O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou neste domingo, 30, que o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) explique as razões de operações que vêm sendo denunciadas por eleitores nas redes sociais. Há relatos de diversos Estados, em especial no Nordeste. O Estadão apurou que foram realizadas mais de 500 operações da PRF relacionadas ao transporte público em todo o País – não seria possível saber, porém, se essas blitze teriam ocorrido ou não em horário eleitoral.
No despacho em que pediu explicações sobre as blitze, Moraes citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem “orquestrados”. O presidente do TSE também determinou que o diretor-geral da PRF, Silvanei Vasques, prestasse esclarecimentos presencialmente no Tribunal.
No sábado, 29, Moraes já havia proibido a Polícia Rodoviária Federal de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público, sob pena de crime pelo diretor-geral da corporação. Diante da decisão de cumprir o que havia determinado o TSE, a coligação Brasil da Esperança, que representa o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu neste domingo à Justiça a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Neste domingo, depois de sucessivos relatos sobre blitze que poderiam impedir os eleitores de votar, o TSE mandou um “push” no aplicativo E-Título incentivando que os eleitores denunciem qualquer caso de fraude ou constrangimento eleitoral que vierem a sofrer.
A frase “Deixem o Nordeste votar” se tornou o assunto mais comentado do Twitter no começo da tarde deste domingo, 30, após denúncias de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está fazendo blitze contra transportes em diferentes cidades da região.