A Secretaria de Saúde de Campina Grande, através da Direção de Vigilância em Saúde, com apoio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), está capacitando os profissionais de saúde dos hospitais de referência para atendimento de pacientes de Monkeypox, também conhecida como a Varíola dos Macacos.
Os profissionais da Secretaria de Saúde, habilitados pelo Ministério da Saúde, estão treinando as equipes hospitalares sobre triagem, identificação dos casos, tratamento, isolamento, orientações e notificação de pacientes suspeitos, prováveis ou confirmados da doença.
O primeiro treinamento foi realizado no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) e será desenvolvido nas outras unidades de referência, que são a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Adhemar Dantas (Dinamérica) e o Hospital De Trauma e Emergência Dom Luiz Gonzaga Fernandes. Na próxima quarta-feira, 24, uma capacitação maior com toda a rede hospitalar também será realizada.
Os dois hospitais já possuem núcleos de infectologia e a UPA passou por implantação recente de um serviço de protocolo de fluxos de recepção para casos de infectologia. O atendimento aberto à população será no Hospital de Trauma e na UPA Dinamérica. “O HU será referência para pacientes com sintomas da Monkeypox que já têm outras doenças de base e que são atendidos no hospital, ou seja, imunocomprometidos. No HU o atendimento é feito através de regulação. Assim, os pacientes devem buscar a UPA ou o Trauma e, caso tenha perfil são encaminhados para o HU”, explicou a enfermeira Sedna Asmir, bolsista CIEVS – Fiotec/Fiocruz.
Para a abordagem a casos suspeitos, é indicado o uso de Equipamentos de Proteção Individual, como máscaras e luvas. Caso o paciente esteja com sintomas da Monkeypox, também deve procurar utilizar meios de evitar a transmissão da doença. Para ser considerado um caso suspeito da Monkeypox, é necessária a presença de sintomas como início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção de pele aguda sugestiva para a doença, única ou múltipla em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou dor na região do ânus ou reto com ou sem sangramento e/ou edema peniano associados à progressão da lesão já podem configurar alerta para a doença.
Outros critérios como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória ou contato físico direto, incluindo contato sexual, com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas ou com caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas elevam o risco de contágio e a pessoa passa a ser um caso provável da doença.
Não é necessária a existência de histórico de viagem ao exterior pela pessoa com suspeita nem pelo caso provável ou confirmado com o qual ela teve contato. Para tirar dúvidas sobre a doença é possível entrar em contato pelo Epidemiozap (83-99302-5299). Os casos suspeitos de monkeypox devem ser notificados pela rede de saúde de forma imediata ao Centro Estadual de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-PB) por meio do preenchimento do formulário de notificação on-line: https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=YC4CFND7MJ.