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Marina Silva declara apoio a Lula após sequência de mágoas e divergências

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A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) oficializou o seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa à Presidência nesta segunda-feira (12).

“Manifesto meu apoio de forma independente ao candidato e futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou Marina à imprensa. Ela e o ex-presidente concederam entrevista na manhã desta segunda em São Paulo.

“Compreendo que nesse momento crucial da nossa história que reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando a vida de pessoas por pensarem diferentes é a sua candidatura”, disse Marina.

A ex-ministra afirmou ainda que trata-se de um “reencontro político e programático” e que, do ponto de vista das relações pessoais, eles nunca “deixaram de estar próximos”. Disse ainda que esse reencontro se dá “diante de um quadro grave da política do nosso país, diante de uma ameaça, a ameaça das ameaças, à nossa democracia”.

Lula afirmou que esta segunda é um “dia histórico” para o PT, para a sua candidatura e para “quem sonha em fortalecer a democracia no nosso país”.

Ele disse também que nunca esteve “tão distante politicamente e ideologicamente” da ex-ministra. “Na política, de vez em quando, tomamos decisões que nos faz percorrer determinados caminhos e nem sempre a gente se encontra nesse caminho. Mas também há momentos na história em que a gente se reencontra.”

Os dois já haviam se reencontrado no domingo (11) para discutir propostas para o meio ambiente. Marina foi ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, no governo Lula. Ela deixou o PT, partido ao qual foi filiada durante 30 anos, em 2009, após divergências.

A ex-ministra tinha mágoas do PT em razão do pleito de 2014, quando se candidatou à Presidência e foi fortemente atacada pela campanha de Dilma Rousseff (PT). À época, ela chegou a afirmar que nunca pensou que o PT tentaria destruí-la.

“Mais do que a manutenção dessa relação pessoal é sim um reencontro político no terreno de princípios e valores do terreno da democracia, que fazem com que tenhamos o compromisso de ajudar a enfrentar o grave problema da mudança climática através de um novo modelo de desenvolvimento para o nosso país”, disse Marina ao lado de Lula.

Ao ser questionada sobre como poderia atrair o voto evangélico, Marina respondeu que ela nunca fez “do púlpito um palanque” e vice e versa e que a melhor forma de fazer isso é “tratando todos os brasileiros como cidadãos”.

“O maior mandamento de Jesus é o mandamento do amor e é o que acho que deve ser sempre a orientação de quem professa a fé cristã. Qualquer coisa que leve para o caminho do ódio, do exclusivismo político ou religioso não é bom para a democracia, para as religiões e desrespeita a nossa Constituição”, disse.

A ex-ministra começou a sua fala agradecendo a Deus “por estarmos aqui”. Ela disse ainda que a notícia de que Lula fecharia igrejas é “uma mentira” e que isso nunca aconteceu durante os dois mandatos do petista. “Muitos dos que hoje dizem essa mentira como estratégia eleitoral, até iam ao gabinete do presidente fazer oração com ele”, afirmou.

“A Marina disse corretamente a gente não pede voto por conta da religião. Quando a gente sai à rua para trabalhar a campanha, a gente faz um programa para o país pensando no povo brasileiro. Não queremos saber de religião. Religião é muito sagrada, é uma coisa de cada um”, completou o ex-presidente Lula.

O apoio de Marina está relacionado à incorporação de pautas relacionadas ao meio ambiente no programa de governo do petista, entre elas a criação de uma autoridade nacional para o enfrentamento das mudanças climáticas.

A ex-ministra disse ainda que é preciso levar em conta uma “perspectiva de transição” e que as mudanças que deverão ser implementadas não ocorrem da noite para o dia.

O ex-presidente afirmou que o programa de governo é um plano de metas e que deve ser buscado o seu cumprimento todos os dias. “O programa da Marina é uma proposta plenamente possível de ser colocada em prática. Não é proposta para um mês ou um ano, mas é uma a ser trabalhada e perseguida”, disse.

Marina já havia declarado seu apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) ao Governo de São Paulo e vinha sendo cortejada por Lula. Ela chegou a ser convidada pelo ex-prefeito para ser sua vice na chapa, mas declinou do convite.

Candidata a deputada federal pela Rede em São Paulo, Marina é considerada pela legenda como potencial puxadora de votos.

No domingo, o petista postou uma fotografia com Marina em suas redes afirmando que eles conversaram por duas horas e que ela apresentou “propostas para um Brasil mais sustentável”.

“Hoje, a meu convite, depois de muitos anos, reencontrei com @MarinaSilva. Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio ambiente”, escreveu Lula no domingo.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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No Senado: Daniella destaca importância de políticas públicas para combater violência contra mulher

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O programa ‘Antes que aconteça’ foi citado ontem em matéria do Jornal Nacional, como uma das ações de combate à violência contra a mulher no Brasil
Idealizadora e coordenadora nacional do programa ‘Antes que aconteça’, a senadora Daniella Ribeiro fez um pronunciamento na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, a necessidade de políticas públicas no combate à violência contra a mulher no Brasil, e também no exterior.

“Se a gente tem dificuldade para quem vive aqui, imagina para quem estar fora de casa. O suporte de Estado é fundamental, bem como de nós, mulheres, também se sentem confrontadas por esse tipo de questão. Quero me colocar à disposição para ajudar no que for preciso”, declarou. A audiência abordou a violência contra mulheres no exterior.

Ainda na comissão, Daniella destacou o programa Antes que aconteça e explicou o propósito da ação, anunciada em dezembro de 2023, quando a senadora presidia a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. “Pela primeira vez o orçamento foi destinado diretamente para o combate à violência contra a mulher, pensando em vertentes como ações de defesa pessoal até o empreendedorismo, pois os estudos mostram que a dependência financeira impulsiona esse tipo de violência”, pontuou.

’Antes que aconteça’ é citado em matéria do Jornal Nacional
O ‘Antes que aconteça’, programa de combate à violência contra a mulher, idealizado pela senadora Daniella Ribeiro, foi destaque em matéria do Jornal Nacional, que abordou o tema da violência contra a mulher. A citação ao programa ‘Antes que aconteça’ foi feita na edição da segunda-feira, 25 de novembro, Dia internacional de luta contra a violência contra as mulheres.

A criação
O programa “Antes que aconteça”, como o próprio nome sugere, tem o objetivo de evitar a violência contra a mulher nas suas diversas formas, desde a psicológica ao último estágio do ciclo, que é o feminicídio.

O programa foi idealizado pela senadora Daniella e por outras mulheres. São elas: a deputada federal Soraya Santos, procuradora da Mulher na Câmara dos Deputados; a segunda-dama da Paraíba, Camila Mariz Ribeiro, coordenadora do programa na Paraíba; a juíza Renata Gil, conselheira do CNJ; a advogada e jurista Luciana Lossio, ex-ministra do TSE; e a professora Nadja Oliveira, diretora-técnica do Parque Tecnológico da Paraíba.

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