O vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), lamentou nesta segunda-feira (24/10), os ataques desferidos por um casal de bolsonaristas ao bispo de Guarabira, dom Aldemiro Sena dos Santos. O episódio ocorreu após a Missa do último domingo, 23, quando o bispo estava na sacristia.
Veneziano, que recentemente foi recebido por dom Aldemiro e padre da Diocese, concedeu entrevista nesta segunda-feira à Rádio Cultura de Guarabira, oportunidade em que declarou que esse tipo de “agressão gratuita” que vem se verificando no país inteiro, agora com maior expressividade nas Igrejas, precisa ser combatido.
“Não iremos compactuar com esses ataques, agora com maior ênfase a padres, bispos, religiosos, incentivados por uma divisão absurda e oriundos de apoiadores do Presidente Bolsonaro. Conheço dom Aldemiro e tenho a plena convicção de suas virtudes cristãs e de seus propósitos em sempre defender o povo mais humilde, como sempre tem pregado o próprio papa Francisco”, destacou Veneziano.
O senador tem defendido que os brasileiros precisam se desarmar, cultuar a paz e combater o que o país tem vivido ultimamente, com episódios de racismo, discriminação aos nordestinos, assédio eleitoral, entre outros.
Relembre o Caso
O arcebispo de Guarabira, dom Aldemiro Sena dos Santos, foi agredido verbalmente por um casal de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, após a ‘Missa do Bispo’, realizada na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz, em Guarabira, na manhã do último domingo (23/10). Sem fazer menção a qualquer candidato, o religioso orientou os fiéis a votar em quem ajuda os pobres.
A fala desagradou bolsonaristas presentes à missa. Segundo informações da imprensa de Guarabira, após a celebração um casal foi à sacristia questionar e hostilizar o bispo por não gostar da sua homilia durante a celebração eucarística. A situação foi presenciada por várias pessoas.
A diocese de Guarabira emitiu ‘Nota de Repúdio’ contra os ataques ao bispo e afirmou que quaisquer tentativas de silenciar a pregação do Evangelho configura-se como uma violação à liberdade religiosa, direito assegurado constitucionalmente.