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Queiroga critica projeto que obriga planos a cobrirem tratamentos fora do rol da ANS

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a proposta que obriga os planos a arcar com procedimentos ou tratamentos de saúde que não estejam na lista de referência básica da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), argumentando que trará mais custos para os beneficiários dos planos.

De acordo com esta matéria publicada pela Folha, Queiroga participou, na nesta terça-feira (23),  de uma sessão de debates do Senado para discutir o projeto de lei que estabelece o chamado rol taxativo, obrigando os planos a cobrirem os tratamentos que não estejam na lista de referência, desde que sejam reconhecidos por outras agências e que haja comprovação científica.

O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e deve ser votado pelos senadores na próxima semana.

“Planos individuais praticamente não se oferecem mais, planos coletivos, por adesão. Então, na hora de se optar por ter mais procedimentos, mais medicamentos no rol, seguramente vêm atrelados custos que serão repassados para os beneficiários. E parte deles não terá condições de arcar com esses custos. Essa é a realidade,” afirmou o ministro.

“Para mim era muito mais fácil chegar aqui e defender um rol exemplificativo e amplo, mas incumbe ao ministro da Saúde alertar os senhores senadores, que vão analisar essa proposta, sobre quais são as maneiras mais adequadas para prover saúde não só como um direito de todos e um dever do Estado, mas também no âmbito dos planos de saúde privados”, completou.

Queiroga ainda argumentou que o tempo de espera para que determinado medicamento seja incluído no rol vem se reduzindo nos últimos tempos, sendo que podia levar uma década no passado e atualmente leva seis meses para todas as terapias e 120 dias para as terapias oncológicas.

O ministro da Saúde afirmou também que muitos medicamentos que surgem para determinados tratamentos acabam não tendo a eficácia exigida, não representam uma inovação na medicina.

“Uma inovação é o que traz disrupção, e na área da saúde é o que muda desfechos duros, em saúde. A novidade, por outro lado, às vezes só serve para fazer propaganda. Às vezes nem para isso [serve]. Às vezes não serve nem para jogar no lixo”, afirmou.

O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, disse que a mudança no rol da agência causaria um “desequilíbrio” no setor de saúde suplementar e que os beneficiários migrariam para o SUS (Sistema Único de Saúde).

“Nós estamos lidando com um setor em que 80% dessas operadoras são operadoras pequenas, operadoras pequenas que ficam no interior dos estados, que não terão condições de arcar com os custos elevados desses medicamentos, e, quando ultrapassar para os beneficiários, eles não vão conseguir permanecer nesse setor”, afirmou.

Rebello reclamou da rapidez com que esse projeto tem tramitado, com pouca discussão. Segundo ele, a ação referente ao tema no STJ levou 21 anos para ter uma conclusão, enquanto a Câmara aprovou o projeto depois de 21 dias.

Também presente na sessão, Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde, federação que reúne 14 grupos de operadoras, afirmou que aumentar o rol de tratamentos que devem ser custeados pelos planos de saúde pode representar a extinção desse modelo.

“Quando falamos de incorporação de tecnologias, de novos medicamentos e procedimentos, estamos tratando da sustentabilidade do funcionamento desse setor. A lógica econômica dos planos de saúde equivale a de uma cooperativa. Todos contribuem para aqueles que precisam e se utilizem dele. Então, os recursos são finitos. Por isso, decidir sobre a natureza do rol e a forma de como incorporar novos medicamentos e procedimentos é decidir sobre a própria existência dos planos”, afirmou.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), por outro lado, defendeu a derrubada do chamado rol taxativo —que obriga a arcaram apenas com os tratamentos da lista — argumentando que muitas vidas são perdidas por falta de tratamentos.

“A nossa defesa sempre foi de que o rol de procedimentos de eventos em saúde da ANS tem caráter exemplificativo para a cobertura mínima pelos planos de saúde, e há anos denuncio que o rol taxativo coloca em risco a vida de milhares de brasileiros e brasileiras”, disse.

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“Alívio e sensação de missão cumprida”, diz Efraim sobre luta pelo reabastecimento de água na PB

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O senador Efraim Filho comemorou, nesta terça-feira (26), o anúncio do governo federal de que os recursos para retomada do reabastecimento de água na Paraíba seriam destinados imediatamente.

Líder da União Brasil no Senado, Efraim mobilizou a bancada e articulou nos bastidores para que o serviço fosse retomado de maneira urgente. Caso contrário, se a água não chegasse aos paraibanos, a bancada da Paraíba, em sintonia com bancada de todo o Nordeste, iria obstruir as votações de interesse do governo federal.

“O que nos move na vida pública, são momentos como esse, onde a gente vê o trabalho refletido na vida das pessoas. Meu sentimento é de que a luta valeu a pena e de que a missão foi cumprida. A bandeira da Paraíba foi respeitada”, desabafou Efraim ao receber a notícia do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR).

A pasta remanejou o valor de R$ 38.096.775,00 para que o Exército Brasileiro, faça realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

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Apoiador de Bolsonaro, deputado paraibano é indiciado pela Polícia Federal

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal paraibano Cabo Gilberto Silva (PL), conhecido por ser um dos mais ferrenhos defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmou ter sido indiciado pela Polícia Federal (PF).

Segundo Gilberto, o suposto motivo teria sido por ter cumprido o dever de fazer denúncias na Tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, acerca da conduta do delegado Fábio Alvarez Shor, a quem aponta como responsável por “vários inquéritos ilegais contra inocentes brasileiros”.

Roubei? Matei? Trafiquei drogas? Pratiquei corrupção? NÃO! Apenas cumpri com o meu dever; fiz denúncias na tribuna da câmara dos deputados sobre a conduta do delegado Fábio, que está à frente de vários inquéritos ilegais contra inocentes brasileiros. Os ditadores não irão nos calar!“, disse o parlamentar que se acosta no Artigo 53 da Constituição Federal que diz: “Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos“.

Confira postagem:

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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