No acumulado dos últimos 12 meses, nenhuma capital nordestina registrou incremento no preço da cesta básica. As maiores reduções foram verificadas em Salvador (-6,4%), São Luís (-4,2%) e João Pessoa (-4,1%). Seguiram Aracaju (-2,9%), Recife (-2,8%), Fortaleza (-1,8%) e Natal (-0,8%). Em janeiro, no entanto, houve expressivas elevações em todas elas. A pesquisa não foi realizada em Maceió e Teresina.
Em termos de valores monetários, Fortaleza permanece com a cesta básica mais cara no Nordeste (R$ 387,61). A cesta básica dos fortalezenses é 8,1% maior que o valor da cesta regional (R$ 358,66) e supera em 16% a cesta mais barata da Região, a de Salvador (R$ 333,98). O custo da cesta básica nas demais capitais é: João Pessoa (R$ 368,76), Natal (R$ 360,48), Recife (R$ 356,47), São Luís (R$ 355,22) e Aracaju (R$ 349,97).
As variações mais expressivas em 12 meses ocorreram no preço da banana (+12,1%) em Recife e tomate (+5,5%) e pão (+4,4%) em Salvador. As maiores retrações foram verificadas no preço do feijão (-43,8%) e da banana (-13,2%), ambos em Salvador, e leite (-12,8%) em Recife.
O trabalho do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área do Banco do Nordeste que analisa dados do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), conclui que os aumentos da cesta básica têm superado a variação da inflação do país. Em conseqüência, as famílias de baixa renda são penalizadas.