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Paraíba

Projeto Infolivre beneficia catadores de material reciclável de Campina com aulas de informática

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A Prefeitura de Campina Grande, através da Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Secretaria de Serviços Urbanos (Sesuma) e Secretaria de Educação (Seduc), juntamente com Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Serviço Social da Indústria (Sesi), iniciaram, neste mês de novembro, as aulas do Projeto Infolivre. A ação intersetorial tem foco em capacitar digitalmente catadores de materiais recicláveis.

Com o objetivo de oferecer cursos de informática e inclusão digital, a primeira turma conta com 16 alunos. Entre eles, dona Maria José, de 67 anos, que é representante dos catadores de material reciclável do bairro do Pedregal. Para ela, essa é uma oportunidade de aprender sobre algo com que ela nunca teve contato. “Ser contemplada com esses computadores para aprender a mexer é maravilhoso, não só pra mim mas para todos da cooperativa. Eu nunca mexi em um computador e estou tendo a oportunidade pela primeira vez de ver e aprender”, disse.

As aulas estão acontecendo na Escola Municipal Manoel da Costa Cirne, no bairro do Pedregal. A escola também foi contemplada com computadores e uma Lan House Social. O curso tem duração de dois meses e as aulas acontecem todas as terças e quintas, às 19h. Os matriculados estão aprendendo a usar o sistema Linux e também as redes sociais.

Surgido da convergência da necessidade da Procuradoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual de dar a destinação ambientalmente correta aos equipamentos eletroeletrônico em desuso na Instituição e da necessidade de suprir o déficit de letramento digital entre os catadores de material reciclável, o projeto Infolivre deu nova destinação aos equipamentos que estavam ociosos ao mesmo tempo em que promove o acesso ao conhecimento em informática para os trabalhadores que estão dentro desse ciclo da reciclagem.

“Gostaria de agradecer pelo êxito do Infolivre. Para a gente é motivo de muita alegria e muita felicidade. Parabenizo à todos que abraçaram essa ideia. Ela é nossa e foi pensada para as pessoas que mais necessitam”, disse o Promotor Hamilton Neves do MPPB.

Para a secretária Laryssa Almeida, essa é uma oportunidade de promover a inclusão digital para toda a população. “Assim como já acontece com o nosso curso de Letramento Digital para Idosos, o Infolivre vem para diminuir a desigualdade e dificuldade de acesso às tecnologias de informação. O projeto prospecta futuro e esperança para aqueles que, muitas vezes, não tem como custear um curso de capacitação ou que nunca tiveram a oportunidade de mexer em um computador, por exemplo”, explicou a secretária.

O secretário de Educação, Raymundo Asfora Neto, destacou a perspectiva ampliada do projeto de beneficiar os catadores de material reciclável e também a comunidade escolar. “É um projeto fantástico que foi construído a várias mãos, especialmente do Ministério Público com a prefeitura de Campina Grande, através de diversas secretarias de modo intersetorial e a gente entende que é uma oportunidade que esses beneficiários tanto da cooperativa quanto da própria comunidade escolar tem para ampliar os horizontes, para abrir portas no mercado de trabalho e para alcançar maior cidadania através da inclusão digital.”, considerou.

A coordenadora do programa Recicla Campina desenvolvido pela Sesuma, Rafaela Oliveira, acredita que o Infolivre agregará valor ao trabalho dos catadores, além de gerar outras oportunidades. “A gente espera que esse curso seja bastante útil e que eles saiam de lá formados e capacitados para poder gerenciar as suas atividades e que possam usar a ferramenta da internet e o manuseio das ferramentas computacionais como algo que venha agregar no trabalho deles e que proporcione um aumento na renda desses trabalhadores e trabalhadoras.”, afirmou.

O professor do projeto, Lemon Andrade, visualiza no Infolivre uma oportunidade para potencializar as habilidades dos alunos. “A gente gostaria que eles desenvolvessem, dentro do tempo deles, a produção textual, capacidade de estilizar o texto, conhecimento em planilha e apresentação. Tudo isso com o objetivo de empoderá-los para termos uma inclusão sociodigital”, afirmou o professor.

O Infolivre tem previsão de expansão agora em dezembro para mais duas unidades da rede pública municipal, sendo implantado nas escolas Dr Chateaubriand e Paulo Freire. Nessas unidades serão contemplados os catadores do bairro do Mutirão e os trabalhadores da limpeza urbana.

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Paraíba

R$ 85 mi: PB e mais sete Estados serão beneficiados com recursos para regularização fundiária

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (28/11), o decreto que cria o programa Periferia Viva, para promover a melhoria das condições de vida nas comunidades. São mais de 30 políticas pactuadas entre ministérios, para fomentar investimentos nas periferias. Só de recursos do Novo PAC serão mais de R$ 7 bilhões. A Paraíba e mais sete Estados serão beneficiados com valor superior a R$ 85 milhões.

“Hoje é o dia em que a periferia desse país se torna visível para o governo e para a sociedade. Vocês não serão mais invisíveis, nós estaremos enxergando vocês”, enfatizou Lula, durante a cerimônia de lançamento do programa no Palácio do Planalto.

Ele pontuou que as necessidades que os moradores de periferias têm atualmente são resultado do descaso do poder público ao longo de décadas. “Eu digo sempre que os prefeitos que entraram nesse país, a partir dos anos 80, na verdade, não estão governando, estão recuperando o descaso que foi feito nos anos 50, 60, no auge do êxodo rural. Porque as pessoas vinham para a cidade sem nenhum preparo, não tinha nenhum preparo para receber, e as pessoas iam para onde a polícia deixava”, afirmou.

“Nós queremos construir neste país uma sociedade civilizada, onde todos têm direitos, mas todos respeitam os direitos dos outros. Onde a gente possa torcer para times diferentes, sem brigar. Onde a gente pode professar uma religião sem ser inimigo da outra, pode votar no candidato sem precisar virar inimigo do outro. É isso que a gente precisa nesse país, para que a gente possa garantir para vocês um programa como esse, chamado Periferia Viva”, declarou Lula.

EIXOS – O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA — Cerca de 19 mil contratos de regularização fundiária e melhorias habitacionais, em oito estados brasileiros, com investimento federal superior a R$ 85 milhões, também foram anunciados durante o evento. Serão 15.097 unidades (regularização fundiária) e mais 4.285 unidades para Melhoria Habitacional, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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Em Brasília, governadores se reúnem com Lewandowisk e debatem sobre PEC da Segurança Pública

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O governador João Azevêdo (PSB) participou, na quinta-feira (28/11), no Palácio do Buriti, em Brasília, do 10º Fórum Nacional de Governadores. O encontro contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, oportunidade em que foi debatida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

Durante a reunião, o ministro afirmou que o governo federal está à disposição para receber propostas dos governadores à PEC e destacou a importância do intercâmbio de informações com os gestores estaduais.

Um novo encontro com os governadores foi marcado para o início de dezembro, com a apresentação de novas sugestões, com o objetivo de fortalecer o combate ao crime organizado no país.

Dentre os pontos previstos na PEC estão a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e da Política Penitenciária e a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública, com a presença de estados e municípios.

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Projeto-piloto para promoção da paz nas escolas é implantado em Campina Grande

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O Centro Judiciário de Justiça Restaurativa de Campina Grande (Cejure-CG) e a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, se uniram para implantar um projeto-piloto que levará ações às escolas no sentido de promover a cultura da paz entre a comunidade escolar. O projeto deve ser iniciado em fevereiro de 2025 e será voltado aos alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental I e do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II.

As definições aconteceram na segunda-feira (25), durante reunião entre a coordenadora do Cejure, juíza Ivna Mozart, o secretário de Educação de Campina Grande, Raimundo Asfora Neto, e a gerente de projetos da prefeitura, Fabíola Alessandra Gomes Gaudêncio, na sede do Centro. A magistrada informou que durante o encontro já foi iniciado o planejamento para logística da operacionalização das ações.

“A escola, como ambiência comunitária primeira de crianças e jovens, mostra-se como um terreno fértil para o desenvolvimento da cultura da não violência. Oferecer práticas restaurativas no ambiente escolar é, sobretudo, realizar um investimento no futuro e no presente. Investimento este que, certamente, impactará positivamente na redução de situações conflitivas remetidas para o Poder Judiciário”, ressaltou a juíza Ivna Mozart.

Durante a reunião, foi apresentado o Projeto: ‘Práticas Restaurativas nas escolas: um olhar coletivo em prol da promoção da cultura de paz e cidadania’, idealizado pelas mediadoras de conflitos, facilitadoras de círculos de construção de paz e advogadas, Joselma Lacerda, Lúcia Queiroz e Tatianne Lacerda. Elas também estavam presentes na reunião, com a servidora do Cejure, Giselda Vidal de Lima.

O projeto consiste na implementação de um programa de práticas restaurativas nas escolas por meio de diagnóstico preliminar do ambiente escolar, realizado através de visitas in loco para identificação dos gargalos mais conflituosos no aparelho educacional, realização de oficinas entre a comunidade escolar e aplicação de um Ciclo de Círculos de Construção de Paz com o intuito de prevenir e resolver conflitos, fortalecer as relações interpessoais e promover um ambiente de respeito mútuo e inclusão.

“Entendendo o conflito como uma condição inerente à condição humana e que precisa ser visto como forma de aprendizagem e transformação, e sendo o ambiente escolar um espaço de convivência social e formação cidadã, o presente projeto pretende, através das práticas restaurativas, promover um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor como forma de prevenção e redução das formas de violência”, ressaltou Joselma Lacerda.

Ela explicou, ainda, que, o projeto se coaduna com o que já estabelecem os incisos IX e X art. 12  da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), quando apontam que os estabelecimentos de ensino devem promover ações destinadas à cultura de paz e medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, em especial o bullying.

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