A 1ª edição do Festival Internacional de Cinema de João Pessoa (FestincineJP) termina com o grande sucesso do evento. Na noite de encerramento, nesta terça-feira (30), foram entregues várias premiações para os filmes inscritos na mostra competitiva e a noite terminou com show da banda Caronas do Opala. A partir de agora, o FestincineJP se consolida no calendário de eventos da Prefeitura de João Pessoa por meio de sua Fundação Cultural (Funjope).
“Precisamos estimular e valorizar o cinema de João Pessoa para mostrar toda sua potência enquanto produto criativo e inventivo, mas também enquanto parte de um processo de mercado, de um negócio da indústria de cinema. O Festival foi pensado atraindo os players para abrir rodadas de negócios dos nossos realizadores com as empresas investidoras na produção de audiovisual”, disse o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele avalia que o Festival trouxe muita alegria para o setor, e que todas as pessoas, de maneira consensual, visitantes e produtores locais que estavam participando do evento, indicaram que esse é um formato correto e justo para o cinema, que conseguiu abrir janelas de oportunidades de negócios.
Entre os participantes do evento, estiveram presentes o diretor Jayme Monjardim, no júri; a cineasta Tizuka Yamasaki, a diretora Laís Bodanzky, cujo filme ‘A Viagem de Pedro’, está na lista dos seis filmes brasileiros que poderão disputar o Oscar, e João Pessoa teve o privilégio de exibir o filme pela primeira vez.
Os players participantes foram Canal Brasil, Prime Box Brasil, Grupo Belas Artes, Globo Filmes, Paramount Pictures, Warner Bros. Discovery, The Walt Disney Company Brasil, Sony Pictures, TV Cabo Branco, Hungry Man, Giros, Carnaval Filmes, Sentimental Filme, Pacto Filmes, Moonshot Pictures, Vitrine Filmes, TêmDendê Produções, Boutique Filmes, O2 Play, Conspiração, Maria Farinha Filmes, Fistaile, DOCSP, Globo News.
Premiações – Antes do anúncio dos premiados, o evento prestou homenagens ao dramaturgo e cineasta Eliézer Rolim; ao cineasta e militante cultural Ely Marques, que morreram em decorrência da Covid-19, além do cineasta e fotógrafo Breno Silveira, que faleceu de um infarto fulminante.
O principal prêmio da noite foi o de melhor longa-metragem paraibano para ‘Pele Fina’, dirigido pelo cineasta Arthur Lins, de João Pessoa. E o de melhor curta-metragem paraibano foi para ‘Calunga Maior’, do diretor Thiago Costa. Para ambos, prêmio aquisição SPCine Play, com licenciamento de 12 meses a ser inserido no catálogo da SPCine Play quando for lançada a nova plataforma. Também há prêmio em dinheiro nos valores de R$ 6 mil e R$ 1,5 mil, respectivamente.
“Quero agradecer o prêmio. É muita honra ser agraciado no 1º Festival, principalmente conhecendo o trabalho da SPCine Play, que acompanho. Me sinto honrado de ter o filme nesse circuito de exibição. É o segundo festival que o filme participa e nossa estreia em João Pessoa. Começar com esse prêmio e ter essa abertura nos instiga a continuar colocando o filme em outras telas e ter encontro com outros públicos”, declarou Arthur Lins.
A menção honrosa júri de curta-metragem foi para ‘Sangue por Sangue’, dirigido por Ian Abé e Rodolpho de Barros, da Paraíba. A menção honrosa do júri de longa-metragem foi para ‘Rebento’, do diretor paraibano André Morais, que tem, entre outros Ingrid Trigueiro e Zezita Matos no elenco.
O prêmio do júri popular de curta metragem foi para ‘Calunga Maior’, e de longa-metragem para ‘O Seu Amor de Volta’ (‘Mesmo que Ele Não Queira’), documentário do cineasta paraibano Bertrand Lira. O prêmio especial do júri de curta-metragem foi para ‘Mamapara’, do diretor Alberto Flores Vilca, do Peru/Argentina/Bolívia.
Premiado com o prêmio especial do júri de longa-metragem, ‘Amparo’, dirigido por Simón Mesa Soto, da Colômbia. Já o prêmio de melhor filme de curta-metragem foi para ‘Luazul’, ficção dirigida por Letícia Batista e Vitória Liz, de Pernambuco. Como melhor filme de longa-metragem, ‘Se Dios Fuera Mujer,’ documentário dirigido por Angélica Cervera Aguirre, da Espanha.
O prêmio cinema do Brasil foi para ‘Malaika’, de André Morais. Já o prêmio projeto Paradiso ficou com ‘Helô no Espaço’, de Dennis Sabino. O ganhador do prêmio Cinema do Brasil terá isenção, por um ano, da taxa de associação no Cinema do Brasil. Já o vencedor do projeto Paradiso recebe apoio no valor de R$ 6 mil que vai custear passagem aérea para participar do Bogotá Audiovisual Market (BAM) e o Paradiso Multiplica com uma produtora que já tenha participado do BAM para fazer uma consultoria de preparação do projeto para o evento.
Balanço – Além dos negócios fechados durante as rodadas realizadas com os players ao longo da semana, o público teve a oportunidade de assistir a sessões gratuitas no Cine Centerplex, inclusive foram abertas sessões extras diante da grande procura. Houve ainda palestras e debates que aconteceram durante do FestincineJP. A programação cultural teve música de qualidade.
As atividades aconteceram na Usina Cultural Energisa, Casa da Pólvora e Cine Centerplex.