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Paraíba

MPPB ajuíza ação de improbidade administrativa contra 13 envolvidos na ‘Operação Cidade Luz’

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou, nessa quinta-feira (18/08), uma ação de improbidade administrativa contra 13 pessoas envolvidas na ‘Operação Cidade Luz’, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). A operação desarticulou um esquema criado para recebimento de vantagens ilícitas, por meio de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro, envolvendo empresas contratadas para prestar serviço de iluminação pública no município de Patos, no Sertão do Estado. Entre os réus estão o ex-prefeito, Dinaldo Medeiros Wanderley Filho; advogados (alguns exerceram cargos de secretários municipais à época); servidores públicos e empresários.

A ação ajuizada pelo 4º promotor de Justiça de Patos, Carlos Davi Lopes Correia Lima, que atua na defesa do patrimônio público e fundações, decorre do processo criminal 0001059-05.2018.8.15.0000 (numeração atual 0802307-54.2022.8.15.0251), em trâmite na 6ª Vara da comarca de Patos.

A petição inicial possui 179 páginas, nas quais são detalhados os fatos e atos de improbidade administrativa praticados pelos promovidos. As irregularidades ocorreram no período que antecedeu a eleição municipal de 2016, através da negociação de contratos para serviços de iluminação pública em Patos, e prosseguiu até 2018, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão na Paraíba, em cumprimento da etapa da ‘Operação Cidade Luz’, que foi iniciada em Natal, em julho de 2017, pelo MP do Rio Grande do Norte, tendo em vista que o esquema também aconteceu em outros municípios do estado vizinho.

Conforme explicou o promotor de Justiça Carlos Davi, a ação civil pública usou a mesma estrutura fática da denúncia criminal, como forma de facilitar a compreensão e manter a uniformidade de atuação do Ministério Público e das defesas. Em razão disso, os réus foram agrupados, de acordo com os papéis desempenhados no esquema ilícito, em quatro núcleos: político, administrativo, empresarial primário e empresarial secundário.

Em relação aos nove réus que integram os núcleos político, administrativo e empresarial primário, o MPPB requer que eles sejam condenados por ato de improbidade administrativa previsto no artigo 9° da Lei 8.429/92 (enriquecimento ilícito, por meio de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade exercida) à sanção estabelecida no artigo 12, inciso I, da mesma lei (perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos; pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário).

Já em relação aos réus que integram o núcleo empresarial secundário, a Promotoria de Justiça pede que eles sejam condenados por ato de improbidade previsto no artigo 11, inciso V (“frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros”) às sanções previstas no artigo 12, inciso III, da Lei 8.429/92 (pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário).

O esquema

Segundo o promotor de Justiça, as investigações identificaram que, no período anterior às eleições de 2016, enquanto ainda era candidato, Dinaldo Filho organizou um esquema criminoso para receber vantagens ilícitas pagas pelas empresas Enertec e Real Energy Ltda, de propriedade, respectivamente, de Maurício Guerra e Alberto Cardoso. A finalidade dessa propina era garantir o contrato de iluminação pública da Prefeitura de Patos e a Emertec. Em contrapartida, a empresa também destinou dinheiro para o pagamento de dívidas de campanha política.

Segundo as investigações, em um período de 10 meses, o esquema criminoso desviou cerca de R$ 192 mil de verbas públicas em favor do núcleo político da organização criminosa, referente ao pagamento de propinas e gerou lucros na ordem de R$ 547 mil às empresas envolvidas. “O enriquecimento ilícito da organização criminosa, portanto, totalizou R$ 992.441,41 em valores atualizados até o dia 11 de agosto deste ano”, aponta o MPPB.

A ação diz ainda que Enertec/Real Energy obtinha lucro indevido por meio da inserção de serviços e materiais não utilizados nos boletins de medição feitos pela Prefeitura. Para o êxito da ação ilícita, as empresas contaram com a omissão deliberada de servidores públicos que integraram o núcleo administrativo e recebiam propinas mensais para não questionar as falsas planilhas trazidas pelo núcleo econômico. Para que o esquema pudesse funcionar, foi preciso “agenciar” servidores públicos e fraudar procedimentos licitatórios, que foram “direcionados”.

Conforme constatou o MPPB, a população foi diretamente afetada porque o lucro ilícito obtido pela empresa também foi custeado com o aumento da contribuição de iluminação pública. “Esse aumento da carga tributária pesou consideravelmente sobre os cidadãos patoenses, desnudando os custos e malefícios da corrupção. Para fins de comparação, no ano anterior de 2016, o gasto total com iluminação pública alcançou cerca de R$ 1 milhão. Só no período de atuação da Enertec, em seis meses, foram gastos R$ 1,3 milhão”, comparou o promotor de Justiça.

Réus da ação
Núcleo político:
1. Dinaldo Medeiros Wanderley Filho (“Dinaldinho”), ex-prefeito de Patos;
2. Gustavo Guedes Wanderley, titular de cartório;
3. Múcio Sátyro Filho, advogado;
4. Felipe Moreira Cartaxo de Sá, advogado;

Núcleo administrativo
5. Jardelson Pereira Medeiros, servidor público;
6. Alysson dos Santos Gomes, servidor público;

Núcleo empresarial primário
7. Maurício Ricardo de Moraes Guerra, empresário;
8. Alberto Cardoso Correia Rêgo Filho, empresário;
9. Fábio Henrique Silveira Nogueira, empresário;

Núcleo empresarial secundário
10. Anna Karla Maia Gondim, empresária;
11. Ladjane de Vasconcelos Gonçalves Santos, empresária;
12. Jorge Cavalcanti de Mendonça e Silva, empresário;
13. Júlio César Simões Martins, empresário.

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Paraíba

Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Paraíba

Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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