O Sindserh-PB (Sindicato dos Trabalhadores de Empresa Pública de Serviços Hospitalares na Paraíba) confirmou através de uma ‘Carta Aberta’ que a partir desta quarta-feira (21/09), os trabalhadores da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) iniciarão um movimento de paralisação total das atividades na Paraíba e em todo o Brasil. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada no dia 14 de setembro de 2022.
A organização do movimento esclarece, porém, que apenas os setores que não oferecem risco de morte aos pacientes serão 100% paralisados os outros, permanecerão ativos, mas, com apenas 30% do total de sua capacidade. As UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e a UCIM (Unidade de Cuidados Intermédios Médicos) não serão atingidos pelo movimento grevista.
De acordo com representantes do movimento, o objetivo é “demostrar a insatisfação dos trabalhadores dos HUs na Paraíba, que desde a Pandemia, a gestão na sede da empresa não se posiciona em vários aspectos que vem agravando a convivência entre os trabalhadores“.
Ainda segundo a entidade sindical, diferentemente de em outras gestões do Governo Federal, a gestão da EBSERH não abriu negociações desde que a assumiu a empresa, “caso esse nunca visto na história desta estatal, os governos anteriores todos negociavam um percentual de reajuste da inflação, nunca tivemos correção nesta gestão. São mais de 24% de desvalorização da categoria”, esclarece.
Confira a íntegra da ‘Carta’:
“Carta aberta a população Paraibana.
Nós representantes dos trabalhadores da EBSERH na Paraíba, vimos informar aos usuários e comunidade que apartir do dia 21/09 estaremos iniciando uma paralisação total das atividades a nível Nacional.
Foi autorizado pela categoria um movimento de Greve, que tem como objetivo, demostrar a insatisfação dos trabalhadores dos HUs na Paraíba, que desde a Pandemia, a gestão na sede da empresa não se posiciona em vários aspectos que vem agravando a convivência entre os trabalhadores.
Ocorreram muitas complicações durante este período, tais como ausência de pagamento do grau de insalubridade já descrito em I.N do próprio governo, casos de assédio por parte da gestão que cuida da saúde ocupacional na filial do sertão, redução do dimensionamento nas três filiais, agravamento deste quadro na filial de Campina Grande, com mas condições de trabalhão no setor de oncologia pediátrica, ausência de liberação no ponto para o representante da categoria, bloqueio por parte da empresa nos ABONOS que são somente 02 por ano, descontos indevidos no banco de horas dos empregados, e sem se quer acordo de pagamento das horas acumuladas na Pandemia, sem contar que durante 3 anos nos empregados estamos sem recomposição inflacionária no Auxílio alimentação e deversos outros auxílios, como creche, pessoa com deficiência, auxílio plano de saúde.
Por isso pedimos a população que nós apoie, nossos ganhos são usados não só para nossa sobrevivência, mas custeamos nossas atualizações profissionais, cursos, mestrado, doutorado, e capacitações, que são usadas para melhor prestação de serviços a população que procuram os HUs da Paraíba.
Com isso estamos demonstrando a todos com transparência que a gestão da EBSERH em Brasília não negocia conosco desde que assumiu a empresa, caso esse nunca visto na história desta estatal, os governos anteriores todos negociavam um percentual de reajuste da inflação, nunca tivemos correção nesta gestão. São mais de 24% de desvalorização da categoria.
Sem contar que, na falta de colegas por adoecimento, gestação, licença maternidade, licença prêmio e sem vencimento, nos cobrimos e mantemos a produtividade.
Está na hora de união, somos a estatal que hoje tem melhor desempenho de prestação de serviços a saúde, e queremos mais e mais crescer, as não podemos crescer desvalorizando os trabalhadores da EBSERH.”
Confira a lista com os setores que serão atingidos pelo movimento: