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Governo Federal faz bloqueio adicional de R$ 5,7 bi no Orçamento deste ano

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O Ministério da Economia anunciou, ontem, um novo bloqueio adicional de R$ 5,7 bilhões do Orçamento deste ano e admitiu dificuldade para o funcionamento da máquina. A informação foi dada durante a apresentação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º Bimestre. No anterior, o corte foi de R$ 10,5 bilhões e, como havia R$ 9,7 bilhões ainda contingenciados, o novo valor da tesourada para evitar um estouro na regra do teto de gastos passou para R$ 15,4 bilhões.

De acordo com os técnicos da pasta, a maior parte desse bloqueio é resultado de dois fatores não programados. O primeiro foi aumento das despesas relacionadas ao pagamento de benefícios da Previdência Social, que aumentaram R$ 2,3 bilhões no bimestre. E o segundo, a obrigatoriedade determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para pagar, neste ano, R$ 3,8 bilhões em benefícios para trabalhadores do setor cultural atingidos pela pandemia da covid-19.

Segundo esta matéria originalmente publicada pelo Correio Braziliense, durante a apresentação do relatório, o secretário especial do Tesouro e Orçamento da Economia, Esteves Colnago, afirmou que não “havia espaço” para a inclusão da lei como despesa obrigatória do Orçamento. Com isso, a equipe econômica alegou que foi “pega de surpresa” durante este ano com matérias advindas do Legislativo, que foram a aprovação dos pisos para agentes comunitários da saúde e para profissionais da enfermagem, que contribuíram para um ano atípico com quatro bloqueios orçamentários.

“Em um Orçamento engessado, em que a despesa discricionária (não obrigatória) é muito baixa, criar obrigações no meio do exercício é muito difícil. Eu não tenho liberdade, não tenho muito espaço para ficar comportando, no meio daquele exercício, uma obrigação que é criada”, disse.

De acordo com dados do relatório, a maior parcela do novo total bloqueado no Orçamento — R$ 7,7 bilhões — são das polêmicas emendas do relator-geral do Orçamento, as RP9, conhecidas como o orçamento secreto. O contingenciamento de emendas setoriais e de bancadas soma R$ 1,7 bilhão.

Colnago reconheceu que a situação dos órgãos no fim do ano nunca foi tão apertada como neste ano. “Vai ser muito difícil com o bloqueio. O governo nunca passou (um ano) tão apertado assim. Haverá, eventualmente, falta de atendimento de serviços prestados do governo, mas chegaremos ao fim do ano”, afirmou o secretário. Ele, inclusive, garantiu que R$ 37 milhões serão liberados para a emissão passaportes — que foi interrompida desde sábado — “imediatamente”.

O governo mudou a Constituição, no fim do ano passado, para antecipar a troca da metodologia de cálculo do teto de gastos e ainda adiou o pagamento de precatórios para ampliar o limite do teto em pouco mais de R$ 100 bilhões, mas continua sendo obrigado a fazer bloqueios de despesas. Na visão do economista e especialista em contas públicas, Geraldo Biazoto, isso reflete uma desorganização fiscal da equipe econômica liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Como a gestão das despesas discricionárias é ‘na briga’ e diversos órgãos não têm recursos até mesmo para coisas básicas, a herança do próximo governo será uma transição com buracos de execução para todos os lados”, analisou.

Para o consultor de economia da BMJ Consultores Associados, Mauro Cazzaniga, há muitos problemas na organização dos gastos e, para solucionar a questão, é preciso rever as despesas obrigatórias e as regras em vigor. “Uma revisão do teto de gastos serve como uma solução para isso, mas a questão é como propor uma nova norma garantindo a estabilidade fiscal a médio e longo prazos, que é o objetivo dessa âncora”, avaliou.

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Superavit maior

No relatório, o governo melhorou a previsão de superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) aumentou, passando de R$ 13,5 bilhões para R$ 23,3 bilhões — salto de 74% na comparação com a projeção do quarto trimestre. Se confirmado, esse será o primeiro saldo positivo nas contas do governo central — que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência — desde 2013. Esse resultado equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) é comemorado pela equipe econômica, mas especialistas em contas públicas alertam que, em 2023, o rombo fiscal voltará e será bem maior, podendo superar 2% do PIB. Um dos motivos é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição que prevê quase R$ 200 bilhões fora do teto de gastos. A expectativa do mercado é que esse estouro diminua a fim de evitar uma nova explosão na dívida pública, que continua elevada se comparada com a média de países emergentes, em torno de 60% do PIB.

A meta fiscal do governo central deste ano permite um rombo de até R$ 170,5 bilhões. E, para 2023, o limite para o deficit cai para R$ 65,9 bilhões. Mas o governo agora prevê aumento de R$ 23 bilhões em receita, o que reduzirá a estimativa deficit primário no ano que vem de R$ 63,5 bilhões para R$ 40,4 bilhões.

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Paraíba adere ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e inicia Plano Estadual de Prevenção

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O Estado da Paraíba aderiu ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e dá o primeiro passo oficial de início ao Plano Estadual de Prevenção aos Feminicídios.

A adesão se deu durante o Encontro de Gestoras Estaduais de Políticas para as Mulheres, realizado pelo Ministério das Mulheres na terça-feira (26/11), em Brasília, com o o objetivo de estabelecer um fluxo coordenado para envio, recebimento e monitoramento de denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Além da Paraíba, outros 18 Estados e o Distrito Federal também aderiram ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Com a assinatura do acordo junto ao Ministério das Mulheres, as Unidades Federativas iniciam a construção dos Planos Estaduais de Prevenção aos Feminicídios com o objetivo de diminuir os casos de feminicídios no país. São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Instituído em agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto conta com 73 ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades, que têm como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também firmou acordo de cooperação com o Ministério das Mulheres com o objetivo de assegurar o encaminhamento ágil e eficiente das denúncias às unidades competentes do Ministério Público, garantindo que cada caso receba a devida atenção e encaminhamento adequado. A parceria também busca fortalecer a coordenação e a execução dos acordos regionais, além da ampla divulgação dos canais de atendimento do Ligue 180, destacando a inclusão de recursos acessíveis, como a possibilidade de videochamadas em Libras, ampliando o alcance e a acessibilidade para mulheres com deficiência auditiva.

O principal objetivo dos ACTs é fortalecer a rede de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência nos estados, integrando esforços entre governo federal, governos estaduais e Ministério Público, a fim de garantir que as denúncias sejam tratadas com eficiência e que as vítimas recebam o suporte necessário de forma ágil e eficaz.

Após a formalização dos ACTs, o Ligue 180 realizará, no dia 09 de dezembro, a capacitação dos pontos multifocais de cada estado, concretizando mais uma etapa em direção à ampliação da Central Ligue 180. A colaboração entre as entidades envolvidas promove um sistema mais robusto e integrado, melhora a resposta das autoridades e assegura um atendimento mais adequado e coordenado, refletindo compromisso com a segurança e a justiça para as mulheres em situação de violência.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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Redação do Portal da Capital

O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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