O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB Saúde, pertencente à rede hospitalar do Estado, lançou, nesta quarta-feira (24), o projeto Cineteca, que quinzenalmente levará sessões de cinema para a brinquedoteca do hospital, com o objetivo de melhorar a rotina dos pacientes da ala infantil e ajudar no processo de recuperação. A data de estreia do projeto foi escolhida por também ser o Dia Nacional da Infância.
Segundo a terapeuta ocupacional Rafaela Behar, o projeto foi implantado a partir de experiências que já haviam acontecido na brinquedoteca em datas específicas, como Páscoa e Dia das Mães. “Muitas vezes a gente via a necessidade de, além dos jogos e brincadeiras na brinquedoteca, fazer algo mais complexo, mais estruturado, que envolvesse não só as crianças e a equipe multiprofissional, mas também os acompanhantes”, disse Rafaela.
Conforme a profissional, a rotina destas pessoas é afetada quando a criança é internada no hospital, uma vez que ela passa por um processo de ruptura do cotidiano, sendo necessário ações que ajudem a ressignificar a estadia dela na unidade hospitalar. “A gente pensou no cinema porque os filmes já fazem parte do cotidiano de muitas pessoas, e a atuação da Cineteca é justamente nesta perspectiva, de favorecer o lazer e a participação social das crianças e acompanhantes durante o período de hospitalização”, observou.
Antes da estreia, foram feitas duas sessões experimentais, com a exibição dos filmes “Smurfs 2” e “Hotel Transilvânia”. Nesta quarta-feira, foi exibido o filme “Meu Malvado Favorito 3”. A escolha dos filmes é feita a partir de uma triagem que a equipe multiprofissional faz com todas as crianças internadas na unidade. Com as sugestões feitas por elas, a equipe pode escolher o filme que é mais adequado a todas as faixas etárias e então começa a sessão, com direito a ser acompanhada de pipoca, suco e bolo.
Quem aprovou a iniciativa foi Gilvania Lira Jerônimo Cavalcanti, mãe de Thamiris Lira Cavalcanti, de 17 anos. “Isso é uma diversão para as crianças, distrai um pouco a mente delas, para quebrar a rotina de ficar no quarto apenas pensando nos problemas que as levaram até um hospital. Minha filha ficou entretida com o filme, não queria mais nem voltar para a enfermaria. Com certeza isso ajuda no tratamento”, contou.
Ana Patrícia de Brito, tia da pequena Maria Rikielly Brito dos Santos, de 10 anos, falou sobre a mudança que a sessão de cinema fez no dia da menina. “Achei que fez muito bem para ela. A gente vem de longe e, quando chega, fica no quarto, sem conhecer ninguém. Mas a partir do momento em que tem esse momento com todos juntos, já saem interagindo, conversando sobre o filme. Depois da sessão eu percebi ela diferente, muito bem, rindo, foi ótimo”, completou.
Além da equipe de Terapia Ocupacional, também fazem parte do projeto os setores de Nutrição, Psicologia, Serviço Social, Odontologia, Fisioterapia, Psicopedagogia, Enfermagem e Tecnologia da Informação.
“A exibição de filmes ajuda no desenvolvimento cognitivo, da linguagem e também da percepção audiovisual da criança, além de contribuir também com a socialização. Como eles estão aqui participando das sessões com outras crianças e acompanhantes, isso ajuda muito. Também é importante destacar a questão do lazer. Momentos assim durante o processo de internação são fundamentais para acelerar a recuperação”, completou a psicopedagoga Janielly Fernandes.
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