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Eleições estaduais dificultam aliança entre Alckmin e PSB

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Pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não terá como pagar o preço que o PSB está cobrando para apoiá-lo na eleição. Refém de arranjos regionais do PSDB, o tucano já foi avisado por lideranças de seu partido que alianças com os pessebistas não acontecerão em estados onde eles têm exigido reciprocidade. Pior: em alguns locais, como Pernambuco e Espírito Santo, PSDB e PSB serão adversários, segundo revela reportagem de Silvia Amorim, do Globo.

Os dois estados estão na lista de reivindicações do PSB ao tucano, além das disputas no Distrito Federal e em São Paulo.

Na sucessão pernambucana, o PSDB já selou um acordo com PMDB, DEM e PTB para formar um bloco de oposição ao candidato à reeleição do PSB, governador Paulo Câmara.

— A chance é zero (de apoiar o PSB). Já foi anunciada uma aliança nossa com o PTB, DEM e PMDB em Pernambuco. Estaremos no campo da oposição ao PSB — afirmou o presidente do PSDB em Pernambuco, deputado Bruno Araújo.

Ele defende que a composição dará a Alckmin um “palanque consistente” no estado para a candidatura presidencial. Em novembro passado, o governador paulista esteve em Pernambuco para conversas com os tucanos. Ele também visitou a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, num gesto de aproximação com a ala nordestina do PSB, mais alinhada ao PT do ex-presidente Lula.

No Espírito Santo, o PSDB também está fechado com um grupo político que exclui o PSB. No estado, os tucanos são aliados do PMDB, do governador e candidato à reeleição Paulo Hartung. Alckmin tem sido informado sobre os arranjos políticos no estado pelo presidente do PSDB capixaba, o vice-governador Cesar Colnago. Eles tiveram uma conversa há cerca de duas semanas e combinaram um novo encontro para depois do Carnaval. No estado, o PSB lançará à eleição estadual o ex-governador Renato Casagrande.

— A tendência é estarmos numa aliança que não tenha o PSB. Acontece que num país continental como o nosso, não tem essa. Há um mosaico político, não tem como impor que uma aliança nacional se repita nos estados — afirmou Colnago.

A pressão do PSB sobre Alckmin saiu dos bastidores no início deste ano, com manifestações públicas de caciques de que o tucano precisa fazer gestos aos pessebistas se quiser um apoio nacional.

— Acho que o PSDB tem que fazer gestos no Brasil: Pernambuco, Distrito Federal, Espírito Santo e Amapá. Lugares onde estamos na frente para que não pensem que isso é por conta de São Paulo — afirmou o vice-governador paulista e membro da Executiva nacional do PSB, Márcio França, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” em janeiro.

Na segunda-feira passada, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também cobrou reciprocidade dos tucanos nas eleições estaduais, em entrevista ao GLOBO, tocando numa ferida aberta recentemente entre as duas legendas.

— Nós temos nossas diferenças com o PSDB, mas achamos que seria muito importante se os tucanos de São Paulo fizessem esse gesto, depois de governar por mais de 20 anos. Ninguém se eterniza no poder. É da natureza da democracia a rotatividade. Penso que é a hora do PSB ter uma experiência em um importante estado da nossa federação — disse Siqueira, referindo-se à eleição no maior estado do país.

No DF, o PSDB está em pé de guerra diante da possibilidade de uma aliança com o PSB em nível local. O tucanato está rachado entre os que apoiam a reeleição do governador Rodrigo Rollembergh (PSB) e os que trabalham pelo lançamento de um candidato próprio. Alckmin se aproximou muito de Rollembergh em 2017. O governador pessebista está entre os aliados que o pré-candidato tucano tem no PSB para tentar convencer os demais dirigentes da sigla a apoiá-lo. Por enquanto, o rumo do PSDB no DF em 2018 não está definido.

Em São Paulo, a sucessão de Alckmin abriu uma briga entre PSDB e PSB, até então aliados. As duas legendas insistem em lançar candidatos próprios para o governo paulista. Do lado do PSB, o vice-governador Márcio França quer disputar a reeleição. Ele assumirá o estado em abril, quando Alckmin se afastará para fazer campanha. Já o PSDB, após 24 anos no poder, argumenta que não pode abrir mão de ter um candidato para defender o legado tucano.

INTERESSE EM TEMPO DE TV

Na semana passada uma declaração do presidenciável do PSDB colocou mais lenha nesse embate ao dizer que o melhor para ele seria ter um candidato único entre os partidos da sua base. Aliados dele começaram a ventilar a possibilidade de filiar França ao PSDB para garantir a unidade na base. A articulação causou reação imediata do prefeito João Doria, principal nome do tucanato para a disputa estadual e que passou a cobrar que, se entrar no PSDB, o vice-governador terá que disputar prévias.

O pano de fundo do interesse de Alckmin no PSB nacional é o tempo de TV no horário eleitoral. A legenda é dona de cerca de 45 segundos na propaganda eleitoral gratuita. O PSDB tem algo entre um minuto e um minuto e meio, perdendo apenas para o PMDB e PT.

Alckmin está obcecado com a formação de um arco de aliados que lhe garanta um tempo competitivo no horário eleitoral. Ele calcula que precisará do apoio de, ao menos, cinco legendas para ter, no mínimo, quatro minutos de propaganda em cada bloco de 12 minutos.

No caso do PSB, o problema para o tucano é que a sigla está dividido em diversas correntes, desde a morte de seu líder, o ex-governador Eduardo Campos, em 2014. Há setores que querem apoiar Lula, outros Alckmin, outros a ex-senadora Marina Silva e, por fim, aqueles que trabalham para convencer o ex-ministro Joaquim Barbosa a ser candidato da legenda.

Dentro do PSDB há quem aconselhe Alckmin a ignorar as cobranças, alegando que o PSB não teria “tamanho político” para tantas exigências. O prazo para definir as coligações vence em agosto.

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Paraíba adere ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e inicia Plano Estadual de Prevenção

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O Estado da Paraíba aderiu ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e dá o primeiro passo oficial de início ao Plano Estadual de Prevenção aos Feminicídios.

A adesão se deu durante o Encontro de Gestoras Estaduais de Políticas para as Mulheres, realizado pelo Ministério das Mulheres na terça-feira (26/11), em Brasília, com o o objetivo de estabelecer um fluxo coordenado para envio, recebimento e monitoramento de denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Além da Paraíba, outros 18 Estados e o Distrito Federal também aderiram ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Com a assinatura do acordo junto ao Ministério das Mulheres, as Unidades Federativas iniciam a construção dos Planos Estaduais de Prevenção aos Feminicídios com o objetivo de diminuir os casos de feminicídios no país. São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Instituído em agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto conta com 73 ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades, que têm como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também firmou acordo de cooperação com o Ministério das Mulheres com o objetivo de assegurar o encaminhamento ágil e eficiente das denúncias às unidades competentes do Ministério Público, garantindo que cada caso receba a devida atenção e encaminhamento adequado. A parceria também busca fortalecer a coordenação e a execução dos acordos regionais, além da ampla divulgação dos canais de atendimento do Ligue 180, destacando a inclusão de recursos acessíveis, como a possibilidade de videochamadas em Libras, ampliando o alcance e a acessibilidade para mulheres com deficiência auditiva.

O principal objetivo dos ACTs é fortalecer a rede de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência nos estados, integrando esforços entre governo federal, governos estaduais e Ministério Público, a fim de garantir que as denúncias sejam tratadas com eficiência e que as vítimas recebam o suporte necessário de forma ágil e eficaz.

Após a formalização dos ACTs, o Ligue 180 realizará, no dia 09 de dezembro, a capacitação dos pontos multifocais de cada estado, concretizando mais uma etapa em direção à ampliação da Central Ligue 180. A colaboração entre as entidades envolvidas promove um sistema mais robusto e integrado, melhora a resposta das autoridades e assegura um atendimento mais adequado e coordenado, refletindo compromisso com a segurança e a justiça para as mulheres em situação de violência.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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