Espaço LGBT, acompanhamento em audiências no judiciário e atuação preventiva na esfera pública e privada em relação ao respeito à identidade de gênero e orientação sexual das pessoas, de acordo com a Lei Estadual n° 10.909/2017.

 

Ela cita também a parceria com municípios para criação de órgãos de política para LGBts e serviços, exemplo dos municípios de Belém e Conde. Em Belém, foi criada uma sala de atendimento “Arco-íris” no CREAs para atendimento a LGBT e os profissionais passaram por capacitações oferecidas por profissionais da SEMDH. No Conde, os profissionais também foram capacitados para o atendimento humanizado. Outras cidades também participam da formação, como Santa Luzia, Sousa, Remígio, Sapé, Cabedelo, entre outras.

 

Espaço LGBT

O Espaço LGBT registrou 11.535 atendimentos de usuários lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais até dezembro de 2017. A violência física e psicológica cometida por familiares aparece em primeiro lugar dos atendimentos, seguida da LGBTfobia institucional.

 Em funcionamento desde junho de 2011, o Espaço LGBT cadastrou 1.325 pessoas – a maioria jovem, entre 18 e 29 anos, com identidade de gênero feminina (lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais). Somente em 2017, 228 novos usuários foram cadastrados.

 

O perfil do público é de baixo nível sócio econômico, negros, com renda menor ou igual a um salário mínimo e escolaridade abaixo do ensino médio. Também são registradas violações de direitos, tais como, abuso financeiro e discriminação na rua, entre outras.

 

O serviço do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, é gratuito e oferece atendimento psicossocial e jurídico, em João Pessoa. O serviço disponibiliza espaços para atendimento individual e em grupo. Oferece ainda estágio nas áreas de Direito, Psicologia, Serviço Social, Arquivologia e Biblioteconomia, através de convênios com instituições públicas e privadas de Ensino Superior.

 

“O Governo da Paraíba tem implementado políticas públicas que buscam superar as desigualdades e proteger os direitos de indivíduos e grupos de LBGT, afetados por discriminação de orientação sexual (homossexualidade, heterossexualidade, bissexualidade) e de identidade de gênero (feminina, masculina, transexual e travesti, não binária). Este trabalho é cotidiano e o serviço funciona para reduzir os efeitos da LGBTfobia”, explica o gerente operacional de Enfrentamento à LGBTfobia, Victor Pilato.

        

Atendimentos de violência 2017

LGBT vítimas de violência intrafamiliar (física ou psicológica) – 136

Vítimas de LGBTfobia internalizada – 29

Vítimas de LGBTfobia institucional – 22

Vítimas de LGBTfobia social – tentativa de suicídio, homicídio, física -12

LGBT vítimas de abuso sexual – 9

LGBT vítima de negligência ou abandono – 8

LGBT em situação de rua ou abandono – 6

LGBTfobia velada – 6

 

Total: 228

 

Serviços oferecidos

Jurídico – Assessoria jurídica à população LGBT em casos de violações de direitos e em questões cíveis, tais como adoção, divisão de bens, casamento civil ou união estável; acesso a benefícios previdenciários e judicialização de ações de mudança de prenome e alteração do sexo jurídico para travestis, mulheres transexuais e homens trans.

Psicológico – Escuta psicológica breve, atendimento em grupo e terapia individual para pessoas com direitos violados, com atendimentos pontuais ou contínuos, podendo ser estendido a familiares. Atendimento para travestis, mulheres transexuais e homens trans que desejam fazer a mudança de prenome e alteração de sexo jurídico, para elaboração de parecer psicológico. O objetivo é proporcionar o bem-estar e aliviar o sofrimento psicológico.

 

Serviço Social – Acolhimento através de escuta qualificada para a identificação das necessidades de LGBTs e familiares. Elaboração de parecer social para acesso a benefícios sociais eventuais da Assistência Social, como Cesta Básica, Auxílio Funeral, Auxílio Enxoval, Banco de Alimentos e inscrição no INSS para acesso aos Benefícios de Prestação Continuada. Orientação e encaminhamento para serviço de emissão de documentação básica gratuita. Cadastro do Número de Identificação Social (NIS) para acesso ao Programa Bolsa Família nas unidades do CRAS. Inscrições no Sistema Nacional de Emprego (SINE) e Cursos de qualificação profissional (SENAI, SENAC e SENAT). Encaminhamento para o Ambulatório Estadual de Saúde Integral para Travestis e mulheres transexuais e homens trans para acesso ao processo transexualizador através do SUS.

 

Direitos Humanos – Agentes de Direitos Humanos fazem busca ativa referente às denúncias recebidas via Disque 123 (Violações de Direitos Humanos), Disque 100 – LGBT, e visitas domiciliares. Realizam oficinas em escolas, associações de moradores, CRAS, CREAS, ONGs, etc.

 

Biblioteca LGBT – Um espaço aberto ao público para difusão de conhecimento, leitura e pesquisa, com mais de 100 livros, trabalhos de conclusão de curso, monografias e dissertações de profissionais que atuaram no campo de estágio da instituição.

 

Entre em contato

 

 – Em caso de violação de direitos, denuncie para o Disque 100 ou procure o Espaço LGBT (Avenida Princesa Isabel, 164 – Centro – João Pessoa/PB – Em frente ao TRE)”. Espaço LGBT – Rua Princesa Isabel, 164, Centro, João Pessoa – 83 3214-7188; 83 9 9119-0157

 

  1. Delegacia Especializada Contra Crimes Homofóbicos, étnicos raciais e de delitos de intolerância religiosa – DECH/JP/PB – [email protected]83 3214 3224;
  2. Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais/ CHCF/ SES – 83 3242 2646;
  3. Ouvidoria Geral do Estado da Paraíba – www.ouvidoria.pb.gov.br, 83 3214 7221;
  4. Defensoria Pública do Estado da Paraíba/ Coordenadoria de Direitos da Mulher, Diversidade Sexual e Direitos Humanos – [email protected], 83 98654 2870;
  5. Disque 197 – Denúncias de Violências/ PB;
  6. Disque 123 – Denúncias de Violação dos Direitos Humanos/ PB;
  7. Disque 100 (LGBT) – Denúncias de Violências contra LGBT.

Continue Lendo

Paraíba

Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

Continue Lendo

Paraíba

Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

Continue Lendo

Paraíba

Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

Continue Lendo