Após um período de dois anos, a Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), abriu oficialmente, na tarde deste sábado (27), o XVII Salão Municipal de Artes Plásticas (Samap). A exposição, que segue até o dia 28 de outubro no Casarão 34, no Centro Histórico, conta com 15 projetos selecionados.
De acordo com o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, após esse período mais crítico da pandemia, o Samap deste ano é marcado pelos conceitos da multiplicidade e diversidade. Ele destacou que já era um compromisso da atual gestão retomar o Salão.
“Consideramos o retorno do Samap como algo extremamente vital para João Pessoa, com o estímulo à diversidade das artes e da cultura. O Salão Municipal de Artes Plásticas é desejado porque já está consolidado no meio dos artistas e na sociedade. E aqui nós estamos cumprindo um compromisso da gestão do prefeito Cícero Lucena de restaurar o Samap”, revelou Marcus Alves.
As propostas selecionadas foram de quatro artistas negros, dos quais uma mulher, um LGBTQIAP+ e as demais pela ampla concorrência. Nesta edição, o evento apresenta a expansão do mundo criativo das/dos artistas: Allan Luna (PE), Diego Oli (CE), Escada (SP), Everton David (PB), Fany Miranda (PB), Guto Oca (PB), Karla Noronha (CE), Lucas Aleixo (PE), Manu Neves (RJ), Massapê (PB), Maycon Albuquerque (PB), Nina Maia (DF), Sergio Vital (PB), Thaynha (PB) e Williana Silva (CE).
“Aqui no Samap nós trabalhamos com muita pluralidade e várias temáticas, a exemplo da identidade, religiosidade, fé, também fala de cura, entre outros. Eu penso que cada trabalho exposto no Samap oferece a possibilidade de examinarmos a cultura”, destacou a curadora do XVII Salão Municipal de Artes Plásticas e diretora do Casarão 34, Vivian Santos.
O valor total do edital foi distribuído entre 15 artistas e/ou grupos selecionados. Cada um recebe prêmios no valor de R$ 3 mil. A obra escolhida como vencedora da XVII edição do Salão Municipal de Artes Plásticas, intitulada de Cactos 04, 07, 08 e 09, é composta por quatro imagens do artista campinense Adeildo Santos, conhecido como ‘Massapê’, que deve receber um prêmio de R$ 10 mil. A obra, que passará a compor o acervo da Funjope representa, segundo o seu autor, “os artistas marginais”, ou seja, aqueles que vivem à margem da sociedade.
“Esse prêmio serve de incentivo para chamar e resgatar os artistas que estão indo embora e abandonando a carreira por falta de apoio e eu faço parte daqueles artistas marginais, os que vivem à margem da sociedade e nunca são reconhecidos. E digo mais que a Paraíba é um celeiro de grandes artistas e eu recebo esse prêmio com muita alegria e satisfação, pois agora somos valorizados”, exaltou o artista Adeildo Santos, o “Massapê”.