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Paraíba

Audiências concentradas da Infância e Juventude são iniciadas na Capital

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Foram iniciadas as audiências concentradas da Infância e Juventude nas casas de acolhimento em João Pessoa. Na primeira, que aconteceu na tarde desta terça-feira (03), foram ouvidos seis adolescentes em uma unidade de acolhimento no Bairro de Jaguaribe. A previsão é de que 103 crianças e adolescentes sejam escutados até o final de outubro, com a realização de audiências em 10 instituições e nas casas de três famílias acolhedoras.

As audiências concentradas consistem em analisar a situação de cada criança ou adolescente presentes nas instituições de acolhimento, para verificar a possibilidade de reintegração familiar, encaminhamento para adoção ou manutenção do acolhimento. São realizadas a cada seis meses, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O Grupo de Trabalho Convivência Familiar e Comunitária é quem acompanha a situação dos acolhidos na Capital. É formado pelos representantes da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça da Paraíba (Coinju), 1ª Vara da Infância e Juventude, Ministério Público, Secretarias da Saúde, Habitação, Educação e Assistência Social, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Ministério Público e Rede Margaridas Pró-Crianças e Adolescentes. Conta com o apoio, também, do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

A psicóloga Vitória Régia Gonçalves, coordenadora do Setor de Acolhimento da Vara da Infância e Juventude, explica que manter o acolhimento é o último dos recursos. A importância de realizar as audiências concentradas semestralmente é para buscar, majoritariamente, a reintegração. Em caso de impossibilidade, recorre-se ao encaminhamento para adoção.

“Nosso maior objetivo é reintegrar a criança ou adolescente ao seio familiar. Já é uma agressão tirá-los do meio onde vivem. Então o acolhimento não pode perdurar a vida toda, eles têm que permanecer o mínimo possível na instituição. E as situações precisam ser avaliadas pra que a criança retorne à família o mais rápido possível, para que esse direito não seja violado mais uma vez”, defende.

Vitória Gonçalves esclarece, ainda, que só é possível o retorno à família após uma avaliação que é feita, semestralmente, pelo juiz da Vara da Infância e Juventude. Se for percebida uma situação favorável, a reintegração é feita e monitorada. “O monitoramento é realizado pela equipe multidisciplinar e uma equipe da instituição, por um período de seis meses. Se o juiz achar necessário, o período é estendido, até que a gente tenha segurança de que a criança está bem no seio familiar”, acrescentou a psicóloga.

O juiz Adhailton Lacet Porto, coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça da Paraíba, avalia que o resultado desse esforço, ultimamente, tem atendido às expectativas. “A gente conta com o apoio de todo o sistema de garantia de direitos. A política de Assistência, a política da Saúde, da Habitação, todos são agentes convidados a participar da audiência e dão a sua contribuição. Então, tem sido muito satisfatório”, relata.

Família Acolhedora

O magistrado Adhailton Lacet explica que, por meio do Projeto ‘Família Acolhedora’ as famílias se inscrevem, são cadastradas, passam pela habilitação da Vara da Infância e Juventude e têm uma contrapartida pecuniária por criança acolhida. No Município de João Pessoa, é de um salário mínimo e, se a criança tiver algum problema de saúde, dois salários mínimo.

“Esse Projeto começou há pouco, e nós já estamos com três famílias com crianças acolhidas em João Pessoa, e mais duas em fase de avaliação. Tem sido muito positivo, porque a criança não é colocada em instituição, e sim em uma família, com todos os outros membros. Então, ela se sente muito em casa”, avalia Adhailton Lacet. Mas, ressalta, também, que a pessoa que acolhe não pode adotar a mesma criança, pode adotar outra, se assim pretender.

Garantia de direitos

A representante do Ministério Público, Soraya Scorel, promotora da Infância e Juventude, acredita que a participação nas audiências é necessária para mostrar que a Justiça está concentrando esforços na tentativa de efetivar os direitos das crianças e adolescente, e, também, de fazer com que se concretize a vontade deles mesmos. “O adolescente pode se manifestar e ter a liberdade de falar sobre a sua própria vida, sem que apenas a Justiça defina por ele”, defende.

Soraya Scorel revela, no entanto, que podem haver algumas dificuldades para alcançar o objetivo maior, de reintegração. A promotora relata: “Tem momentos que a gente sai até angustiado das audiências, porque já teve casos de adolescentes pedindo pra que, como já está no cadastro de adoção, que possa ser adotado. E, quem somos nós pra poder responder a isso? Não depende exclusivamente de nós, depende, também, dos pretendentes que querem adotar mais pessoas do sexo feminino, bebês. É muito difícil, porque a gente não consegue concretizar a justiça, que é dar o direito de os adolescentes não só terem uma família, mas, também, de viverem a família”.

Depoimento

Uma das adolescentes ouvidas na audiência concentrada desta terça-feira (03), de 16 anos, expressou seu sentimento em relação ao trabalho realizado por toda a equipe: “eu me sinto mais acolhida, mais segura, porque eu sei que tem pessoas capazes de cuidar de mim. Com eles me escutando, eu sei que vão promover algo melhor pra mim, vão tentar conseguir o que eu estiver precisando. Se eu estiver sofrendo alguma coisa, vão buscar um jeito de aquilo não mais acontecer”.

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Reforma: Cícero anuncia criação de Secretaria Executiva de Saúde Animal em João Pessoa

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O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), anunciou nesta terça-feira (14/01) a criação da Secretaria Executiva de Saúde Animal. A informação foi revelada durante entrevista ao programa Paraíba Verdade, da Arapuan FM.

O gestor garantiu a criação da nova pasta, mas que ainda está em processo de diálogos para definir se a nova estrutura estará ligada à Secretaria de Saúde ou Meio Ambiente.

Sobre a nova gestão administrativa da Prefeitura, Cícero confirmou a permanência do médico Dr. Luís Ferreira na Secretaria de Saúde. “Com alegria confirmo Luís Ferreira na Saúde para dar continuidade a esse trabalho, de zerar as filas de atendimento, implantar a coleta de exames laboratoriais, enfim, avançar cada vez mais”, disse.

Na última quinta-feira (09/01), o prefeito, reconduziu nove secretários às suas respectivas pastas. As nomeações dos auxiliares do governo municipal foram publicadas no Diário Oficial do Município. Na terça-feira (07/01), o Chefe do Poder Executivo Municipal assinou um decreto exonerando todos os secretários e executivos como medida para a preparação da nomeação da nova equipe de governo, iniciado em 1º de janeiro.

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VITAL – o musical do Paralamas terá apresentação em João Pessoa; saiba mais

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Uma das mais importantes bandas da história do Brasil, Os Paralamas do Sucesso terão sua história contada no espetáculo ‘VITAL – o musical do Paralamas’, em João Pessoa. O anúncio foi feito nas redes sociais e os detalhes como data e local da apresentação ainda não foram revelados.

Idealizado pelo produtor e diretor Gustavo Nunes (Turbilhão de Ideias) e por Marcelo Pires (escritor e diretor da Ideia da Silva), que assina a colaboração de texto que está nas mãos de Patrícia Andrade. O musical tem direção artística de Pedro Brício e será produzido através da Lei de incentivo à Cultura.

Todo o elenco foi selecionado através de audições, incluindo os atores que representarão Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, além do empresário da banda, José Fortes, entre outros personagens.

O musical fará um passeio pelos mais de 40 anos da banda, sendo um importante documento sobre a própria história do rock brasileiro, que tem nos Paralamas um dos seus maiores expoentes. O espetáculo tem como foco também o valor da amizade, mostrando a união dos integrantes da banda, que permanece com a mesma formação desde o início, um caso raro no meio musical. ‘VITAL – o musical dos Paralamas’ passeará pelos grandes clássicos do grupo, e abordará momentos fundamentais dessa história. “Contar a trajetória dos Paralamas é narrar a história dos últimos anos do país e de quem cresceu e amadureceu com a banda”, diz Marcelo Pires.

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João Pessoa está entre as dez cidades com menor reajuste no preço do aluguel residencial

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A Capital da Paraíba, João Pessoa, está entre as dez cidades do país com o menor aumento de aluguel residencial no ano de 2024. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14/01) pelo Índice FipeZAP.

De acordo com o levantamento, a cidade teve um reajuste no valor do aluguel de imóveis de 10,15%. João Pessoa aparece na décima posição do menor aumento no ano. Na cidade, o preço médio do m² é R$ 41,50. Dessa forma, para um apartamento de 50 metros, o aluguel custaria, em média, R$ 2.075.

O preço médio dos novos contratos de aluguel, calculado para as 36 cidades, é de R$ 48,12/m², segundo dados de dezembro. Considerando essa base, o aluguel de um apartamento de 50 metros quadrados custa, em média, R$ 2.406 — quase R$ 279,50 acima do ano anterior (R$ 2.126,50).

A cidade mais cara da lista é Barueri (SP), onde o aluguel custa, em média, R$ 65,41/m². No caso de uma residência de 50 metros, o valor mensal no município é de, aproximadamente, R$ 3.270,50.

Os números mostram que apenas um município monitorado não teve alta real no preço médio do aluguel: Maceió (AL), cujo aumento foi de 3,35% — ou seja, abaixo da inflação do ano.

O FipeZAP acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na internet.

Segundo a economista Paula Reis, do DataZAP, há chances de uma alta ainda maior em 2025 devido a dois fatores:

  • Projeções ainda otimistas para o mercado de trabalho;
  • Um mercado de venda de imóveis restrito em meio ao encarecimento do crédito imobiliário, que acompanha a alta da Selic, a taxa básica de juros do país.

 

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