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Ministério da Saúde contrariou técnicos ao indicar vacina da Covid só para bebês com comorbidades

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Em mais uma investida do governo Jair Bolsonaro (PL) contra a vacinação infantil, o Ministério da Saúde contrariou a orientação de sua câmara técnica de assessoramento ao indicar a vacina contra a Covid-19 apenas para bebês com comorbidades.

De acordo com esta matéria originalmente publicada pela Folha, integrantes do grupo —composto por membros do ministério e de conselhos estaduais e municipais de Saúde, além de especialistas— afirmam que a vacina foi recomendada para todos os bebês que têm entre seis meses e quatro anos, e não só para aqueles com algum fator de risco.

Mulher preta de máscara e avental com logo do SUS na manga aplica vacina em criança branca de rabo de cavalo; ela está no colo da mãe, branca de cabelo solto e máscara
Vacinação de criança em São Paulo – Rivaldo Gomes – 22.jan.2022/Folhapress

Na semana passada, o ministério chegou a dizer que decidiu liberar a vacina apenas para as crianças com comorbidades “por recomendação da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização)”. A informação foi reforçada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na segunda-feira (17).

“O secretário Arnaldo, que é o secretário de vigilância em saúde, levou essa questão, além da área técnica específica, para o assessoramento da CTAI. Pelo que ele me informou, teria sido referendado ali, como se fosse uma medida preliminar, antes da avaliação final da Anvisa, que essa vacina fosse oferecida para as crianças dessa faixa etária que têm comorbidades.”

Assessores da câmara ouvidos pela Folha afirmam que a indicação da vacina para todas as crianças já tinha sido aprovada por unanimidade antes mesmo da decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Mesmo assim, a orientação foi reforçada em reunião no dia 4 de outubro.

Segundo eles, a decisão de priorizar crianças e adultos com comorbidades só foi tomada no início da vacinação pela falta de doses. O grupo acrescenta que reforçou ao ministério a necessidade de que todos os bebês sejam vacinados contra a Covid, e não apenas aqueles com algum fator de risco.

Para eles, ao anunciar que a vacina foi autorizada somente para crianças com comorbidades —ao contrário do que definiu a Anvisa—, o Ministério da Saúde confunde a população e faz com que pais fiquem com receio de vacinar os filhos, aumentando a resistência contra as vacinas.

A reportagem perguntou ao Ministério da Saúde a data da reunião em que a CTAI teria recomendado a vacina apenas para crianças com comorbidades, mas não houve resposta. A pasta enviou uma nova nota sobre a vacinação infantil, desta vez sem a informação de que a orientação foi da câmara técnica.

“Tendo em vista a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ouvida a Câmara Técnica de Assessoramento (CTAI), o Ministério da Saúde, de forma cautelar, autorizou a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a menores de 4 anos com algum tipo de comorbidade.”

A vacinação de crianças contra o coronavírus foi alvo de ataques de Bolsonaro durante a pandemia e chegou a ser desestimulada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Em dezembro, quando a Anvisa deu aval para a aplicação da vacina em crianças a partir dos cinco anos, o presidente insinuou haver “interesses” da agência na decisão e pediu a divulgação do nome dos envolvidos, o que desencadeou uma onda de ameaças e ataques contra técnicos e diretores.

O ministério convocou ainda, de forma inédita, audiência e consulta pública sobre o tema. O governo levantou a possibilidade de exigir receita médica para a vacinação das crianças, o que foi rejeitado.

Na sexta (14), o presidente mentiu ao afirmar que as crianças não morreram por Covid-19. “A molecada não sofre com o vírus… Tanto é que você viu um moleque morrer de vírus por aí? Alguém conhece algum filho de alguém que morreu de vírus? Não tem”, disse.

Neste ano, até 10 de setembro, foram 12,1 mil internações e 439 mortes de crianças abaixo de cinco anos por coronavírus.

O processo contou com a consulta e o acompanhamento de especialistas da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, da Sociedade Brasileira de Infectologia, da Sociedade Brasileira de Imunologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Na segunda, o ministério afirmou que a expectativa é que as doses cheguem ao Brasil na semana que vem. O contrato do governo federal com a Pfizer permite ajustes no tipo de vacina a ser recebida. Estima-se que hoje o país tenha um saldo de cerca de 35 milhões de doses.

Questionado sobre o tema no evento de segunda, o ministro afirmou que “tudo isso tem que ser feito com responsabilidade”. O secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros, disse que é preciso mitigar “possíveis erros vacinais”.

O Brasil possui cerca de 13 milhões de crianças entre seis meses e quatro anos e, de acordo com o esquema vacinal previsto para esse público, serão necessárias três doses (um total de 39 milhões de doses).

Porém, como as crianças entre três e cinco anos também podem ser vacinadas com a Coronavac, o número de doses necessárias da vacina da Pfizer cairia para 21 milhões, segundo estimativas de técnicos do ministério.

O Ministério da Saúde, em virtude de parecer proferido pela Consultoria Jurídica (Conjur) da pasta, irá solicitar à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de possível ampliação do uso da vacina Comirnaty pediátrica em crianças de 6 meses a menores de 4 de idade, recentemente aprovada pela Anvisa. A decisão está de acordo com o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).

Entretanto, em face do cenário epidemiológico da Covid-19 no país e por recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), ficou definido, de forma cautelar, autorizar o uso da vacina para as crianças de 6 meses a menores de 4 anos que apresentem algum tipo de comorbidade, enquanto se cumpre o rito de análise da Conitec. Todas as orientações para a vacinação deste público serão publicadas em nota técnica.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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Redação do Portal da Capital

O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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